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Manuscritos originais e suas versões.


Este comentário apresenta como propósito resumir os artigos antigos do Novo Testamento, mostrando a importância desses manuscritos em sua língua original, grego, de maneira que tenhamos firmeza em que os atuais manuscritos impressos tragam clareza quanto a sua forma correta e suas variantes. Os Testemunhos antigos revelam manuscritos gregos em papiros, unciais e minúsculos, que tem toda uma importância especial para mostrar que o novo testamento tem inspiração divina. 1)- Os manuscritos gregos antigos em Papiro, contém mais de três quartas partes do texto do novo testamento. 2)- Os manuscritos antigos Unciais, em pergaminho, em uma quantidade de 252 manuscritos que equivale às nossas letras maiúsculas. O manuscrito Minúsculo em pergaminho, em quantidade de 2.646 manuscritos escritos ao que equivale às nossas letras minúsculas. 3) - Os manuscritos antigos Lecionários em pergaminho traziam textos do novo testamento divididos em passagens selecionadas, preparados exclusivamente para serem lidos nas liturgias dos domingos nas igrejas, na verdade essa prática tem relação com os judeus, que liam a cada sábado, textos da lei e dos profetas durante o culto. existem cerca de quase 2000 mil manuscritos lecionários que foram produzidos paralelamente aos manuscritos antigos Unciais e Minúsculos. É importante salientar que cerca de 5.000 manuscritos gregos do novo testamento existem desde século II até a invenção da impressa no século XV, o historiador romano Tácito confirma que utilizou um manuscrito datado do século IX, para escrever seus seis primeiros livros. 1)- Com relação as Ostracas trazem alguns trechos citados do Novo Testamento em pedaços quebrados de Cerâmica. É importante citar que pobres usavam argila como material para escrita, o que contribui muito para a arqueologia. 2)- Com relação aos Amuletos, utilizados para afastar os maus espíritos e a má sorte, uma superstição, talismãs de sorte contendo citações de textos do Novo Testamento, durante a história da igreja o uso desses amuletos eram freqüentes, porém, foi necessário que decisões de advertências e proibições fossem declaradas quanto ao uso desse objeto. Homens como Eusébio e Agostinho manifestaram-se contra tal prática. 3)- Com relação às versões temos dez traduções do original grego para: 3.1)- A versão Latim: O Novo Testamento, hoje, têm mais traduções do latim do que do grego, foi querendo evitar confusão na versão Latim que o papa Dâmasco delegou a responsabilidade a Jerônimo de traduzir do grego para o Latim o livro de Salmos e todo o Novo Testamento. Jerônimo se utilizou de manuscritos gregos do tipo Alexrandino, essa compilação chamou-se, Vulgata que quer dizer “tornar comum”, por conseguinte tornou-se a bíblia utilizada dos povos Latinos. (Essa tradução foi feita em 3 anos e meio. 3.2)- A versão Siriaco: Datam do século IV e V, foi traduzida por pelo menos 350 manuscritos gregos, utilizando o texto bizantino e foi padronizada no Pishitto. 3.3)- A Versão Copta: Esse é o Novo Testamento Egípcio, escrita em Hieróglifos, na sua variação existem dois dialetos que diferem, isso por problemas de aspecto geográfico; O Saídico veio do Sul do Egito, sendo utilizado manuscrito do século IV, o Boárico, veio do Norte do Egito, contando apenas com um manuscrito do século IV. Os manuscritos Coptas foram reproduzidos em grande quantidade, pelo que há inúmeras cópias dessa tradição. 3.4)- A Versão Armênio: Começou no século V, tendo vários representantes do tipo de texto, mas a classe pertencente dos bizantinos. A Versão Georgiana que receberam o evangelho no início do século IV, possivelmente traduziu dos manuscritos Cesariano. 3.5)- A versão Etíope: Que contou com os manuscritos dos séculos XIII, utilizou manuscritos do tipo do texto Bizantino. 3.6)- A Versão Gótico; Uma antiga língua germânica, que também se utilizou do texto bizantino, do século IV. Para traduzir a bíblia, utilizando misturas de formas ocidentais. 3.7)- A versão Eslovônico, que traduziu para o búlgaro século IX, fazendo parte do texto bizantino. 3.8)- A versão árabe e Persa, algumas poucas versões tem sido preservada nesse idioma, pois o problema reflete a complexidade dos seus estudos. É Importante também salientar que não temos qualquer documento original de qualquer obra dos tempos antigos, e isso inclui os documentos bíblicos, qualquer restauração do texto será preciso utilizar e depender de cópias das versões que ao longo dos séculos foram traduzidas e escritas. Mesmo em meios às diferenças ortográficas onde devido à existência de vários dialetos, línguas nas mais diversas soletrações, mesmo em meios a dificuldades em manuscritos que foram ditados de um escriba para o outro, mesmo em meios a restauração de certos manuscritos mutilados que eram usados como referência para futuras cópias e mesmo em meio a maneira como as cópias eram escritas sem espaços de palavras, o que dificultava a compreensão de diferentes frases, em tudo a Soberania de Deus sempre se fez absoluta, sem permitir que houvesse alteração ou acréscimo que Deus não os corrigisse e permitisse.

Princípios de Restauração do Texto.

O principio de restauração dos textos e de um critério minucioso dado o fato de buscar os melhores manuscritos que venham referendados da sua formação e compilação, sua origem geográfica, e assim ser examinado, comparado com muita responsabilidade. Para os críticos textuais não são as quantidades de manuscritos que favorecem a autenticidade escrituristica da bíblia, porque eles sabem que os manuscritos são posteriores e inferiores e não os mais antigos. Durante a idade média, a multiplicação de manuscritos tornou-se importante para que houvesse maior divulgação e entendimento das escrituras. Isso contribuiu para que escribas medievais desenvolvessem um texto mesclado através de notas, de comentários e de modificações nos manuscritos, que lhes serviam para ser copiados. Nem um manuscrito grego ou versão traz essa forma, aqueles que consideram o Novo Testamento um documento inspirado não deveriam ansiar por reter as notas, comentários feitos pelos escribas medievais, pois é importante não negligenciar os papiros, os primeiros manuscritos Unciais e os escritos dos primeiros pais da igreja, os quais usavam um Novo Testamento bizantino, o mais puro do que qualquer texto. O primeiro desvio dos originais foi o texto de alexandrino, isso porque escribas eruditos aprimoraram a gramática e o estilo dos autores originais e intercalaram algumas interpolações. No século IV, o texto bizantino também chamado Sírio ou Koinê é resultado de omissões e adições, algumas vezes de material historicamente autêntico, mas que não fazia parte dos originais. Alguns escribas ocidentais faziam paráfrases para um melhor entendimento e compreensão do texto. Os originais do Novo Testamento foram completados nos fins do século I, no caso de alguns livros no começo do século II, à proporção que iam sendo enviadas cópias às várias principais áreas geográficas do mundo, isso contribui para que os tipos de texto passassem por modificações nos originais que vieram a ser associados a determinadas áreas geográficas e centros cristãos. Além de notarmos o tipo de texto que cada manuscrito evidencia sua forma particular, foi preciso à tarefa de devolver ao mundo um texto essencialmente puro do Novo Testamento. Essa restauração contribuiu para que a traduções fossem efetivamente feitas para alcançar outras partes geográficas no mundo.


Pr.Israel Jordão.

Referência Bibliográfica

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CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento Interpretado, 1edição.
6ª impressão. São Paulo, Editora Milenium Distribuidora Cultural Ltda. – 1987
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