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ANTROPOLOGIA NO PERÍODO DA REFORMA
São três grandes linhas de pensamento que predominavam no período que se desenvolveu a reforma: O primeiro era proveniente de Platão, do neoplatonismo, nela se destacava a idéia da Natureza como um grande ser vivo; o homem faz parte da Natureza como um microcosmo (como espelho do Universo inteiro) e pode agir sobre ela através da magia natural, da alquimia e da astrologia, pois o mundo é constituído por vínculos e ligações secretas entre as coisas; o homem pode, também, conhecer esses vínculos e criar outros, como um deus. A segunda originária dos pensadores, que valorizava a vida ativa, isto é, a política, e defendia os ideais republicanos das cidades, contra o Império Romano-Germânico, isto é, contra o poderio dos papas e dos imperadores. Na defesa do ideal republicano, os escritores resgataram autores políticos da Antigüidade, historiadores e juristas, e propuseram o renascimento da liberdade política, anterior ao surgimento do império eclesiástico. A terceira colocava o ideal do homem como artífice de seu próprio destino, tanto através dos conhecimentos (astrologia, magia, alquimia), quanto através da política (o ideal republicano), das técnicas (medicina, arquitetura, engenharia, navegação) e das artes (pintura, escultura, literatura, teatro). A efervescência teórica e prática foi alimentada com as grandes descobertas marítimas, que garantiam ao homem o conhecimento de novos mares, novos céus, novas terras e novas gentes, permitindo-lhe ter uma visão crítica de sua própria sociedade. Essa efervescência cultural e política levou a críticas profundas à Igreja Romana, culminando na Reforma Protestante, baseada na idéia de liberdade de crença e de pensamento. À Igreja Católica respondeu com a Contra-Reforma com o poder da Inquisição. Todavia o homem buscou encontra em si mesmo respostas para seu futuro sem que fosse dominado por regras e leis transcendentais. O Iluminismo nesse período também crê nos poderes da razão, chamada de as Luzes (por isso, o nome Iluminismo). O Iluminismo afirma que pela razão, o homem pode conquistar a liberdade e a felicidade social e política. O Iluminismo foi decisivo para as idéias da Revolução Francesa que mostrou que a razão é capaz de evolução e progresso, e o homem é um ser perfeito. A perfectibilidade consiste em liberar-se dos preconceitos religiosos, sociais e morais, em libertar-se da superstição e do medo, graças ao conhecimento, às ciências, às artes e à moral. O aperfeiçoamento da razão se realiza pelo progresso das civilizações, que vão das mais atrasadas, também chamadas de “primitivas” ou “selvagens às mais adiantadas e perfeitas as da Europa Ocidental”. Há diferença entre Natureza e civilização, isto é, a Natureza é o reino das relações necessárias de causa e efeito ou das leis naturais universais e imutáveis, enquanto a civilização é o reino da liberdade e da finalidade proposta pela vontade livre dos próprios homens, em seu aperfeiçoamento moral, técnico e político. Nesse período há grande interesse pelas ciências que se relacionam com a idéia de evolução e, por isso, a biologia terá um lugar central no pensamento iluminista, pertencendo de forma decisiva e importante ao estudo e pesquisas no campo da filosofia da vida.

