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Resumo do capitulo “As descobertas de Qumran” do Livro Os manuscritos de Qumran e o Novo Testamento.

Os manuscritos e fragmentos encontrados nas grutas nos mostra a maneira de como Deus preservou sua palavra, e como por um período de quase 1900 anos esses manuscritos puderam romper todos os obstáculos circunstanciais de sua época, o ataque dos soldados romanos, sendo guardados primeiramente por Deus para testificar em nossos dias que “Ele zela pela sua palavra”. Esses manuscritos eram cópias dos livros bíblicos do antigo testamento que proporcionaram maiores recursos para o estudo das sagradas escrituras, por isso que tanto a arqueologia e a paleografia devem ser vistas como recursos científicos da parte de Deus para engrandecer a fé e revelar sua palavra.
Os manuscritos no Mar morto é o nome dado a uma coleção de fragmentos manuscritos, muito antigos, escritos em hebraico, aramaico e grego. Estes manuscritos foram encontrados em várias cavernas do deserto da Judéia, próximo ao mar morto. Essa descoberta foi a mais importante da nossa época, isso porque mais da terça parte dos manuscritos são livros do Antigo Testamento datado aproximadamente há mais de 1000 mil anos, mais antigos que os primeiros manuscritos do antigo testamento até o momento conhecido. A descoberta dos pergaminhos do Mar Morto começou em 1947, quando um jovem Pastor árabe buscava uma de suas cabras, ele lançou uma pedra dentro de uma das cavernas da ladeira e ouviu o que lhe pareceu o som de umas vasilhas de barro sendo quebradas. O Jovem pastor chamou um dos seus ajudantes e entraram na caverna, onde encontraram alguns jarros de cerâmica com objetos que pareciam múmias em miniatura. Porém, os objetos eram, na realidade, rolos de couro que estavam envolvidos em pedaços quadrados de tela de linho e cobertos com uma substância resinosa. Dividiram os achados e partiram para Belém onde localizaram um negociante de antiguidades e lhes ofereceram os rolos. O negociante não quis comprá-los. Depois disso foram para Jerusalém, onde após alguns dias venderam 4 rolos a Athanásio Samuel, arcebispo, outros 3 rolos a E.L. Sukenik, Arqueólogo e professor de arqueologia na universidade hebraica de Jerusalém. O arcebispo Samuel mostra os seus pergaminhos a várias autoridades, mas elas não souberam decifrar seu conteúdo. Finalmente esses pergaminhos foram levados para o Dr. John Trever, diretor das escolas Americanas de Investigação Oriental (Jerusalém), que fotografou cada um dos pergaminhos do Arcebispo Samuel e enviou para o Dr. W. Albright professor universitário que afirmou que aqueles manuscritos tinham sido, provavelmente, escritos há 100 anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Com o conflito entre árabes e judeus impossibilitou a investigação científica naquele mesmo ano. Em 1949, o Dr. Laukester, Jordaniano de antiguidades e Pere Vaux da Escola Dominicana da Bíblia, com muito cuidado começaram a pesquisar e escavar o lugar na tentativa e esperança de encontrar mais manuscritos. Após três semanas consecutivas, encontraram aproximadamente 800 fragmentos de rolos, pertencentes a aproximadamente 75 diferentes rolos de couro e de papiro. Enquanto, escavavam o solo da caverna, eles observaram uma ruína sobre um terraço esbranquiçado que os árabes chamavam de KHIRBET QUMRAN. Perceberam que havia uma relação entre os pergaminhos e aquela ruína. Em 1951 voltaram a escavar aquele lugar e descobriram que havia um piso com mais de 1.400 metros quadrados, era provavelmente um centro comunitário ou um mosteiro com locais para reuniões, refeições, uma lavanderia, adegas e um sistema hidráulico que impressionava, pois trazia águas de uma cascata nas colinas para grandes cisternas. O que mais impressionou foi o lugar onde provavelmente eles copiavam os manuscritos, porque ali estava a ruína de uma mesa estreita de alvenaria de cinco metros e um banco comprido feito na própria