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Resumo dos Períodos Históricos da História da Igreja.



INTRODUÇÃO

Na história da igreja resultados positivos e abençoados sempre foram ocasionados, muitas vezes, pelo sofrimento e pela perseguição. A grandeza da história da igreja está em não ser eliminada pela perseguição, seja de que natureza e nível forem, mas sua perseverança através da fidelidade ao Senhor e Salvador Jesus Cristo, fundador e edificador da igreja. Após dez dias da ascensão de Jesus ao céu, os discípulos, segundo a ordem do Senhor, estavam reunidos em um número de quase 120, em Jerusalém, esperando a promessa do Consolador (At. 1.4,5). De repente, um som invadiu o cenáculo onde estavam reunidos, e todos foram batizados com Espírito Santo e com fogo (At. 2.1-4). A Igreja, que teve a pedra de fundação na cruz do Calvário, foi inaugurada, em um evento de tamanha importância, Deus permitiu que estivesse em Jerusalém representantes de todas as etnias daquela época, os quais evidenciaram a grande mensagem salvadora naquela tarde (At. 2.7-12). Foi sim, um final diferente para uma festa judaica, especialmente, a de Pentecoste. A autoridade que revestiu os apóstolos foi tão grande que Pedro e os demais saíram e impulsionado pelo Espírito Santo, trouxe a mensagem da morte, ressurreição e ascensão de Cristo para os presentes. Como não podia ser diferente, quase 3.000 almas foram agregadas à Igreja que recentemente havia sido inaugurada. Finalizando a “Verdadeira Festa de Pentecoste”, estes novos convertidos regressaram às suas cidades e países, levando consigo a mensagem de salvação. Como resultado, vemos a expansão da Igreja, alcançando toda Ásia Menor, Europa, África e Palestina. Com a mesma intensidade que os apóstolos obedeciam à Grande Comissão, as perseguições surgiram, e logo vemos estes grandes homens sendo apedrejados, decapitados, crucificados, queimados e mortos à espada (At. 8.1-4; Hb 11.36-38). Porém, à medida que estes apóstolos iam saindo do cenário, outros foram levantados por Deus com o mesmo zelo e autoridade, a fim de defender a Doutrina e o Rebanho do Senhor. A história da igreja é resultado da promessa de Jesus que nunca deixou de está presente no meio de sua igreja, fortalecendo e levantando homens que mudariam a história das nações. Quando desde os primeiros séculos, em suas perseguições político-religiosa e distorções doutrinárias, culminando com a Reforma, que foi gerado do movimento cismático dentro da Igreja católica que questionava a supremacia eclesiástica do papa, propiciando a instauração das igrejas protestantes. O movimento surgiu no século XVI, quando Martinho Lutero desafiou o papa. A partir do século X, papas e imperadores envolveram-se numa disputa de poder, o que gerou conflitos entre Roma e o Império Romano. O descontentamento provocado pelos impostos papais e pela submissão a líderes eclesiásticos estendeu-se a outras áreas da Europa. Já no século XIII, o papado foi criticado pelos precursores da Reforma por causa da cobiça, imoralidade e arrogância de vários dos seus membros. A Igreja reconhecia a necessidade de uma reforma, mas, nesta época, não ocorreram mudanças radicais. O humanismo e a invenção da imprensa derrubaram o escolasticismo como filosofia principal da Europa ocidental. Isto gerou as condições para que Martinho Lutero e Calvino instituíssem a Reforma.

AS PERSEGUIÇÕES IMPERIAIS

É bastante estranho observar essas perseguições ao Cristianismo dirigidas pelos imperadores Romanos, pelo fato dos Romanos possuírem uma vasta cultura na área jurídica da lei e do direito, perseguirem pessoas tão cidadãs e fieis às autoridades como eram os cristãos; mas, por outro lado, havia algumas coisas que despertavam ciúmes, invejas e iras aos romanos e principais autoridades da época. Uma dessas coisas era que o Cristianismo considerava todos os homens iguais: um escravo poderia ser eleito bispo da igreja, coisa que a nobreza não aceitava, outra coisa era que os Cristãos não aceitavam fazer parte ao culto ao imperador, e outra questão principal, era que os Cristãos pregavam a vinda de um outro rei "Jesus", e a Ele adoravam, enquanto que os romanos veneravam a Cezar; e uma das principais causas também era a ambição pretensiosa de alguns dos funcionários públicos de se apropriar das propriedades de alguns cristãos ricos, que morriam durante as perseguições. A perseguição mais fortes foi a que Nero liderou (66 a 68 d.C.), e Dominicano (90 a 95 d.C.), entretanto, do ano 250 a 313 d.C. as perseguições eram mais esporádicas, tanto é que do reinado de Trajano ao reinado Antônio Pio (98 a 161 d.C.), o cristianismo viveu sob o domínio de cinco imperadores, chamados cinco imperadores bons, os quais foram: Nerva, Trajano, Adriano, Antônio Pio e marco Aurélio. Em suas épocas os cristãos não podiam ser presos sem culpa definida ou comprovada, com exceção de algumas perseguições locais. Porém, dos cincos Imperadores, o melhor foi Marco Aurélio, eminente escritor de Ética, cujo reinado foi de 161 a 180 d.C; Um pouco antes do seu reinado, no ano 155, foi queimado vivo aos 86 anos de idade, Policarpo, bispo de Esmirna, o qual na presença do governador, foi persuadido a negar a Jesus, respondeu: “A oitenta e seis anos que sirvo a Jesus e Ele nunca me negou e eu também não o negarei”; E assim foi queimado em praça publica por ordem do governador. No ano 166 Justino Mártir, eminente filósofo e maior ensinador da sua época, foi martirizado em Roma. De 211 a 217d. C, o imperador Caracará, assinou um decreto confirmando a cidadania de todas as pessoas que não fossem escravas e assim indiretamente muitos cristãos foram favorecidos, porque quem era portador desse título, não podia ser crucificado nem lançado às feras. E por último, a mais sistemática perseguição veio no ano 303 a 310 d.C no governo de Deocleciano. E enfim no ano 313 d.C , Constantino filho de Cosntâncio, sucessor de Deocleciano, assinou o memorável edito de tolerância, e por essa lei o Cristianismo foi oficialmente tornado livre aos seus seguidores, enquanto durou o império romano e mais tarde já no ano 380 d.C. o cristianismo foi declarado como religião oficial do império romano. Neste período podemos também destacar o avanço cultural dentro do cristianismo com a existência três principais escolas teológicas: a primeira em Alexandria, a segunda na Ásia Menor e a terceira no norte da África, onde muitos eruditos conhecidos como pais da Igreja de suas épocas estudaram e ensinaram nela.