CONCLUSÃO
Que é o homem? Essa é a pergunta que tem sido feita através dos séculos. O grande rei David questionou a Deus a cerca de quem era o homem mortal para que fosse lembrado, pois Deus é maravilhosamente grande e o homem pequeno para receber sua visita. Num mundo asfixiado pelo estresse, o consumismo, as novas escravidões morais e físicas, o desespero e, onde a falta de esperança se tornou um fenômeno social, é preciso, para continuar vivendo, mais que nunca redescobrir as razões da razão da existência humana, especialmente em nosso tempo, onde muitos homens e mulheres, inclusive crentes e céticos, se debatem entre a ilusão ou o mito da infinita capacidade de auto-redenção e realização de si próprios, e a tentação do pessimismo perante a experiência das freqüentes desilusões e derrotas. Diante do desespero que toma conta da humanidade nesse século XXI, certamente há muitos perigos que parecem ameaçar o futuro da humanidade e muitas incertezas pesam sobre os destinos pessoais. Com freqüência, sentimo-nos incapazes de enfrentá-los, inclusive a crise de sentido da vida e o enigma da dor e da morte voltam com freqüência a bater na porta do coração de nossos contemporâneos. No entanto, apesar de tudo isso, a esperança se impõe. O Dr. Augusto Cury em seu livro, “Treinando a Emoção”, revela que nesse período, Pós-Modernidade, nunca tivemos uma indústria de lazer tão grande e diversificada com várias opções de entretenimento, lazer, tecnologia, todavia, o homem continua buscando ser feliz, realizado, caminhando em direção oposta à sua origem, Deus. A época é desafiadora tanto quanto os períodos proposto pela cadeira de antropologia filosófica. O homem, que tanto investiu em descobrir o mundo em que vivia, esqueceu de se ver como um ser único, carente emocionalmente e principalmente do seu relacionamento com quem o fez e o ama, Deus. Não conseguimos falar a linguagem da emoção, onde amar a si mesmo é a priore e a base para que venhamos nos relacionar bem com nós mesmos e em sociedade, essa foi a receita proposta filosoficamente deixada por quem teve consciência plena de quem era e porque estava aqui no planeta, sua vida era reflexo de total perfeição de realização como SER, que apesar de sentir as mesmas necessidades existenciais e circunstanciais, soube viver e ensinar como “conhecer a si mesmo”, seu nome Jesus Cristo Filho de Deus. Precisamos trazer a mensagem de esperança iluminar o horizonte de hoje cheio de incerteza e pessimismo. Já dizia o grande educador Paulo Freire: “Ninguém liberta ninguém. Ninguém se liberta sozinho. Os homens se libertam em comunhão.” Evidentemente a proposta do educador é conduzir o homem a viver solidário, a buscar na virtude do se doar uma perspectiva real de igualdade. Porém, a verdadeira liberdade vem em conhecer a verdade como quis Sócrates, em Jesus Cristo, autor e consumador da nossa fé. O filósofo Nietzche passou 40 anos buscando ter as respostas a respeito do homem, de onde ele veio?, Porque está aqui? E para onde vai? Porém quis matar a fonte da resposta, Deus. Como podemos viver e saber o significado da vida ignorando o autor da vida biológica em todas as suas espécies? Nietzche esqueceu de sofismar que não é a filosofia absoluta nos seus conceitos e formulações de idéias, em conduzir o homem alcançar felicidade por meio da superação pessoal e auto-análise, mas na volta de reconhecer que somos criados por um SER DIVINO chamado Deus. Através dos tempos, o ser humano tem lutado para encontrar argumentos que desmereçam o NOME, a POSIÇÃO e os ATRIBUTOS de DEUS. O iluminismo veio com uma proposta de trazer a luz do conhecimento afirmando que pela razão, o homem pode conquistar a liberdade e a felicidade. O budismo chegou a acreditar que a meditação transcendental do homem o levaria a esse encontro “Iluminista”, porém, JESUS CRISTO com 33 anos de idade afirmou com verdade “Eu sou a luz do Mundo” quem me segue não andará em trevas. O iluminismo centraliza a razão como a solução para responder os questionamentos existenciais e circunstanciais em que o homem vive em sua história. O pai da Psicanálise, Freud, em suas teses científicas sobre o inconsciente do homem, querendo trazer resposta à problemática do ser, entregou-se à prática da hipnose e determinou que a principal motivação do homem fosse que tudo começa e termina no sexo. Seu método fez com que seus pacientes histéricos revelassem seus problemas emocionais do passado. Seu método tem contribuído para a psicologia clínica, todavia ao hipnotizar alguém, tira-se a sua vontade para manipular a informação da psiquê humana e abrindo uma porta de entrada para outro ser espiritual que é ignorado pelos conhecimentos científicos e psicológicos. Finalmente, quem é o homem? O Homem é a coroa da criação, feito pela própria mão de Deus, que o designou a ser dominador das coisas criadas e o destinou a viver plenamente consciente de si. O homem representa o clímax da obra criativa de Deus, com o fim supremo de glorificar a Deus e nele sentir prazer, satisfação plena. Ser criado significa ser querido por Deus, ser favorecido por ELE, ser pensado por sua bondade. Porém, o humanismo secular vem sendo exposto com uma proposta filosófica, em que o homem, e não Deus, é quem deve julgar e avaliar os valores do bem e do mal, do certo e do errado. Isso tem contribuído para que o homem traga na sua consciência de que os elementos como fé, culto a Deus, sejam coisas insignificantes e incoerentes para o homem pós-modernidade. Todavia, a missão de Jesus Cristo em buscar e salvar o que se havia perdido, o Homem, em toda a sua essência, não ficou na Cruz, mas, ainda hoje continua sendo seu propósito, através da única instituição, não da aquela do período clássico e medieval, a igreja corrompida e pervertida, mas sem dúvida sua igreja que mantém a mesma mensagem apostólica, definindo claramente: Quem Criou? Porque criou? Para quem criou o homem.
Pr.Israel Jordão
Referências Bibliográficas

VAZ, Henrique C. L. Antropologia Filosófica. Xérox.

Centro de Estudos Teológicos. Antropologia Filosófica. Recife, 2006.

LEITE FILHO, Tácito Gama. O Homem em Três Tempos. Edição, 82-0452. Casa Publicadora das Assembléias de Deus. Rio der Janeiro, 1982.

AYRES, Antônio Tadeu. Como Entender a pós-modernidade. 2ª Edição. Editora Vida
São Paulo. 1998.

THIESSEN, Henry Clarence. Introdução à Teologia Sistemática. 3ª Edição. Impressa Batista Regular do Brasil. São Paulo. 1994.
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