parede. Nos escombros foram descobertos três tinteiros com resíduos de tinta seca, feita a carvão. Havia uma bacia dupla para lavar as mãos, possivelmente para realizar cerimônias de purificação antes e depois de escreverem os manuscritos sagrados. Os muitos achados em QUMRAN estavam moedas da época que com isso pode-se traduzir o estilo de vida desta semi-monástica comunidade judaica que viveu ali há cerca de 100 anos antes de Cristo até 68 anos depois de Cristo. Provavelmente eram os Essênios, eles foram voltados a estarem separados do Judaísmo ortodoxo de Jerusalém, das maldades e injustiças que havia nas cidades da época, para viverem em comunidade, em colônias agrícolas. Segundo seus escritos eles se consideravam como sendo chamados para ir de acordo com o que estava escrito. Eram pessoas pacíficas, trabalhadoras, tradicionais e que gastavam horas na oração, nos estudos de suas leis e principalmente nos livros do antigo testamento. Segundo o historiador Flávio Josefo, a vida na comunidade de QUMRAN foi interrompida por um terremoto que sacudiu a Judéia. Depois dessa catástrofe, o lugar ficou despovoado. Após alguns anos essa comunidade volta e reedificar aquele lugar, motivados pela sua fé, sua missão e seu propósito, continuaram buscando compreender possivelmente doutrinas como arrependimento, batismo que João, como eles, pregava e realizava. A Comunidade de Qumran, tinha um manual de disciplina que os exortava à fidelidade à lei, como havia uma esperança profética em relação à vinda de um profeta e o messias, porque eles tinham convicção de que se aproximava a época da consumação, pois o messias estava pronto para aparecer trazendo uma espada para colocar Justiça. Todavia não sabemos quantos essênios seguiram a João Batista e a Jesus, porque nenhum deles usava uma espada literalmente. Os essênios acreditavam que a salvação era somente para os membros da sua comunidade, por serem separados para Deus. Toda essa comunidade provavelmente não chegou a se converter ao cristianismo, seguiu sua rotina de tradições e disciplina. Em 68 depois de Cristo QUMRAN foi destruída e incendiada pelos romanos que vieram à palestina para situar Jerusalém. O Local tornou-se um quartel para os soldados romanos, possivelmente serviu de esconderijo para os Judeus até que ficou deserta sendo achada pelo jovem pastor. Nas cavernas em QUMRAN foram encontradas riquezas em manuscritos, fragmentos bíblicos, apócrifos, pergaminhos dos jubileus, documento em Aramaico que descrevia a nova Jerusalém. Os Pergaminhos que o Arcebispo Samuel comprou foram:
O livro de Isaias que se tornou o manuscrito mais antigo em hebraico, mais completo que qualquer outro livro bíblico.
O Manual de disciplina escrito em folhas de couro contendo regras detalhadas a cerca de todos os procedimentos e cerimoniais da seita.
O Comentário de Habacuque, escrito em couro, sobre o espírito da verdade e do espírito do erro, baseado no capítulo 1 e versículo 13.
O Gêneses, escrito em couro, tendo uma versão em aramaico de vários capítulos do livro de Gêneses e com histórias adicionadas a cerca de Lameque, Enoque, Noé e de Abraão.
Os pergaminhos adquiridos pelo Professor SUKENIK da universidade hebraica constam:
Um rolo de Isaías no qual 37 capítulos estão desintegrados, mas os capítulos 38 a 66 estão em condições aceitáveis.
A Guerra dos filhos da luz e dos filhos da trevas, é um manual de guerra para uma guerra santa, entre os filhos da luz e os seus inimigos.
Salmo de Ações de Graças, hinos compostos pela comunidade dos essênios, sem dúvida o hinário da comunidade.
O Governo Israelense, através do General Yigael Yadim comprou os quatro evangelhos do mosteiro de São Marcos diretamente do Arcebispo Samuel e construiu um as especial chamada “O altar do Livro” agora esta sala tem sete livros originais da comunidade de QUMRAN, considerado o maior tesouro histórico do mundo.
Pr.Israel Jordão.
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