O CRISTIANISMO COMO RELIGIÃO OFICIAL

Este período vai do edito de Constantino em 313 d. C. até a queda do império Romano em 476 d. C. e é conhecido como período da vitória e triunfo do cristianismo sob todos os poderes contrários existentes. Contra o cristianismo estavam todos os poderes do Estado e agora era o contrário, a favor do cristianismo estavam os poderes do Estado.
A falsa conversão do primeiro imperador cristão.
Antes de Constantino assumir definitivamente o reinado em 323 d.C. ele infernou vários opositores. Na época da guerra, Constantino afirmou ter visto no céu uma inscrição que dizia: “Por este sinal vencera”. E foi assim foi Constantino venceu aquela guerra e em seguida adotou a cruz como emblema de seu exército e aboliu a crucificação. Com a falsa conversão de Constantino, o cristianismo cada vez mais se expandia pelo império romano, chegando até os templos pagãos se transformarem em templos de adoração a Deus. O próprio Constantino começou a reconstruir e reformar muitos templos que durante as perseguições eram destruídos. Mandou também construir templos de Jerusalém a Belém, colocando-os o nome de Basílica. No anfiteatro Romano foi proibida a matança de homens para o prazer de espectadores. Os escravos passaram a ter um tratamento mais humano e outras mudanças importantes ocorreram. Contudo, se o término das perseguições foi uma bênção, a oficialização do Cristianismo como religião de Estado foi uma maldição. Todos queriam ser membro da igreja e continuarem no pecado e quase todos eram aceitos por questões políticas. O nível de moral do cristianismo no poder era mais baixo do que o dos pagãos e os costumes e cerimônias pagãs foram aos poucos se infiltrando no meio da igreja. Algumas das festas pagãs eram introduzidas dentro da igreja, só mudavam os nomes. Já no ano 405 d.C. as imagens dos Santos Mártires começaram a aparecer nos templos e serem reverenciados. A adoração a Maria simplesmente substituíram a adoração a Vênus e a Diana. O cristianismo que deveria influenciar o paganismo, ao contrário, foi influenciado por ele. Com a união da igreja com o Estado, este passou a dominar a igreja de tal forma que até nomeava bispos, sendo aceito na igreja quem o imperador quisesse, e a igreja perdeu todo o poder que possuía, foi se apoderando tanto do poder secular que o cristianismo deixou de ser cristianismo e passou a ser uma hierarquia corrompida que dominava as nações da Europa fazendo da igreja uma máquina política. Logo após o cristianismo ter sido elevado como a religião oficial do império, antes de entrar no paganismo, Constantino resolveu construir uma nova capital afirmando que Roma estava contaminada pelos templos pagãos e que na nova capital só iria construir templos cristãos, e o lugar escolhido foi Constantinopla uma cidade grega, em homenagem a Constantino, onde foram construídos muitos templos. Constantino, por motivo político, acabou com o culto ao imperador devido às pessoas levar oferendas à estátua do imperador, mas, conservou o título de (Sumo Pontífice), título esse conservado por todos os Papas até hoje. Constantinopla passou a ser a nova capital, posição perdida por Roma, porém, com a morte de Constantino começou uma grande controvérsia: Roma, agora, queria recuperar sua posição de capital e reclamava autoridade e trono que dizia ter sob todo o mundo cristão, assim, começou a grande rivalidade entre Constantinopla e Roma. O bispo de Roma que já se chamava Papa, insistia em ser reconhecido como cabeça da igreja em toda Europa. O desvio da igreja instituída por Jesus e governada pelos primeiros apóstolos, vai sendo influenciada a proporção em que o poder imperial consegue aliar-se a ao poder eclesiástico já corrompido. Muitos dogmas são baseados em lendas e suposições, outros estão impregnados de crendices que rebaixam o nível do cristianismo original. A Maioria dos dogmas foram criados com objetivos lucrativos e disciplinares, pois assim, traziam o povo cativo, “inconscientemente”, a autoridade do governo imperial-religioso. Devido a essas alterações a igreja deixou de ser legítima e causou varias brechas no cristianismo. A cada desvio nas doutrinas dos apóstolos, levavas cristãos autênticos, a organizarem igrejas independentes que se reunião em casas e até em catacumbas em Roma, procurando não ser contaminados com tais alterações. Esses dogmas, trouxeram prejuízos, histórico e doutrinários. Em 310 d.C., começam as rezas pelos mortos; Em 320 d.C., começam a usar velas nas igrejas como ritual espiritual; Em 325 d.C., o imperador Constantino ordena e celebra o primeiro concílio, oficializando o falso cristianismo como religião oficial do império; Em 431 d.C., é instituído o culto a Maria, mãe de Jesus; Em 503 d.C., o purgatório começa a existir, pois Jesus nunca falou de tal lugar, mas se tornou uma fonte de inverdade e de lucros para a igreja corrompida e corruptora da história; Em 787 d.C., começam com cultos ás imagens; Em 830 d.C., começam a usar ramos e água benta; Em 933 d.C., é instituída a canonização de “santos”; Em 1184, oficializa as inquisições; Em 1190, Institui as vendas de indulgências; Em 1200, a hóstia substitui a ceia, e em 1215, decretam o dogma da transubstanciação; Em 1546, livros apócrifos são acrescentados na bíblia pela igreja apóstata; Em 1854, foi instituído o dogma da imaculada conceição; Em 1870, foi instituído o dogma da infalibilidade do papal, imaginem que por volta de 1640 erraram no julgamento de Galileu, que doente foi trazido com 70 anos de idade de maca diante do papa Urbano VII para retratar-se, de seus conhecimentos de astronomia. Temendo Galileu, retratou-se assinando que a terra não girava em torno do sol. Porém confessou entre seus amigos intimo; “que gira, gira”.
Ascensão Papal e Queda do Império Romano Ocidental.
Roma reclamava para si autoridade apostólica até que a tradição inventou que Pedro foi o primeiro Bispo de Roma e, portanto, o primeiro Papa de Roma. Naquela época se reuniam os concílios formados somente por votação de bispos para resolver qualquer questão, e como os bispos de Roma eram em número maior, quando se reuniam no concílio de Calcedônia em 451 d.C. na Ásia menor, ficou decidido que Roma ocuparia o primeiro lugar e Constantinopla o segundo. Foi assim que todo Ocidente passou a considerar o bispo de Roma como autoridade suprema de toda igreja, abrindo caminho para pretensões ambiciosas da parte de Roma de do Papa nos séculos futuros. Podemos destacar, neste período, grandes dirigentes da igreja como Atanázio, Ambrózio de Milão, João Crisóstomo, considerado maior pregador deste período, conhecido como "boca de ouro" chegando a ser bispo de Constantinopla, Jerônimo, o mais erudito de sua época e Agostinho, bispo de Hipona no Norte da África e o mais ilustre teólogo de sua época.

O CRISTIANISMO NO PERÍODO MEDIEVAL.

