•08:40

Análise Crítica do Livro: Disciplina na Igreja.


A jurisdição espiritual aplicada sobre a vida dos membros da igreja tem toda sua base e princípios na Constituição chamada bíblia, que é referencial de Amor, Perdão e Justiça. É Preciso que cada membro de uma igreja tenha consciência de que direito tem quem direito anda. Uma igreja jamais poderá penalizar um dos seus membros sem conscientizá-lo dos seus deveres, responsabilidades e compromissos espirituais como um discípulo de Jesus Cristo. O Dr. Russell Shedd traz em seu livro “disciplina na igreja” uma profunda orientação mostrando a realidade de que a igreja vem sendo uma instituição séria e comprometida com os princípios e valores éticos, morais em que Jesus Cristo ensinou e viveu na prática, com isso, trouxe a sua igreja uma forma justa e corretiva de ratar seus filhos, buscando gerar neles um caráter exemplar. A disciplina decorrida pelo Dr. Russell Shedd, mostra que a objetividade da disciplina não é vingativa, mas, exortativa, corretiva com propósito de combater o pecado na igreja, reconciliar o membro em falta e não permitir que a igreja seja corrompida e indiferente com os erros. A Igreja, por sua própria natureza e finalidade, deve ser um lugar por excelência da ética e da moralidade, para isso, a jurisdição espiritual da igreja precisa ser efetuada sem preconceito e com muita sabedoria, visando gerar diante de Deus e da sociedade uma igreja exemplar. A igreja é a única instituição que ainda preserva valores éticos e morais em tanto relativismo disseminado pela sociedade, que já não tem mais o controle desses valores entre o certo e o errado. A disciplina tem valor didático, pois pretende corrigir e trazer responsabilidade para os que não querem ter compromisso com os valores que a igreja ensina e defende. Sem disciplina não há uma formação completa da pessoa. A nossa sociedade é individualista, avessa a normas e leis, pois se corromperam e instucionalizaram o “É proibido proibir” a uma “liberdade” de fazer o que quiser sem restrição a qualquer disciplina, pois os órgãos institucionais foram corrompidos por não se preservarem, por ter disciplina e optarem pela impunidade. A disciplina aplicada na igreja justamente, não gera gente deprimida e reprimida, mas, gente com uma personalidade saudável para se relacionar de uma forma justa com seu próximo e viver socialmente consciente de seus limites e erros que precisam ser observados. Portanto, é preciso urgentemente resgatar a disciplina como forma de doutrina, de tratamento de caráter, visando restaurar quem errou e manter em temor a igreja em sua conduta diante da sociedade. É preciso ter consciência de que quando a disciplina não é exercida com responsabilidade e autoridade gera corrupção, desrespeita a soberana vontade de Deus, criam-se raízes de rebeldia e indisciplina e enfraquece a vida espiritual da igreja. É preciso que a disciplina seja vista como parceira, aliada, amiga e não como inimiga da verdade, como dizia John Stott, “A verdade torna-se dura, se não vier suavizada pelo amor; O amor tornar-se mole, se não vier fortalecida pela verdade” a disciplina só terá resultado quando vier com verdade e amor para corrigir nossas falhas e nos levar a ser o que Deus quer que sejamos.

Pr. Israel Jordão




Resumo, Livro Legislação para Igreja:

Dr. Russell Shedd

•06:46

“Os Apóstolos” do livro: O mundo do Novo Testamento.

“Os Apóstolos”

