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*Análise do texto “Falácias Lógicas” do livro Os Perigos da Interpretação Bíblica.


A Importância deste estudo nos mostra a grande responsabilidade que temos como proclamadores das sagradas escrituras em saber interpretar a palavra de Deus de maneira correta. É Preciso compreender com muita humildade que a bíblia não é obrigada a dizer em nossas interpretações aquilo que queremos, mas nós temos que interpretá-la na perspectiva de professar aquilo que ela realmente quer dizer. Estamos lidando com os pensamentos de Deus, que precisam ser interpretados e explicados com muita clareza. Temos uma tarefa como proclamadores das escrituras de falar coerentemente sem ferir a lógica e a fé. Somos, em certo sentido, obrigados a buscar com dedicação e esforço o entendimento , a compreensão dos textos evitando interpretações arbitrárias, absolutizando, assim, pontos de vistas que não correspondem com o verdadeiro sentido da mensagem. Não podemos nos distanciar da necessidade dos princípios interpretativos como uma ferramenta de grande utilidade para interpretar a bíblia. O Dr. D. A. Carson, mostra que na interpretação bíblica a lógica não se opõe, mas que na interpretação estamos fazendo argumentação lógica da fé. Precisamos ter muito cuidado com alaridos gerados por interpretações sem bases exegética e hermenêutica, sem lógica, criando apenas palavras cheias de falácias. Entender a bíblia é um grande desafio, requer tempo, dedicação; o Espirito Santo não faz compreender sem a tarefa da mente humana, mas o faz mediante a tarefa que o próprio homem empreende em compreender. O que temos visto nas experiências de muitos é que os que querem conhecer e interpretar a bíblia sem passar pela tarefa da interpretação, utilizando os princípios da exegese, da hermenêutica , da compreensão cultural, literária do texto, tem caído em exageros e muitos grupos religiosos têm sido criados dessa mal interpretação, cheias de falácias e enganos. Creio que Deus usou a linguagem, as formas de pensamento, a cultura etc, para moldar a sua revelação, é por isso que precisamos estudar bem esses elementos, para então entender e saber aplicá-los na proclamação. Dr. Carson, com muita propriedade nos traz, de uma forma clara, que o aspecto interpretativo precisa evitar o uso “inadequado de Silogismos” quando consiste em achar que determinados argumentos lógicos podem deduzir o que a bíblia realmente que dizer na sua clareza. Muitos tem tido a tendência de discutir, confrontar opiniões usando apenas argumentos sem nenhum conhecimento interpretativo da exegese e da hermenêutica. É importante saber que um ensino ocasionado por uma situação local não pode ser interpretada universalmente, faz necessário um entendimento teológico que só os princípios interpretativos podem esclarecer. John Sott em seu livro “Crer também é pensar” diz algo relacionado a ocorrência da exaltação perigosa ao anti-intelectualismo, gerando grupos que transmitem nas “entre linhas” suas falácias que trazem distorções teológicas. O Pr. Caio Fábio de Araújo exorta, em um dos seus livros, que as maiores heresias são frutos da má interpretação bíblica, por indivíduos sem formação ou conhecimento teológico. A falácia consiste em proclamar em cima de experiências pessoais, onde muitas vezes em base de textos isolados sem nenhuma reflexão interpretativa, dogmatizam ensinos e doutrinas que quando confrontadas pela hermenêutica e a exegese não tem nenhum respaldo e conteúdo teológico. Portanto, é fundamental que se busque o resgate da valorização “da casa de profetas” para preparar os que são chamados, mostrando-lhes que examinar as escrituras usando a hermenêutica, que pode ser definida como a ciência que ensina os princípios, as regras, leis e métodos que regem a tarefa da interpretação e a exegese, que tem por objetivo esclarecer minuciosamente um texto, uma palavra, e assim veremos e ouviremos nas oratórias dos púlpitos a palavra de Deus bem interpretada.


Pr.Israel Jordão.

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