Este período compreende da queda de Roma 476 d. C. até a queda de Constantinopla em 1453 d.C. O fato mais importante nos dez séculos da idade média foi o desenvolvimento do poder Papal, onde o Papa de Roma afirmava ser "Bispo Universal" e "Chefe da igreja". O período de crescimento do poder Papal começou a fortificar-se no período de Gregório I, "O Grande". É bom lembrar que cada papa mudava de nome ao assumir o cargo. Aumentou a rivalidade entre Constantinopla e Roma, os governadores Europeus se enfraqueciam cada vez mais, enquanto que o papa se fortalecia cada vez mais, transformando a igreja num império fortalecido de riquezas materiais e força humana. Os governos das províncias Européias, enfraquecidos passaram a recorrer sempre a Roma, ficando sempre dependentes do papa. Com isto, surgiram as pretensões ambiciosas do Papa, a ponto de inventarem muitos documentos falsos, no intuito de se apoderar definitivamente do domínio da Europa. Um destes documentos tinha o título de "Doação de Constantino", que dizia que o primeiro imperador cristão Constantino, havia dado ao bispo de Roma, autoridade suprema sobre todas as províncias Européias. Outro documento falso, afirmava que existiam decisões adotadas pelos bispos primitivos de Roma, desde os Apóstolos, reivindicando autoridade suprema do Papa, independência da igreja do Estado e ainda dizia que nenhum tribunal do estado poderia interferir ou violar as decisões do Clero em todos os seus aspectos. Como não existia a crítica, nesta época de tanta ignorância, ninguém se atrevia a examinar a exatidão ou não destes documentos, os quais só vieram a ser declarados como falsificados já no século 16 com o despertar da Reforma, havendo a separação definitiva da Igreja Latina da Igreja Grega. Já no século XI, a igreja latina representada pela cidade de Roma se separou definitivamente da igreja grega, representada pela cidade de Constantinopla, e finalmente no ano 1.054, o mensageiro do Papa colocou sobre o altar da Catedral de Santa Sofia em Constantinopla o Decreto de Excomunhão e a partir daí passou a haver, durante séculos, muitas controvérsias e até perseguições entre ambas. Roma prosseguiu seu próprio caminho na direção dos Papas e a igreja Grega de Constantinopla prosseguiu na direção de seus patriarcas.
Início da Reforma Religiosa.
Neste período vamos ver muitos movimentos Pró-Reforma a favor da libertação do domínio do poder de Roma e do Papa. Um dos primeiros grupos organizados a serem atormentados foram os valdenses. Valdenses eram chamados "os membros da seita, também chamada Pobres de Lião, fundada pelo mercador Pedro Valdo por volta de 1170, na França. Inspirada na pobreza evangélica, repudiava a riqueza da Igreja Católica". O grupo organizado por Pedro Valdo, um rico comerciante, cria que todos os homens tinham o direito de possuir a Bíblia traduzida na sua própria língua. Acreditavam, também, que a Bíblia era a autoridade final para a fé e para a vida. Os valdenses se vestiam com simplicidade - contrapondo-se à luxúria dos sacerdotes católicos - , ministravam a Ceia do Senhor e o Batismo, e ordenavam leigos para a pregação e ministração dos sacramentos. "O grupo tinha seu próprio clero, com bispos, sacerdotes e diáconos". Tal liberdade não era admitida pela Igreja Católica porque não havia submissão ao Papa e aos seus ensinos. Os valdenses possuíam a Bíblia traduzida na sua língua materna, o que facilitou a pregação da Palavra. Outros grupos sucumbiram diante das ameaças e castigos impostos pelos romanistas. Os valdenses, todavia, resistiram. Na escuridão das cavernas, cada versículo era copiado, lido e ensinado. Na Bíblia encontraram a Luz - uma luz forte que inunda corpo, alma e espírito, uma luz chamada Jesus. Os valdenses foram, certamente, os primeiros a se organizarem como igreja, formar seu próprio clero e enviar missionários para outras regiões na França e Itália. Tudo com muito sacrifício e sob implacável perseguição. Essa liberdade de ação motivou os líderes romanos a adotarem medidas duras contra a "seita". Uma bula papal classificou os valdenses como hereges e, como tal, condenados à morte. A única acusação contra eles era a de que "tinham uma aparência de piedade e santidade que seduzia as ovelhas do verdadeiro aprisco". Uma cruzada foi organizada contra esse povo santo. Como incentivo, a Igreja prometia perdão de todos os pecados aos que matassem um herege, "anulava todos os contratos feitos em favor deles (dos valdenses), proibia a toda a pessoa dar-lhe qualquer auxílio, e era permitido se apossar de suas propriedades por meio de violência". Não se sabe quantos valdenses morreram nas Cruzadas. Sabemos, portanto, que esses obstinados cristãos fincaram os alicerces da Reforma que viria séculos depois.
O Massacre de São Bartolomeu

Os católicos franceses apelidavam de "huguenotes" os protestantes. Uma designação depreciativa. Já fomos tratados de huguenotes, hereges, heréticos, protestantes, cristãos novos, irmãos separados, crentes, evangélicos, etc. No entanto, o Pai Celestial nos chama de FILHOS. O massacre de São Bartolomeu ou a Noite de São Bartolomeu ficou conhecido como "a mais horrível entre as ações diabólicas de todos os séculos". Com a concordância do Papa Gregório XIII, o rei da França, Carlos IX, eliminou em poucos dias milhares de huguenotes. A matança iniciou-se na noite de 24.08.1572, em Paris, e se estendeu a todas as cidades onde se encontravam protestantes. Foram martirizados cerca de setenta mil nesse massacre. Quando a notícia do massacre chegou a Roma, a alegria do clero não teve limites. O cardeal de Lorena recompensou o mensageiro com mil coroas; o canhão de Santo Ângelo e os sinos foram acionados em alegre salva; e o Papa Gregório XIII, acompanhado dos cardeais e outros líderes eclesiásticos, foi, em longa procissão, à igreja de S.Luís. Um sacerdote falou "daquele dia tão cheio de felicidade e regozijo, em que o santíssimo padre recebeu a notícia e foi em aparato solene dar graças a Deus e a S.Luís". Para comemorar e perpetuar na memória dos povos esse horrendo massacre, por ordem do Papa Gregório XIII foi cunhada uma moeda, onde se via a figura de um anjo com a espada numa mão e, na outra, uma cruz, diante de um grupo de horrorizados huguenotes. Nessa moeda comemorativa lia-se a seguinte inscrição: "A MATANÇA DOS HUGUENOTES, 1572”. Um outro movimento começou em 1375 na Inglaterra por João Wycliff em favor da libertação do domínio do poder romano e da reforma da igreja. Wycliff famoso e considerado o homem mais culto da Universidade de Oxford, recusava-se a reconhecer a autoridade do papa e opunha-se a ela na Inglaterra. Denunciou o papado em toda a organização clerical, sustentando a tese de que não deveria haver distinções de classes dentro do clero. Indo além, chegou a negar o fundamento bíblico, a doutrina da religião medieval, a transubstanciação. Conseguiu também traduzir o Novo Testamento para o inglês em 1380 d.C. As autoridades nada fizeram contra ele mais do que classificá-lo de herege, foi assim que morreu em paz na sua paróquia, em 1384. João Huss, da Boêmia, nasceu em 1369, influenciado pelos ensinos de Wycliff, pregava contra as mordomias do Papa em contraste com a humildade de Cristo. Homem muito respeitado pelo povo, muito culto e exercia influência na Universidade de Praga, além de sacerdote, pelo que foi escolhido para um lugar de destaque. Mas, apesar de sua influência nacional e de suas eloqüentes pregações, foi condenado pelo concílio de Constança e sacrificado em fogueira em 1415., sua história trouxe elementos favoráveis que influenciaram a Reforma. Outro grande movimento reformador foi dirigido por Jerônimo Savonarola, de Florença na Itália, conhecido como o Precursor da Reforma. Pregava também contra os males sociais, eclesiásticos e políticos de seu tempo, multidões ansiosas reuniam para ouvir seus ensinos. Finalmente, excomungado pelo papa Jerônimo, Savonarola foi martirizado, sendo enforcado e queimado em praça pública. Seu martírio deu-se 19 anos antes de Martinho Lutero, dando maior impulso à Reforma.

A Queda de Constantinopla.