Na escolha de doze homens para a formação de sua equipe, Jesus utiliza métodos e modos seletivos que não seriam comum a líderes e mestres de sua época, isso porque a maioria de seus discípulos tem sua formação e profissão um tanto quanto distante das qualidades que possivelmente se requisitaria para realizar um projeto de tal Magnitude. Jesus iria começar o grande movimento que se espalharia por todo mundo, não podia continuar pregando sozinho. Necessitava, então, preparar homens que continuassem a anunciar o reino de Deus. Não buscou sábios e entendidos, inchados pela cultura humana ou auto-suficientes pelos recursos da terra. Não chamou ociosos, chamou homens que tinham um duro trabalho na pescaria. Jesus, como Mestre de excelência, usou uma analogia para que eles bem entendessem, “Pescadores de Homens”. Se a cultura, a posição e os negócios dessa vida perturbam essa missão, essa pescaria, então o ministério não está dentro dos propósitos de Deus. Jesus seleciona seus discípulos onde na sua maioria pertenciam a uma região não muito desejada pelos judeus refinados e usa apenas um critério, a oração. Lucas 6: 12 e 13. A tarefa de fazê-los ser, no reino, “Pescadores de Homens” não seria fácil, mas Jesus estava disposto a gastar tempo em ensinar e consolidar esses homens. Transformá-los em discípulos corajosos a proclamar a mensagem de salvação às nações mesmo que lhes custassem a vida. Não podemos deixar de citar a vida de um homem que apesar de não pertencer ao grupo Apostólico, foi decisivo em apontar, a dois de seus discípulos, o “O Cordeiro de Deus” João 1:36. Seu nome era João, que veio ao mundo para viver em torno de um homem e preparar seu caminho. Os discípulos de João tinham interesse em saber sobre a vida e a vinda do Messias, isso levou a André buscar Jesus, a começar a ter uma experiência e tirar suas dúvidas ao ponto de Chamar Jesus de Rabi, João 1: 38 a 40. André, pela sua atitude, mostrou que ser alguém determinado em falar em anunciar Jesus, primeiro a seu irmão Simão, João 1:41; depois, com Felipe, anunciou aos gregos, João 12: 20 a 22. André, pela tradição, morreu crucificado numa cruz em forma de X. Seu irmão Simão passou por um por tratamento ao ponto de Jesus mudar seu nome para Pedro, pois Simão trazia um caráter inconstante, impetuoso, decidido, mas sem pensar nas conseqüências. Porém esse discípulo, foi quem teologicamente trouxe a interpretação de quem Jesus era em toda a sua essência, em toda a sua plenitude. Quando os discípulos foram argumentados por Jesus “..mas vós, quem dizeis que eu sou?” Foi Pedro quem disse: “Tu és o Cristo, o filho do Deus Vivo” Mateus 16:15 e 16. Pedro sempre confiou em si, talvez pelo seu temperamento e por ser o mais velho da equipe, foi advertido por Jesus que satanás estava peneirando os doze; Pedro não vigiou as palavras de Jesus e logo, como sempre, falou que Jamais se escandalizaria e se afastaria de Jesus, era próximo aos dias da crucificação de Jesus. Porém, Jesus lhe advertiu dizendo “ antes que o galo cante, tu vais me negar por três vezes” Marcos registra isso, 14:29 e 14:71. Era esse temperamento imprevisível que muitas vezes deixou Pedro em dificuldades. Pedro, porém, foi perdoado por Jesus em momento muito especial, tornando-se uma coluna na igreja primitiva. Seu ministério foi tremendo. Sentiu a grandeza do perdão e passou a não ter medo, enfrentou situações de prisão, perseguição e não mais negou ao seu Senhor e Salvador Jesus Cristo. A tradição nos diz que Pedro morreu crucificado de cabeça para baixo, provavelmente em Roma. Entre os apóstolos estão Bartolomeu e Tiago, filho de Alfeu. Bartolomeu, que possivelmente seja o sobrenome de Natanael, que Jesus faz um elogio quando diz: “Eis aí um israelita em quem não há dolo” A tradição diz que Bartolomeu foi missionário na Índia e morreu ou decapitado ou crucificado, porém fiel. Tiago, o filho de Alfeu, possivelmente irmão de Mateus, Marcos 2:14, e tinha uma certa semelhança com Jesus, daí porque foi preciso Judas identificar com um beijo na noite em que prenderam a Jesus. Havia também dois irmãos, Tiago e João, filhos de Zebedeu, que foram chamados por Jesus, na praia da Galiléia, quando estes estavam consertando as redes. Marcos 1:19. Tiago e João mantinha um bom relacionamento como irmãos, pois sempre estavam Juntos, desde o dia do chamado de Jesus quando os dois tomaram a decisão, na Transfiguração e em outras ocasiões. Marcos 9:2 a 13. Jesus os chamou de “Filhos do Trovão” imaginem como não eram impulsivos. Os dois até queria sentar um à direita e outro à esquerda de Jesus. O Tiago foi o primeiro dos apóstolos a sofrer a morte pela espada a mando de Herodes (Atos 12:2). João foi quem ganhou para Pedro na corrida até o túmulo de Jesus, diz a tradição, que atendeu o pedido de Jesus quando cuidou de Maria, escreveu o quarto evangelho e as cartas de João como o livro de Apocalipse, foi levado para Roma e na tentativa de matá-lo “jogaram óleo fervendo em seu corpo, mas sobreviveu e foi exilado na ilha de Patmos, onde teve a revelação, escreveu o livro de Apocalipse e veio a falecer em conseqüência do seu atentado. A bíblia fala de dois Judas. João refere-se a um deles com não sendo o Iscariotes (João 4:22). Sem dúvida, um discípulo atento a implantação do reino de Deus na terra, pois o historiador Eusébio diz que, Judas o não Iscariotes, foi enviado por Jesus uma vez para pregar e orar pela cura do rei da Mesopotâmia. Judas obedeceu, logo após a ascensão de Jesus. Foi morto a pedradas e pauladas, possivelmente por mágicos na cidade da Pérsia. Porém, o Judas Iscariotes, pela concepção do Dr. Augusto Cury, Psicanalista Cientista, era o melhorzinho de todos. Vindo da Judéia, cidade em que seus moradores não se relacionavam bem com os moradores da Galiléia. Judas Iscariotes era o tesoureiro do grupo, chegou ao ponto de achar que era desperdício a atitude da mulher que derramou ungüento nos pés de Jesus. Logo foi repreendido por Jesus. João 12:5. Judas foi um discípulo que não deixava suspeita quanto suas atitudes, pois ninguém desconfiou do que ele estava tramando. Só Jesus sabia e o advertiu dizendo “O que pretendes fazer, faze-o depressa”. Judas era um Zelote que esperava uma revolta contra Roma, sem dúvida via em Jesus aquele que poderia liderar essa revolta. O destino de Judas foi, sem dúvida, horrível, pois traiu a quem mais o amou de verdade, Jesus. Tendo a oportunidade de se reconciliar quando Jesus o chama de amigo, Judas não quis e assim se deixou levar pela pressão de sua consciência, do sentimento de culpa e tirando a sua própria vida, enforcando-se. Outro discípulo de Jesus, que foi chamado no lugar de trabalho, Mateus 9:9, Mateus. Foi um coletor de impostos, não era benquisto pelos judeus, pois tinha a fidelidade de cobrar dos judeus para dar aos romanos. Sem dúvida tinha privilégios, condições sociais e era bem esclarecido para realizar seu ofício. Porém Jesus o vê e o chama para deixar sua posição e assumir outra, muito maior e importante para Deus. Mateus escreve o evangelho com muita desenvoltura destacando Jesus como sendo o cumprimento da profecias do Antigo Testamento, o Messias que veio para redimir toda a humanidade. A tradição nos diz que Mateus morreu a golpes de espadas na Etiópia. Felipe foi encontrado por Jesus em Betânia, João 1:8. Foi Felipe quem levou Natanael a Jesus, João 1:45. Foi Felipe quem perguntou a Jesus como iria alimentar as 5.000 mil pessoas. João 6:7. Foi Felipe, que juntamente com André, levou um grupo de gregos a presença de Jesus. João 12: 20 a 22. Foi Felipe quem pediu para ver o Pai. João 14:8. Percebe-se que Felipe era envolvido no grupo, possivelmente pregou na França, no sul da Rússia, na Ásia e até na índia. Simão, outro discípulo, chamado por Mateus de Cananeu, e chamado por Lucas de Zelote; Ambas as palavras tanto em aramaico, como no grego, tem o mesmo significado “Zeloso”. Sem dúvida, pertencia, antes de ser discípulo de Jesus, a uma seita judaica chamada zelotes. Pregou no Egito, África, e na Pérsia. Provavelmente morreu pela espada. Por fim, temos o outro discípulo chamado, Tomé. João descreve melhor a respeito de Tomé chamado de Dídimo que significa “gêmeos”. Apresentava ser uma pessoa determinada, pois queria morrer com Jesus. João 11:16. Todavia apresentava muita insegurança, dominado, muitas vezes pela dúvida, questionava o grupo e a Jesus (João 14:4 e 5, João 20:25 a 28). É importante citar o que Agostinho comentou: “Ele duvidou para que não tivéssemos duvidas”. O livro de atos nos conta sobre a substituição de Judas, o que traiu, pela a escolha de Matias, o justo. É provável que fazia parte dos setenta discípulos que Jesus enviou para evangelizar (Lucas 19: 2 a 8). Pedro é quem dá as características que o substituto de Judas deveria: conhecer a Jesus desde o batismo de João, ter visto milagres, ensinos, ressurreição e ascensão de Jesus. Quantos desejavam estar sendo escolhidos por Jesus para ser um dos seus discípulos? Jesus sempre demostrou que ser discípulo é ser submisso e ter quer renunciar as coisas do mundo e segui-lo de todo coração( Lucas 8: 38 e 39). Temos que pensar como tem sido nossa vida como discípulos de Jesus, tendo como exemplos esses apóstolos que depois de serem tratados , capacitados e revestidos pelo poder do Espirito Santo, mostraram-se fiéis até a morte.


