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“Jesus Cristo”, O mundo do Novo Testamento


Jesus aparece na história, aparentemente como qualquer outra pessoa, nascido de mulher e sujeito a lei, isso é ensinado por Paulo em Gal.4:4. Surgiu no mundo, numa data determinada, quando Quirínio era governador da Síria(Luc.2:2). Jesus era descendente da casa de Davi, foi concebido pela virtude do Espírito Santo numa virgem, desposada com José, um carpinteiro, residentes em Nazaré, cidade da Galiléia, (Luc. 1:26) onde Jesus Cresceu. Jesus nasceu em Belém, cidade da Judéia, no tempo do rei Herodes (Mat. 2:1), na ocasião do recenseamento decretado por César Augusto( Luc. 2:1). O nome que Jesus recebeu não era excepcional, era comum em Israel, mas, marcou diferença (Lc.1:31), usado para expressar a fé em Deus como Salvador. Entretanto, em referência ao filho de Deus, designava a missão especial que Jesus tinha para cumprir. (Mat. 1:21).
Embora os evangelhos apresentem variações quanto à narrativa dos fatos relacionados à vida de Jesus, todos atribuem à sua existência um plano divino. O Novo testamento é a única fonte de conhecimento e informações do primeiro século que temos a respeito de Jesus Cristo. Isso porque as literaturas Judaica e Romana não deram importância, assim como os apóstolos o fizeram.
Flavio Josefo, historiador judeu, contemporâneo aos apóstolos e que viveu no primeiro século, dá essas informações, mostrando que Jesus era visto apenas como mais um religioso fanático, que conseguiu influenciar muitos seguidores. Todavia a narrativa da vida pública de Jesus, é evidentemente sem uma ordem cronológica, pois, muitos fatos e acontecimentos deixaram de ser narrados, escritos. Todavia, O evangelho de Lucas, mostra-se preocupado em descrever mais de perto a real seqüência dos acontecimentos. Jesus viveu em uma sociedade Judaica orientada pelo antigo testamento e basicamente sob a influência das interpretações dos fariseus. Havia Judeus que mantinham sua esperança e desejo na expectativa de um grande acontecimento profético, a vinda do Messias. Homens e Mulheres como, Zacarias, Isabel, Simão, Ana, José, Maria e sem dúvida outros como os Essênios, que sempre buscavam ser obedientes e devotos das promessas dos profetas a respeito do Messias. O tempo de Deus não só revela a sua vontade, mas identifica aqueles que serão usados para a realização da sua vontade. A começar pelo nascimento sobrenatural, Mateus e Lucas concordam ao afirmar que Maria concebeu pelo poder e virtude do Espírito Santo (Mt. 1:18 e Lc.1:35). Enquanto Mateus abre o novo testamento situando Jesus na história com a apresentação de sua genealogia, Lucas, após critérios de investigação, começa sua narrativa com fatos baseados no propósito divino (Lc. 1: 1 a 4). Marcos dá ênfase em citar uma profecia de Isaías referindo-se ao precursor de Jesus (Mar.1:3). O profeta Isaias revela todo processo de preparação para a vinda do messias, como também todo o seu sofrimento. Já o evangelista João, considerando o contexto histórico e a influência do Judaísmo helenístico em suas narrativas, inicia suas palavras filosoficamente, mostrando a origem e a divindade de Jesus (Jo. 1: 1). Jesus é o verbo que dará sentido a vida, é o Deus que se fez homem para revelar com perfeição aos Judeus que verdadeiramente é Deus Pai. Jesus inaugurou um novo tempo, falando de um novo reino, mostrando pela suas atitudes que os homens podem ser restaurados, não veio confundir, mas, mostrar que chegou o tempo da graça. A presença de Jesus na história trouxe definições de épocas, pois o mundo ficou dividido entre o antes e o depois do seu nascimento. Era importante definir que o tempo está cumprido, e que é chegado o tempo do refrigério, do reino de Deus( Mc. 1:15). Havia um reino que não se demonstrava ser uma ameaça para os romanos, por estarem cegos, o reino das trevas que só podia ser combatido e vencido pelo reino instalado pelo Senhor Jesus Cristo. O desafio era combater o reino das trevas com poder e autoridade (Mat.28:18). A base do ministério de Jesus era a formação de uma consciência cristã. Para isso era preciso ensinar, trazer uma revelação que desvendasse os olhos e a mente de um povo que se mantinha preso por tradições e ensinos humanos (Mt. 5).