A queda de Constantinopla em 1453d. C, marcou o início da idade Moderna e pôs fim ao período do Cristianismo Medieval. Naquele ano os Turcos invadiram Constantinopla sob as ordens de Maomé II, o templo de Santa Sofia, considerado na época de Constantino como a catedral do Cristianismo, em um só dia foi transformado em mesquita. Durante este período podemos destacar alguns homens importantes: Pedro Abelardo, eminente filósofo e teólogo da Idade Média; Anselmo, grande erudito de sua época e Tomás de Aquino, considerado a maior mentalidade da idade média, chamado de "Doutor Universal, Doutor Angélico e príncipe da Escolástica".
CRISTIANISMO DA IGREJA REFORMADA

A reforma foi ganhando impulso por toda Europa. Na Suíça, quem liderou a reforma foi Ulrico Zuínglio, o qual em 1517 atacou "a remissão de pecados", que muitos procuravam por meio de peregrinações a um altar da Virgem. No ano de 1522, Zuínglio rompeu definitivamente com Roma. A reforma foi então formalmente estabelecida em Zurique, e dentro em breve tornou-se um movimento mais radical do que na Alemanha. Entretanto, o progresso desse movimento foi prejudicado por uma guerra civil entre cantões Católico-Romanos e protestantes, na qual Zuínglio morreu em 1531. Não muito depois da morte de Zuínglio surgiu um líder ainda maior para tomar a direção do protestantismo na Suíça, João Calvino, nasceu vinte e seis anos depois de Lutero de modo que pertencia à segunda geração da Reforma. Declarou-se protestante em 1533, sendo influenciado pelos estudos de Lutero, surgiu repentinamente, acompanhado de uma grande renovação de sua vida espiritual. Logo, se transformou no maior teólogo da reforma ou o maior teólogo da igreja, depois de Agostinho, tendo de fugir para Paris em virtude de uma inesperada e feroz perseguição. Apesar de sua vida inquieta, esteve três anos em Basiléia e ali, aos vinte e seis anos, publicou um livro que lhe permitiu ganhar a posição de um dos líderes do protestantismo, foi o famoso "Instituições da Religião Cristã", publicado em 1536. Na primeira edição o livro era pequeno, não era ainda o tratado de teologia que veio a ser depois, apenas uma declaração sistemática da verdade Cristã sustentada e defendida pelos protestantes e destinado ao uso popular. Desde seus escritos e a sua vida, Calvino trouxe grande contribuição para o progresso da Reforma. Durante seu ministério, de vinte e três anos, ele viu que seus ideais por onde passou, mesmo com perseguições e lugares que suas idéias tiveram pouco êxito, viu na cidade de Genebra o resultado do seu trabalho. Aquela cidade, dantes turbulenta e dissoluta, tornou-se notável por sua ordem, por sua cultura, por seu Cristianismo ardoroso e pelas condições morais excelentes. Ouve mesmo um tempo quando a obra de Calvino parecia arruinar-se, mas sua persistência e coragem férrea não falharam. Sua vitória final foi devida, parcialmente, a muitos protestantes refugiados de perseguições, vindos de outros países, que se tornaram Cidadãos de Genebra. Pelo êxito da reforma por Calvino em Genebra, a cidade serviu de refúgio para muitos perseguidos por causa da Reforma em outros países. Os refugiados encontraram nela um lar apropriado que foi também um lugar de preparo sólido para os líderes do protestantismo. Posteriormente, muitos refugiados voltaram aos seus países de origem, fortalecidos por sua estada em Genebra e por seu contato com Calvino. Um deles foi João Knox que foi o líder da Reforma na Escócia. Lá, o progresso da Reforma foi lento, pois a igreja e o Estado eram governados pela mão férrea do cardeal Beaton e pela rainha Maria de Guise. O cardeal foi assassinado, a rainha morreu, e logo em seguida João Knox, em 1559, assumiu a direção do movimento reformador. Começou a pregar constantemente com extraordinária eloqüência, fortalecendo a causa reformada com seus argumentos poderosos. Knox pôde fazer desaparecer todos os vestígios da antiga religião, e levar a Reforma muito longe, do que da Inglaterra. A Igreja Presbiteriana, segundo foi planejado por João Knox, veio ser a igreja da Escócia. Na Inglaterra, João Tyndale liderou a Reforma e conseguiu traduzir o Testamento na língua "mater", a primeira versão em inglês depois da invenção da imprensa; essa tradução, mais do que outra qualquer, modelou todas as traduções, a partir daí. Tyndale foi martirizado, posteriormente, outros líderes reformadores deram continuidade, e tornaram a Inglaterra protestante. Enquanto que Dinamarca, Suécia e Noruega receberam prontamente a Reforma, a Holanda se tornara protestante, e assim a reforma ganhou campo por todas as partes.
Doutrina Pratica
O luteranismo proclama a autoridade definitiva da Palavra de Deus. A salvação é um presente da graça soberana e a fé, a única forma para se chegar à salvação. A Bíblia é considerada o núcleo fundamental do culto luterano. O luteranismo também recomenda a consulta aos Livros Apócrifos do Antigo Testamento e aceita a autoridade dos três credos ecumênicos (Apóstolos, Nicéia e Atanásio), contidos no Livro da Concórdia. Os sacramentos foram reduzidos ao batismo e à eucaristia porque, segundo a interpretação luterana das Escrituras, somente estes dois foram instituídos por Cristo. Sem alterar demais a estrutura da missa medieval, o luteranismo estimulou a participação comunitária no culto. Ao contrário dos sacerdotes católicos romanos, o clero luterano pôde contrair matrimônio. No que se refere à organização e ao governo da Igreja, as comunidades luteranas européias estão vinculadas aos seus respectivos governos como igrejas oficiais. Nos países não-europeus, as igrejas são organizações religiosas voluntárias.

A CONTRA REFORMA

A decadência do poder papal, já havia começado, desde o fim da idade moderna, Inocêncio III, tinha assumido o cargo tentando recuperar o terreno que tinha começado a perder, e afirmou no dia da sua posse que "em tua mão havia sido entregue não somente a igreja, mas, também o mundo inteiro, com o direito de depor finalmente a coroa do imperador, e todas as outras coroas". No ano de 1303, o papa Bonifácio VIII, ao assumir o cargo que queria mandar nos imperadores, como mandava os seus antecessores, porém se deu mal quando Bonifácio procurou questão com o imperador Felipo, rei da França, este lhe declarou guerra e, ainda lançou o papa Bonifácio no cárcere, depois de soltá-lo em 1305, morreu de tristeza. O rei da França transferiu a sede da igreja de Roma, para o Sul da França, as ordens do Papa já não eram obedecidas, sua excomunhão já não era levada a sério. Porém no ano 1377, o Papa Gregório XI, transferiu novamente para Roma a sede do papa, e desde esta época os papas residem em Roma. Agora, já no século XVI, período da Reforma, o poder papal, estava cada vez mais enfraquecido, sabendo que perderia muito terreno para o protestantismo, iniciou um movimento para acabar com a fé protestante, chamado na época de "Contra-Reforma". E já no ano de 1545, o Papa Paulo III convocou todos os Bispos e Abades da igreja Católica no Concílio do Trento, para fazerem uma reformulação dentro da própria igreja Católica. E dentre as decisões resolveram enviar missionários católicos para influenciar os países que haviam perdido o terreno para os protestantes. E em 1534, foi fundada a ordem dos Jesuítas pelo espanhol Inácio de Loyola, com o objetivo de combater o protestantismo, tanto por métodos conhecidos como secretos, inclusive foram eles que implantaram o catolicismo romano na época do descobrimento do Brasil pelos Portugueses. Até que em 1773, por ordem do papa Clemente XIV à ordem dos Jesuítas foram proibidos de funcionar dentro da igreja. A perseguição ativa foi uma arma da igreja católica para tentar impedir o espírito da reforma. Antes eram imperadores ímpios que perseguiam os cristãos, agora encontramos a igreja perseguindo a igreja. Houve também, depois do concílio, um reavivamento religioso na igreja. Tanto clérigos como os leigos experimentaram, em muitos lugares, um reavivamento da fé e do zelo romantista que se manifestou numa devoção aos interesses dessa igreja e ao bem estar do próximo. Os assim despertados eram inimigos do protestantismo e lutavam para restaurar a Igreja à custa do aniquilamento dos inimigos. Muitos desses perseguidores eram sinceros no seu zelo que julgavam cristãos. Na Espanha e na Itália foram instituídas a "Inquisição", mediante a qual protestante e até judeus eram obrigados a serem batizados a força para se tornarem católicos, ou eram torturados e queimados vivos. Na França o espírito de perseguição alcançou o clímax, na matança da noite de São Bartolomeu, 24 de agosto de 1572, e que se prolongou por várias semanas, e milhares foram mortos. Segundo alguns historiadores, morreram de 20.000 a 70.000 mil pessoas. A Igreja, a cada dia, investia em seus métodos de combates contra o protestantismo, começaram ver muitas regiões sendo conquistadas, antes perdidas para os protestantes. As perseguições nos países em que o governo não era protestante não só retardava a marcha da reforma, mas em alguns países principalmente na Boêmia e na Espanha, a extinguiram. Devido todo este movimento de contra-reforma, iniciou-se uma guerra, conhecida pelos historiadores como "guerra dos 30 anos", que durou de 1618 a 1648 e por fim, foi assinado um tratado de paz, que fixou um tratado de paz entre os países católicos e protestantes, que duram até hoje. Enfim, Martinho Lutero indiscutivelmente foi a figura principal deste período e fundador da civilização protestante.