Pr.Israel Jordão.






•06:45



“Jesus Cristo”, O mundo do Novo Testamento


Jesus aparece na história, aparentemente como qualquer outra pessoa, nascido de mulher e sujeito a lei, isso é ensinado por Paulo em Gal.4:4. Surgiu no mundo, numa data determinada, quando Quirínio era governador da Síria(Luc.2:2). Jesus era descendente da casa de Davi, foi concebido pela virtude do Espírito Santo numa virgem, desposada com José, um carpinteiro, residentes em Nazaré, cidade da Galiléia, (Luc. 1:26) onde Jesus Cresceu. Jesus nasceu em Belém, cidade da Judéia, no tempo do rei Herodes (Mat. 2:1), na ocasião do recenseamento decretado por César Augusto( Luc. 2:1). O nome que Jesus recebeu não era excepcional, era comum em Israel, mas, marcou diferença (Lc.1:31), usado para expressar a fé em Deus como Salvador. Entretanto, em referência ao filho de Deus, designava a missão especial que Jesus tinha para cumprir. (Mat. 1:21).
Embora os evangelhos apresentem variações quanto à narrativa dos fatos relacionados à vida de Jesus, todos atribuem à sua existência um plano divino. O Novo testamento é a única fonte de conhecimento e informações do primeiro século que temos a respeito de Jesus Cristo. Isso porque as literaturas Judaica e Romana não deram importância, assim como os apóstolos o fizeram.
Flavio Josefo, historiador judeu, contemporâneo aos apóstolos e que viveu no primeiro século, dá essas informações, mostrando que Jesus era visto apenas como mais um religioso fanático, que conseguiu influenciar muitos seguidores. Todavia a narrativa da vida pública de Jesus, é evidentemente sem uma ordem cronológica, pois, muitos fatos e acontecimentos deixaram de ser narrados, escritos. Todavia, O evangelho de Lucas, mostra-se preocupado em descrever mais de perto a real seqüência dos acontecimentos. Jesus viveu em uma sociedade Judaica orientada pelo antigo testamento e basicamente sob a influência das interpretações dos fariseus. Havia Judeus que mantinham sua esperança e desejo na expectativa de um grande acontecimento profético, a vinda do Messias. Homens e Mulheres como, Zacarias, Isabel, Simão, Ana, José, Maria e sem dúvida outros como os Essênios, que sempre buscavam ser obedientes e devotos das promessas dos profetas a respeito do Messias. O tempo de Deus não só revela a sua vontade, mas identifica aqueles que serão usados para a realização da sua vontade. A começar pelo nascimento sobrenatural, Mateus e Lucas concordam ao afirmar que Maria concebeu pelo poder e virtude do Espírito Santo (Mt. 1:18 e Lc.1:35). Enquanto Mateus abre o novo testamento situando Jesus na história com a apresentação de sua genealogia, Lucas, após critérios de investigação, começa sua narrativa com fatos baseados no propósito divino (Lc. 1: 1 a 4). Marcos dá ênfase em citar uma profecia de Isaías referindo-se ao precursor de Jesus (Mar.1:3). O profeta Isaias revela todo processo de preparação para a vinda do messias, como também todo o seu sofrimento. Já o evangelista João, considerando o contexto histórico e a influência do Judaísmo helenístico em suas narrativas, inicia suas palavras filosoficamente, mostrando a origem e a divindade de Jesus (Jo. 1: 1). Jesus é o verbo que dará sentido a vida, é o Deus que se fez homem para revelar com perfeição aos Judeus que verdadeiramente é Deus Pai. Jesus inaugurou um novo tempo, falando de um novo reino, mostrando pela suas atitudes que os homens podem ser restaurados, não veio confundir, mas, mostrar que chegou o tempo da graça. A presença de Jesus na história trouxe definições de épocas, pois o mundo ficou dividido entre o antes e o depois do seu nascimento. Era importante definir que o tempo está cumprido, e