Jesus confrontava pessoas e instituições e as levava a pensar, a refletir, usando uma linguagem simples com símbolos, procurando esclarecer e interpretar de maneira a convencer os homens. A missão salvadora de Jesus é aquela que resgata o homem integralmente. Portanto, podemos definir que a vida de Jesus é narrada pelos evangelhos como fonte suficiente para compreendermos a sua origem, a sua missão e a sua vontade. A sua infância é marcada com princípios e valores Mosaicos; sua circuncisão, a oferta oferecida pelos seus pais como prova de obediência (Luc. 2:21). Sua infância é marcada com muito conhecimento da lei, pois com doze anos já tinha consciência religiosa (Lc. 2:41 a 52). O silêncio que temos de toda a sua infância, adolescência e juventude, não altera a grandeza de sua missão, pois, com trinta anos, começa ser descrita com fatos que marcaram a história.
Todo ministério de Jesus é marcado com poder e autoridade. Cidades e vilas como de Carfarnaum, Galiléia, Nazaré, Jerusalém, Samária, Betânia, Betsaida e outras foram impactadas por Jesus (Lucas 10:13); Pessoas foram transformadas e curadas sobrenaturalmente ( Marcos 5:1 a 20); A natureza teve que se curvar diante do seu criador, porque leis físicas foram alteradas; Andou sobre as águas e ordenou que tempestade se aquietasse (Lucas 8:22 a 25 e Mat. 14: 22 a 36); Multiplicou o que seria impossível, cinco pães e três peixes, para mais de Cinco mil pessoas (Marc. 8: 1 a 10); Transformou de forma sobrenatural H20 em Vinho de melhor qualidade (João 2: 1 a 8); Fez cirurgias de córneas usando apenas saliva e areia (Mar. 8: 22 a 26); Fez com maestria na área ortopédica, coxos andarem e uma Mulher encurvada ficar ereta (Lucas 5: 17 a 25 e 13: 10 a 17); Terapias psicológicas em gente com sintomas de depressão, esquizofrenia, neuroses e etc.; Expulsou entidades que tiravam a identidade das pessoas (Lucas 9: 37 a 48); Curava as pessoas à distância, usando e liberando apenas a sua palavra( Mat. 15: 21 a 28); Tem poder para conversar com pessoas de épocas e tempos diferentes, mostrando ser Senhor (Mat. 17: 1 a 13); Mostrou que nem a morte é párea para seu poder, pois ressuscitou gente a caminho do cemitério e até ressuscitou quem já estava a princípio de decomposição orgânica (Lucas 7: 11 a 17 e João 11: 1 a 46); Amigo das crianças (Lucas 18: 15 a17); Jesus é o único que revelou seu poder com o maior inimigo do ser humano, satanás (Mateus 4: 1 a 11) . Foi traído por um preço ridículo, mas, Pagou um alto preço pelas vidas; foi rejeitado e incompreendido pelo seu povo, foi traído, negado e julgado sumariamente sem nenhum critério justo juridicamente, porque desde sua prisão até a sua crucificação há erros grotescos contra a sua vida. Foi condenado e crucificado à base de falsas acusações e falsas testemunhas. Tudo isso era o cálice que teria que beber para cumprir sua missão. Jesus veio “buscar e salvar o que se havia perdido”. Porém, tudo que foi planejado, executado contra a sua vida, não deu certo! Sua ressurreição é uma realidade incontestável, pois nossa fé tem base em fatos históricos reais. Jesus está vivo!

Pr.Israel Jordão.
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