O Concílio de Trento

Trento (1545-1563), norte de Itália, concílio ecumênico da Igreja Católica que iniciou uma redefinição de seus dogmas essenciais, foi inaugurado, desenvolvendo-se em três fases: A primeira (1545-1547) tratou dos temas colocados pelos protestantes, dedicando-se a justificá-los; A segunda (1551-1552) concentrou-se na questão dos sete sacramentos. No período final (1561-1563) foram tratadas condições disciplinárias, frisando o problema da residência episcopal, considerado, unanimemente, um assunto chave para a execução da Reforma.
Significação
Além de resolver questões doutrinárias e disciplinares fundamentais para os católicos, o Concílio também impregnou seus dirigentes de um espírito de coesão essencial para a revitalização da Igreja durante o período seguinte também conhecido como Contra-reforma. A Inquisição em Portugal (Tribunal do Santo Ofício), estabeleceu-se oficialmente em Portugal no século XVI (1547). Seu objetivo era manter puro os dogmas da fé católica, para isto, prendia, processava e punia os herejes, ou seja, aqueles que, sendo cristãos, não acreditavam na doutrina da Igreja ou não cumpriam seus deveres espirituais; foi instalado pelo papa, a pedido do rei, em uma época que cumpria ao Estado zelar pela pureza da fé de seus súditos. A inquisição portuguesa perseguiu protestantes, portugueses descendentes de islâmicos, homossexuais, mulheres (geralmente, acusadas de bruxaria) e, principalmente, cristão-novos, isto é, judeus que tinham sido obrigados a receber o batismo. O Tribunal atuava em suas sedes ou através de visitações feitas a determinados lugares ou regiões. Nelas, ouvia denúncias e confissões, perdoando ou dando início aos processos, conforme a gravidade do caso. A inquisição portuguesa teve três tribunais no reino: Lisboa, Coimbra e Évora, esta última particularmente violenta. Os julgamentos podiam demorar meses. Mas quem caía nas mãos do Santo Ofício sabia que o menos que poderia lhe acontecer era a desgraça pública. Mesmo quem não era condenado a morrer na fogueira, tinha os bens confiscados e recebia a pena de humilhação: não podia falar com ninguém, afastava-se dos familiares e vestia, obrigatoriamente, uma bata que o apontava como condenado da inquisição. Para obter uma confissão, a igreja aprovara o uso de tortura, aplicada pelos padres envolvidos nos interrogatórios. A ordem dominicana, a mesma de Tomás de Torquemada, o famoso inquisidor espanhol, foi particularmente atuante na caça aos hereges e judeus. Após uma condenação, o condenado tinha direito a suplicar clemência. Entre a sentença e sua execução, às vezes corria mais de um ano. As execuções aconteciam em Autos da Fé, procissões que começavam pela manhã com os condenados vestindo suas melhores roupas, caminhando em direção às fogueiras. O Auto era uma festa para a população que se comprimia para assistir o espetáculo e, muitas vezes, contou com a assistência da família real: rei, rainha e infantes. Era comum os condenados esperarem que os inquisidores fizessem uma refeição festiva, antes de ouvirem a sentença final. Podia acontecer de um ou outro ser perdoado na última leitura da sentença e receber uma pena mais leve. Os realmente destinados às fogueiras tinham dois destinos: Se admitissem a culpa, recebiam um garrote antes de o fogo ser aceso; Se não o fizessem, insistindo em jurar inocência, eram queimados vivos. A inquisição tornou-se violenta a tal ponto que muitos condenados que morreram de causas naturais antes da execução da sentença, foram enterrados e, na época do Auto de Fé, desenterrados para que seus corpos pagassem à culpa devida. Tanta perseguição provocou, entre os cristão-novos, termo que designava em Portugal e no Brasil colonial o judeu convertido ao cristianismo, uma fuga maciça de Portugal. Como não podiam atravessar a fronteira da Espanha porque uma ordem real impedia determinando que os cristão-novos fugitivos de Portugal e presos em território espanhol fossem levados diretamente à fogueira. É significativo o número de cristão-novos que emigraram para o Brasil nos três séculos em que, oficialmente, funcionou a inquisição portuguesa, encerrada no século XIX (1821).
O Brasil e as ilhas atlânticas ficaram sob a jurisdição do Tribunal de Lisboa. Para o Brasil vieram algumas Visitações como as da Bahia (1591 e 1618), a de Pernambuco (1593) e a do Pará (1762). O processo inquisitorial era diferente na medida em que podia ser interrompido no momento em que houvesse a confissão completa. A tortura foi aplicada, mas não como regra. A escala penal também não era fixa, dependendo da gravidade da falta e da atitude do réu: ia desde a admoestação à pena. No entanto, houve casos de cristão-novos serem repatriados do Brasil para Portugal, onde acabaram sendo executados na fogueira. Entre eles destaca-se o escritor Antônio José, conhecido pelo apelido de O Judeu. No final do século XV, no reinado de D. Manuel I, o Venturoso, foi imposto aos judeus o batismo. O clima de intolerância religiosa e o interesse do absolutismo em garantir a homogeneidade religiosa do país, já que a Igreja submetia-se ao rei (padroado) explicam essa medida política.
A maioria dos conversos, entretanto, permaneceu fiel à sua religião original, o que gerou posteriormente reação da Inquisição. Os cristãos novos tiveram importante papel econômico no mundo português, inclusive no comércio de açúcar e metais preciosos. Somente no governo do marquês de Pombal foram eliminadas as distinções entre cristãos velhos e novos. Apesar de abrir as procissões dos autos-de-fé, o estandarte da Inquisição não permaneceu como símbolo desse período da História. A imagem emblemática daquela época trágica são as fogueiras que queimaram e torturaram milhares de pessoas.