que é chegado o tempo do refrigério, do reino de Deus( Mc. 1:15). Havia um reino que não se demonstrava ser uma ameaça para os romanos, por estarem cegos, o reino das trevas que só podia ser combatido e vencido pelo reino instalado pelo Senhor Jesus Cristo. O desafio era combater o reino das trevas com poder e autoridade (Mat.28:18). A base do ministério de Jesus era a formação de uma consciência cristã. Para isso era preciso ensinar, trazer uma revelação que desvendasse os olhos e a mente de um povo que se mantinha preso por tradições e ensinos humanos (Mt. 5).
Jesus confrontava pessoas e instituições e as levava a pensar, a refletir, usando uma linguagem simples com símbolos, procurando esclarecer e interpretar de maneira a convencer os homens. A missão salvadora de Jesus é aquela que resgata o homem integralmente. Portanto, podemos definir que a vida de Jesus é narrada pelos evangelhos como fonte suficiente para compreendermos a sua origem, a sua missão e a sua vontade. A sua infância é marcada com princípios e valores Mosaicos; sua circuncisão, a oferta oferecida pelos seus pais como prova de obediência (Luc. 2:21). Sua infância é marcada com muito conhecimento da lei, pois com doze anos já tinha consciência religiosa (Lc. 2:41 a 52). O silêncio que temos de toda a sua infância, adolescência e juventude, não altera a grandeza de sua missão, pois, com trinta anos, começa ser descrita com fatos que marcaram a história.
Todo ministério de Jesus é marcado com poder e autoridade. Cidades e vilas como de Carfarnaum, Galiléia, Nazaré, Jerusalém, Samária, Betânia, Betsaida e outras foram impactadas por Jesus (Lucas 10:13); Pessoas foram transformadas e curadas sobrenaturalmente ( Marcos 5:1 a 20); A natureza teve que se curvar diante do seu criador, porque leis físicas foram alteradas; Andou sobre as águas e ordenou que tempestade se aquietasse (Lucas 8:22 a 25 e Mat. 14: 22 a 36); Multiplicou o que seria impossível, cinco pães e três peixes, para mais de Cinco mil pessoas (Marc. 8: 1 a 10); Transformou de forma sobrenatural H20 em Vinho de melhor qualidade (João 2: 1 a 8); Fez cirurgias de córneas usando apenas saliva e areia (Mar. 8: 22 a 26); Fez com maestria na área ortopédica, coxos andarem e uma Mulher encurvada ficar ereta (Lucas 5: 17 a 25 e 13: 10 a 17); Terapias psicológicas em gente com sintomas de depressão, esquizofrenia, neuroses e etc.; Expulsou entidades que tiravam a identidade das pessoas (Lucas 9: 37 a 48); Curava as pessoas à distância, usando e liberando apenas a sua palavra( Mat. 15: 21 a 28); Tem poder para conversar com pessoas de épocas e tempos diferentes, mostrando ser Senhor (Mat. 17: 1 a 13); Mostrou que nem a morte é párea para seu poder, pois ressuscitou gente a caminho do cemitério e até ressuscitou quem já estava a princípio de decomposição orgânica (Lucas 7: 11 a 17 e João 11: 1 a 46); Amigo das crianças (Lucas 18: 15 a17); Jesus é o único que revelou seu poder com o maior inimigo do ser humano, satanás (Mateus 4: 1 a 11) . Foi traído por um preço ridículo, mas, Pagou um alto preço pelas vidas; foi rejeitado e incompreendido pelo seu povo, foi traído, negado e julgado sumariamente sem nenhum critério justo juridicamente, porque desde sua prisão até a sua crucificação há erros grotescos contra a sua vida. Foi condenado e crucificado à base de falsas acusações e falsas testemunhas. Tudo isso era o cálice que teria que beber para cumprir sua missão. Jesus veio “buscar e salvar o que se havia perdido”. Porém, tudo que foi planejado, executado contra a sua vida, não deu certo! Sua ressurreição é uma realidade incontestável, pois nossa fé tem base em fatos históricos reais. Jesus está vivo!