PROTESTANTISMO

Uma das três principais divisões religiosas da cristandade, junto com a Igreja Católica e a Ortodoxa começou no século XVI, como um movimento reformista da Igreja cristã ocidental e culminou na Reforma protestante, separando as Igrejas reformadas da católica. Seu objetivo era restaurar a verdadeira fé cristã. As quatro principais igrejas protestantes que emergiram da Reforma são:
– Luterana, conhecida como evangélica na Europa continental – Calvinista ou Reformada – Anabatista – Anglicana
Todas estas igrejas rejeitam a autoridade do papa e enfatizam a importância da Bíblia e da fé individual. Em 1670, surgiu, na Alemanha, o pietismo como resposta ao intelectualismo protestante. A influência do pensamento científico e do Iluminismo na teologia protestante se refletiu no racionalismo, uma tendência que surgiu entre os séculos XVII e XVIII. Sua expressão mais pura foi o Deísmo. Outra forma de racionalismo protestante do século XVIII foi o Unitarismo. A reação contra as tendências intelectuais e formalizantes do protestantismo continuou durante o século XVIII com a aparição de vários movimentos que apelavam para as emoções da experiência religiosa. Na Inglaterra, esta reação adotou o nome de Metodismo e, nas colônias americanas, Evangelismo. Durante o século XIX, o protestantismo transformou-se em movimento mundial como resultado de intensa atividade missionária. Além disto, tornou-se cada vez mais variado à medida que surgiam novas seitas e tendências religiosas, como as do teólogo protestante alemão Friedrich Schleiermacher ou o conservador movimento de Oxford. O século XX produziu duas reações contra o liberalismo teológico. Uma foi o Fundamentalismo, movimento evangélico que se baseava na infalibilidade da Bíblia. A outra, a Teologia da Crise, ligada ao teólogo suíço Karl Barth (1886-1968). Um fator importante foi a aparição do Movimento Ecumênico que favoreceu a união de muitas igrejas protestantes e levou à formação do Concílio Mundial de Igrejas (1948). Foram estabelecidos diálogos com a Igreja Católica, Ortodoxa e com outras crenças não-cristãs.
Movimentos populares
Desde o século XVII, os sucessivos movimentos dentro da Igreja Anglicana favoreceram sua expansão. No século XVIII, infundiu-se à religião popular um novo sentido de piedade e consagração pessoal. Durante o século XIX, um grupo de clérigos da universidade de Oxford iniciou um movimento para reincorporar elementos do catolicismo. Doutrina A doutrina da Igreja Anglicana baseia-se nos Trinta e Nove Artigos do livro de orações habituais, que contém os antigos credos de um cristianismo não dividido. A religião anglicana difere da católica principalmente por negar a autoridade do papa, além de autorizar a ordenação de mulheres como sacerdotes o que trouxe mal cismas para a igreja católica.

O Calvino

Calvino, João (1509-1564), teólogo francês considerado pelas igrejas protestantes da tradição reformada como principal expoente da Reforma protestante. Recebeu instrução para o sacerdócio e estudou Direito. Em 1536, publicou a instituição da religião cristã, obra que o colocou na vanguarda do protestantismo. Neste mesmo ano, visitou Genebra, chamado por Guilherme Farel, para participar do movimento reformista da cidade, do qual foram ambos expulsos. Em 1541, voltou a Genebra para, novamente, dirigir o movimento reformista. Redigiu o rascunho das novas Ordens, que o Governo modificaria e adaptaria como constituição, regulamentando, simultaneamente, assuntos sagrados e profanos. Propôs a melhoria das condições de vida dos habitantes através da construção de hospitais e instalação de novas indústrias. Neste época, Genebra foi ameaçada pelos exércitos católicos.

Teologia

Segundo Calvino, a natureza da teologia e de todas as instituições humanas estão especifica- das na Bíblia. Calvino procurou aproximar-se da palavra de Deus e exortou a Igreja a recuperar sua pureza original. Em sua principal obra, articulou a teologia bíblica de maneira racional, seguindo o credo apostólico. Calvino sublinhou a transcendência da soberania de Deus, a natureza da opção e da predestinação, os pecados do orgulho e da desobediência, a autoridade das Escrituras e a natureza da vida cristã. Cada um destes ensinamentos foi utilizado, de alguma forma, como doutrina central do calvinismo. Dentre seus dogmas incluem-se a soberania absoluta de Deus e a doutrina da justificação por meio da fé. Para Calvino, não existia o livre arbítrio; ele elaborou também uma doutrina da predestinação. A Bíblia constitui a única norma para uma vida de fé. Muitos de seus princípios tiveram implicações sociais, como o que determina que a economia e o trabalho penoso faça parte da virtude moral. No século XVII, em muitos lugares o calvinismo foi adotado por grupos protestantes, como o movimento huguenote na França e o puritanismo na Inglaterra.
Presbiterianismo

As raízes do presbiterianismo estão na teologia de João Calvino, cujo objetivo era estabelecer uma Igreja governada pelo princípio do Novo Testamento, que fala do dever do ancião. Calvino, contudo, não insistiu em que o presbiterianismo fosse a única forma de governo permitida pela Bíblia . Embora a Bíblia seja a autoridade máxima o culto presbiteriano permite flexibilidade nas formas e práticas, mas baseia-se na definição de Calvino sobre as características da Igreja: a proclamação do Evangelho e a celebração dos sacramentos.As Igrejas desta tradição originaram-se na Reforma protestante do século XVI. O governo dos anciãos caracteriza a organização das Igrejas Presbiteriana e Reformada. Sua estrutura mistura elementos democráticos e hierárquicos. O poder equilibra-se entre as congregações e os corpos mais elevados do governo eclesiástico. Cada congregação é governada por uma sessão ou consistório e está integrada a um presbitério que coordena suas atividades em uma área geográfica. Os membros do presbitério são pastores e anciãos de um conjunto de congregações. A autoridade de nomear sacerdotes pertence ao presbitério. Os presbíteros pertencem aos sínodos, unidades geográficas maiores, a uma assembléia ou a um sínodo geral que representa toda a Igreja.

Anabatistas

Grupos religiosos que surgiram na Europa durante a Reforma. Acreditavam que a fé que cada pessoa tivesse em Deus era de suprema importância, defendiam a não-violência e eram contra as igrejas governadas pelo Estado. Este movimento se baseava em congregações voluntárias de convertidos e batizavam seus membros adultos, mesmo que já tivessem sido batizados na infância. (Os anabatistas tiveram grande influência sobre os batistas tradicionais) Os grupos anabatistas mais representativos são os Irmãos Suíços, os Irmãos de Hutterian e os menonitas.

Batista

Igreja cristã cujos membros aceitam os princípios básicos da Reforma do século XVI, embora tenham restaurado outras crenças e práticas, que incluem, inclusive, o batismo, ministrado somente a adultos e por imersão, a separação da igreja e o Estado e a autonomia das igrejas locais. A importância dos batistas provém da ênfase especial que colocam nestas e noutras crenças, como também no grande número de membros. A grande maioria dos batistas (quase 30 milhões por volta da década de 1980) estão repartidos dentro de 27 grupos nos Estados Unidos, país onde constituem entre um terço e a metade de toda a população evangélica. Apesar de os batistas adotarem algumas das crenças religiosas dos anabatistas, nunca existiu uma verdadeira conexão entre estes dois grupos. O movimento surgiu no começo do século XVII na Holanda e na Inglaterra, sob a direção de John Smith e Thomas Helwes, líderes separatistas ingleses da Igreja anglicana.

Metodistas

Movimento protestante que data de 1729, quando um grupo de estudantes da Universidade de Oxford (Inglaterra) começou a reunir-se para praticar o culto e os serviços cristãos. Deram ao grupo o nome de ‘Clube Santo’ e a seus membros de ‘metodistas’, pela forma metódica com que realizavam suas práticas religiosas. Dentro do grupo de Oxford estavam John Wesley, considerado o fundador do metodismo, e seu irmão Charles. Os irmãos Wesley apoiavam-se no arminianismo e rejeitavam a ênfase calvinista na predestinação. Eram partidários da doutrina da perfeição cristã e da salvação pessoal por meio da fé. Pouco tempo depois da morte de John Wesley em 1791, seus seguidores começaram a dividir-se em vários grupos religiosos, com pequenas diferenças doutrinárias. Em 1881 realizou-se uma conferência metodista ecumênica com o objetivo de coordenar os distintos grupos espalhados pelo mundo. Desde então e a cada determinado tempo, fazem esse tipo de reunião. Os metodistas admitem dois sacramentos: o batismo e ‘a Ceia do Senhor’, que pode ser interpretada de duas formas: uma, para celebrar a presença de Cristo e outra para manter o estrito sentido comemorativo.

Menonitas

Grupo religioso evangélico protestante que surgiu na Suíça em 1520. Apoiavam o reformador Zwingli. Sua ruptura deveu-se à divergência de opinião sobre o batismo dos meninos, daí serem chamados de anabatistas. Como se negavam a aceitar o conceito de uma Igreja estatal, a aprovar a guerra ou o serviço militar, foram vítimas de perseguições. Na mesma data surgiu um movimento liderado por Menno Simons, de cujo nome deriva os menonitas, o qual assumiu uma posição mais radical. Defende o ideal da comunidade religiosa, baseada nos modelos do Novo Testamento. A Bíblia é interpretada segundo a consciência de cada um, ela é a única autoridade quanto a assuntos doutrinais. Os ministros da fé não são mediadores entre Deus e os fiéis. Celebram a Ceia do Senhor , mas não como um sacramento.

HISTÓRIA DO CRISTIANISMO NO BRASIL

Com a descoberta do Brasil em 1500, vieram alguns padres com os Portugueses e implantaram aqui o catolicismo romano, as ordens dos Jesuítas fundadas por, Inácio de Loyola vieram ao Brasil catequizar os índios e através dos padres José de Anchieta e Manoel da Nóbrega o Catolicismo ganhou impulso aqui no Brasil e mergulhou na idolatria. No Brasil os jesuítas se dedicaram a pregação da fé católica e ao trabalho educativo. Perceberam que não seria possível converter os índios à fé católica sem que soubessem ler e escrever. De Salvador a obra jesuítica estendeu·se para o sul e em 1570, vinte e um anos após a chegada, já era composta por cinco escolas de instrução elementar (Porto Seguro, Ilhéus, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga) e três colégios (Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia). Os jesuítas não se limitaram ao ensino das primeiras letras; além do curso elementar eles mantinham os cursos de Letras e Filosofia, considerados secundários, e o curso de Teologia e Ciências Sagradas, de nível superior, para formação de sacerdotes. Nestas Missões, os índios, além de passarem pelo processo de catequização, também são orientados ao trabalho agrícola, que garantiam aos jesuítas uma de suas fontes de renda. As Missões acabaram por transformar os índios nômades em sedentários, o que contribuiu decisivamente para facilitar a captura deles pelos colonos, que conseguem, às vezes, capturar tribos inteiras nestas Missões. Os jesuítas permaneceram como mentores da educação brasileira durante duzentos e dez anos, até 1759, quando foram expulsos de todas as colônias portuguesas por decisão de Sebastião José de Carvalho, o marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777. Porém já no ano 1855, Robert Reid Kalley, chega ao Brasil na cidade do Rio de Janeiro, iniciando o movimento protestante congregacional A partir daí o catolicismo romano foi perdendo terreno para o protestantismo no Brasil. Além das principais igrejas evangélicas do Brasil, existem milhares de outras igrejas Evangélicas que o espaço não dá para mencioná-las, como também não podemos deixar de mencionar as igrejas protestantes históricas que são: Igreja Metodista Wesleyana, Igreja Cristã Presbiteriana, Igreja batista em geral e igreja Congregacional, dentre outras. O Catolicismo com medo de perder terreno para igrejas reformadas aqui no Brasil, com apoio das autoridades chegaram a queimar e destruir muitos templos evangélicos; pastores presbiterianos chegaram a ser mortos em Minas Gerais. Porém, o Brasil hoje está enfrentando o maior avivamento da sua história, e graças a Deus em cada quarteirão das cidades existe um templo Evangélico. O Catolicismo sabe que cada dia o Brasil torna-se um país totalmente Evangélico. Igrejas EvangélicasBasicamente são três as ramificações que se apresenta no meio Protestante: tradicional pentecostal e neopentecostal.
Tradicionais: Compreende principalmente as chamadas igrejas históricas quetiveram origem no início da Reforma Protestante ou bem próximo dela. São elas:· Luterana: fundada por Martinho Lutero (1524)· Presbiteriana: Fundada por João Calvino (1517)· Anglicana: Fundada pelo rei da Inglaterra Henrique VIII (1558)· Batista: Fundada por John Smith (1609)· Metodista: Fundada por John Wesley (1740)

Pentecostais:

Compreende as igrejas que tiveram inicio no reavivamento nos Estados Unidos entre 1906-1910. As experiências do "batismo no Espírito Santo" levaram os membros que experimentaram essa experiência a serem excluídos de suas antigas igrejas, formando assim outras comunidades que levaram o nome de Assembléias de Deus, congregações etc... As principais igrejas pentecostais no Brasil são: Assembléia de Deus, Congregação Cristã no Brasil, Igreja do Evangelho quadrangular, O Brasil para Cristo, Deus é Amor.
· Assembléia de Deus: Fundada pelos missionários, Daniel Berg e Gunnar Vingren (1911) · Congregação Cristã no Brasil: Fundada por Louis Francescon (1910) · Igreja do Evangelho Quadrangular: Fundada por Aimée S. McPhersom (1950) · O Brasil para Cristo: Fundada por Manoel de Melo (1955) · Deus é Amor: Fundada por Davi M. Miranda (1962) .

Neopentecostais:

Os neopentecostais são igrejas oriundas do pentecostalismo original ou mesmo das igrejas tradicionais. Surgiram 60 anos após o movimento pentecostal. Nos Estados Unidos, são chamados de carismáticos sendo que aqui no Brasil essa nomenclatura é reservada exclusivamente para um grupo dentro da igreja Católica que se assemelha aos pentecostais. No Brasil, as principais igrejas que representam os neopentecostais são: Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja da Graça, Sara Nossa Terra, Renascer em Cristo.
· Universal do Reino de Deus: Fundada por Edir Macedo (1977) · Igreja Internacional da Graça de Deus: Fundada por Romildo R. Soares (1980) · Sara Nossa Terra: Fundada por Robson Rodovalho (1980)· Renascer em Cristo: Fundada por Estevan Hernandez (1986)

Diferenças entre os grupos:

Os evangélicos tradicionais diferem dos pentecostais apenas em relação à experiência do chamado "Batismo no Espírito Santo". Não aceitam o "Falar em outras línguas" (glossolalia) e dão forte ênfase no ensino teológico e no trabalho social, não se preocupam com usos e costumes como vestimentas e adornos, tentam trazer um equilíbrio. Os carismáticos formaram uma outra igreja coexistindo juntamente com os pentecostais mas sem se identificar com elas. Dão bastante ênfase ao louvor e são mais flexíveis teologicamente não permanecendo estáticos na doutrina como são os pentecostais. Distinguem-se também quanto aos usos e costumes. É o grupo que mais cresce atualmente no Brasil devido a um maciço investimento na mídia, como é o caso das igrejas Universal e da Graça.