Pr.Israel Jordão.
•06:44

O Ambiente Secular do Novo Testamento
È interessante como os Judeus não tinham tanta preocupação, particularmente com os interesses científicos, pois em Israel, tanto a literatura como as artes e a ciência se achavam sujeitas às exigências da religião. Porém, os Gregos e Romanos conheciam a pesquisa científica, compreendia a grande necessidade de conhecer mais. Esta atitude desenvolveu a ciência, que não só trouxe benefícios para a humanidade, mas um grande desafio para os judeus, já que em tudo a religiosidade era a sua particularidade e dedicação. Era impossível aceitar e acreditar que poderia existir a ciência sem a teologia. Para se conhecer toda ciência de Israel, basta então abrir as escrituras, pois, ao que parece, nem sequer os judeus da Diáspora, estavam em contato com a ciência e nem os que viviam em Alexandria centro de pesquisa cientifica se deixava ser influenciado com esse conhecimento. Os Judeus tinham nas escrituras a fonte de conhecimento, isso porque se encontra textos escritos com definições cientificas sendo inspirados pelo próprio Senhor. Por exemplo, o dialogo do Senhor com Jô, demonstra que as argumentações feitas pelo Senhor a cerca das coisas criadas, veio trazer aos judeus a criação do seu calendário, mostrando que tem muita diferença com o calendário Babilônico, que era baseado em cálculos matemáticos, mas em observações simples e fáceis que qualquer um podia fazer. Porem é surpreendente como a ciência e a medicina na época de Jesus se desenvolviam mesmo com muita dificuldade e às vezes deficiência, mas, que já trazia para os tempos futuro uma perspectiva de melhor entendimento e ajuda para o homem. Lucas era um médico e que tinha o Apostolo Paulo como seu paciente, pois em sua época já se fazia intervenções cirúrgicos como tratamento. È interessante, perceber que já se tinha conhecimento da anatomia humana, buscando resolver problemas que causava doenças no corpo. As amputações de membros é um grande sinal de como a ciência vinham sendo desenvolvidas, as restaurações das cavidades dentárias com ouro. Todavia, na área da ciência humana, Jesus veio e trouxe a valorização da Fé, dando respaldo para a ciência e a medicina. Jesus afirmou “Os doentes precisam de médicos”.

Pr.Israel Jordão.