CONCLUSÃO

Como percebemos, a história da igreja é marcada por fatos que devem ser valorizados pela igreja contemporânea. Infelizmente, o crescimento quantitativo da igreja nos primeiros séculos, foi esplêndido, mas segue-se uma lamentável decadência espiritual que mundanizou as igrejas. Começaram a faltar a amor, fé, fidelidade ao ponto de vermos o Apóstolo João receber revelações acerca do comportamento das igrejas na Ásia menor. As igrejas começam então, a assimilar ritos, sacramentos, cerimônias do paganismo e da cultura greco-romana. Elas aceitaram o apoio do poder que lhe fora hostil e assim a decadência espiritual trouxe a triste união com o poder político que gerou um gigante chamado o papismo. Moisés havia dito que a união entre os filhos de Deus e os filhos dos homens gera gigante. Mas, graças a Deus, pela sua soberania, para preservar e fazer resistir e prevalecer homens que não se dobraram e não se conformaram com tal situação, mas foram fiéis, mesmo que tivessem que pagar com a vida, protestaram contra a o casamento do cristianismo com o paganismo. Homens que ora dentro, ora fora da igreja militaram com uma consciência de que a fé e a palavra, uma vez dada aos santos, precisava ser guardada e zelada. A história da igreja no longo do tempo nos mostra essa realidade, precisamos continuar atentos e corajosos para não deixar que a reforma, realizada com tanta grandeza, se perca. Portanto, ainda hoje, precisamos atentar para todo mover que vem sendo implantado; teologias que têm sido ministradas com interpretação meramente humanas, na tentativa de agradar os homens sem falar-lhes do pecado, da justiça e do juízo de Deus; programa de crescimento com uma forte influência do pragmatismo, onde o resultado é o que importa e não o que Deus aprova. Que Deus nos dê graça e sabedoria para mantermos nossos ministérios debaixo da sua direção e que nos dê ousadia para denunciamos todo vento de doutrina que contraria a sua santa palavra. Que Deus nos conscientize a ver á história da igreja com mais respeito, com mais valor. Não podemos ignorar o que aconteceu no passado, precisamos urgentemente gerar uma consciência teológica entre as lideranças das denominações históricas visando definir critérios para surgimentos de novas igrejas. Creio que chegou o tempo de regulamentar ás igrejas que surgem sem critérios teológicos, que interpretam as Santas escrituras sem a formação acadêmica, sem nenhum critério da arte e da ciência de interpretação. Que mantém uma estrutura organizacional voltada para dentro de si, onde o poder administrativo é centralizado em uma liderança dominadora. A igreja primitiva nos mostra o apostolo Paulo organizando os novos convertidos em comunidades, igrejas locais. O seu objetivo era promover os meios pelos quais eles fossem edificados, instruídos, celebrassem a Ceia, cultuassem a Deus e se envolvessem, no próprio projeto de expansão do cristianismo. Paulo os batizava, elegia presbíteros dentre eles a quem encarregava do rebanho (At 14.21-23), e depois de algum tempo voltava para supervisioná-los (At 15.36; 16.4-5; 18.23). Aqui temos um ponto muito importante. O objetivo de Paulo não era apenas declarar ou anunciar apenas o evangelho, ele queria persuadir as pessoas, queria convencê-las, ganhá-las para Cristo, e após isto, organizá-las em igrejas e discipulá-las, procurando não influenciar qualquer pensamento doutrinário contrario aos da igreja em Jerusalém. A historia contemporânea mostra que o surgimento de muitas igrejas, denominações, ministérios são dissidências das igrejas históricas. O que aconteceu? Uma das principais figuras da História da Interpretação Bíblica é Martinho Lutero, cujos princípios de interpretação deram o ímpeto necessário à Reforma Protestante do século dezesseis. Quero citar o professor Pr. José Roberto de Souza que na cadeira de Hermenêutica no CET, em sua aula enfatizou o valor da hermenêutica de Lutero, que redimiu as Escrituras do cativeiro da exegese medieval e do controle da Igreja Católica Romana. Acredito que essa crise da Igreja atual seja uma crise hermenêutica em sua essência. Por crise eu me refiro à confusão e incerteza geradas nas igrejas evangélicas pelo ingresso em seu meio de várias e diferentes correntes teológicas e litúrgicas. Cada uma dessas correntes reivindica ser a mais correta expressão do ensino da Bíblia. Já que várias delas pregam verdades e práticas radicalmente opostas umas às outras, não se pode esperar que todas estejam certas. E se todas usam passagens da Escritura para defender suas convicções, também não se pode esperar que a hermenêutica e a exegese de todas elas estejam corretas. No momento, no Brasil, a crise não é tanto relacionada com a natureza e a inspiração das Escrituras, mas com os princípios e métodos utilizados em sua interpretação. O desafio de conduzir a igreja segundo os princípios bíblicos precisa ser enfatizado com mais freqüências em nossos púlpitos. Precisamos responsabilizar e motivar os vocacionados por Deus, a desejarem ardentemente se prepararem academicamente, nas instituições teológicas. Creio que assim resgataremos no futuro pastores mais capacitados na interpretação das escrituras Sagradas e a crise será vencida. Pois atualmente é grande o número de pastores sem formação teológica o que vem contribuindo para desvalorização das instituições teológicas como requisito básico, necessário para uma ordenação pastoral. Encerro este trabalho com uma frase que sempre ouvi na minha adolescência. “A igreja reformada, sempre reformando”.


Pr.Israel Jordão.





Referências Bibliográficas

VARETTO, Juan C. Eles morreram pela fé. 5ª edição. Rio de Janeiro, Juerp, 1990.

Centro de Estudos Teológicos. História da igreja. Recife, 2006.

WILLISTON, Walter e ROLAND, Baiton H. História da igreja. 4ª edição. São Paulo, Junta de Educação Teológica da Convenção Batista Brasileira, 1987.

CARROL, J.M. O rasto de sangue Titulo da edição norte-americana “The Trail of Blood”. Tradução no Brasil, São Paulo, 1960.
CAMPOS, Lauro de Barros. Documentário O estado do vaticano, 8ª edição. Campinas, São Paulo. Caixa Postal 5110
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3 comentários:

On 16:17 , alvinbr disse...

Pr.,se todos estes relatos históricos forem verdadeiros, a Igreja Católica foi o maior dos perseguidores dos cristãos, tanto na parte espiritual como na parte física. Porque ela ainda não desapareceu da terra como foram as sete igrejas da Ásia?
Grato pela atenção. Alvino Mendes (alvinmendes@gmail.com)

 
On 13:13 , Disney Silva disse...

Esta postagem é de relevante importância para todos que querem conhecer a história da Igreja que hoje fazemos parte!

 
On 09:48 , Anônimo disse...

não desapareceu porque Jesus disse que nem as portas do inferno prevalecerá contra ela! Se fosse uma Igreja criada e sustentada por mãos humanas já havia acabado. Mesmo tendo sido horrivelmente cruel, é a verdadeira Igreja de Cristo, e é sustentada por ele!

Um abraço