•06:36

Seitas e Partidos na Palestina do Novo Testamento
De 333 a 198, os judeus vivem em paz sob ao domínio dos Lágidas do Egito. Em 198 o rei selêucida de Antioquia, Antíoco III faz Israel entrar para seu império e tenta Helenizá-lo. Esse universo grego é visto, por alguns certos judeus, como uma iluminação da parte de Deus. Porém, o povo receando que a fé desaparecesse junto com seus costumes e princípios religiosos, não acompanhou tal proposta feita. Antíoco IV usou de autoritarismo impondo sua religião grega, proibindo a circuncisão, práticas religiosas judaicas, a guarda do sábado e leitura e ensino dos livros sagrados. Isso provocou uma revolta de judeus que estavam dispostos a defender seus princípios religiosos e sua fé. Essa revolta levou o sacerdote Matatias em 167 expor suas crenças ao ponto de não sacrificar a deuses estranhos, sua atitude foi um sinal de protesto a todo ato político anti-semita de Antíoco IV, Matatias sabia que destruindo a religião de Israel se destruiria os Judeus. As deslealdades, corrupção do sacerdócio e a apostasia de muitos judeus foram fatores importantes para que fosse deflagrada a revolta. Um dos seus filhos de nome Judas, também chamado de Macabeu, que quer dizer provavelmente “o Martelo” que sucedendo seu Pai, Matatias, reconquista e purifica o templo que havia sido saqueado e profanado. A independência só veio com Simão, o irmão mais velho de Judas É, portanto, num ambiente conturbado que vão nascer grandes seitas entre os judeus no seu pluralismo de idéias e tradições. De inicio todos os judeus piedosos estão unidos em torno da família dos Macabeus por apenas o motivo da defesa religiosa. Porém rejeitam com vigor a apostasia que Antíoco IV lhes havia imposto. Todo esse processo de domínio e perseguição contra os judeus não fugia da soberania de Deus, que evitou que todo o povo apostatasse e quebrasse a aliança, mas como Matatias havia os que defenderiam com zelo a fé e os princípios religiosos judaicos com suas tradições e costumes. O surgimento de seitas e partidos políticos estavam nascendo marcando história nesse processo político-religioso, cultural-comercial e outros já existiam.
FARISEUS - Seita Judaica que comandava o poder religioso na Palestina durante o ministério de Jesus Cristo. O aparecimento dos Fariseus acontece num período posterior ao segundo Templo, em uma época em que os valores mais tradicionais do Judaísmo sofriam transformação cultural e religiosa greco-romana que dominavam a palestina. Provavelmente o Zelo de preservar a lei e os costumes, judeus puramente ortodoxos, decidiram não ter influência e defender seus costumes culturais e religiosos. A palavra Fariseu no aramaico tem sua raiz em “separado”. Os Fariseus criam que suas descrições em obedecer à lei os tornavam únicos Judeus puros e referenciais para os povos. Após a queda de Jerusalém em 70 de nossa era, o judaísmo sobrevive graças aos fariseus, e são suas tradições que vão estruturar a lei judaica até nossos dias. As principais características dos fariseus; Legalismo e Separatismo, Observância das tradições, Não se interessavam por política, Tinham comunhão em grupo, Acreditavam em Deus, nos anjos, na ressurreição e na soberania de Deus na história.
SADUCEUS- Seita Judaica formada pela maioria de sacerdotes. Os Saduceus acreditavam que a lei ara a única fonte de autoridade. O nome SADUCEUS, ao que parece, tem sua origem com Sadoc: “Os saduceus se consideram como os detentores do sacerdócio legítimo, baseados em Ezequiel 40:46, assim os filhos de Sadoc consideravam descendentes do sacerdócio na época dos Macabeus”. Tinham uma mentalidade aberta para o helenismo e o apoio à dinastia dos Asmoneus. No plano religioso, ele tem o poder sobre o templo e, portanto sobre o culto e sobre o Sinédrio. São os primeiros responsáveis pela morte de Jesus (Jo: 11: 49 a50), foi um deles que desencadeou a catástrofe de 70 da nossa era, quando interromperam sacrifícios pelo imperador, o que casou o cumprimento profético de Jesus quando o templo seria destruído. Assim, como o templo desapareceu, desapareceu também os Saduceus. Características do Saduceus: Tinham interesse e envolvimento na política, pertenciam a uma classe social privilegiada, defensores do direito sacerdotal.
ESSÊNIOS- Seita Judaica cujos membros viviam como monges da idade Média. Sua comunidade isolada, esses homens, procuravam o ideal de pureza e a comunhão divina mediante a prática da autonegação, temperança, trabalho na lavoura e contemplação. Os Essênios estão ligados, em grande parte, às descobertas dos “manuscritos do Mar morto” a partir de 1947. A origem dos Essênios ainda não se tem perfeitamente esclarecida, provavelmente por ocasião da perseguição aos judeus na época da revolta dos Macabeus, quando alguns descendentes da família de Sadoc, os “filhos de Sadoc” fugiram para o deserto; após uma cisma no grupo, alguns voltam para casa, porém os outros, com determinação e coragem, vão para Qumrã onde encontram os primeiros exilados da perseguição. O encontro entre os filhos de Sadoc, sacerdotes e os exilados em Qumrã explicaria bem a organização. Os Essênios, para serem puros tomavam diversos banhos por dia, recusavam-se ir ao templo porque os sacerdotes não são mais Sadoquitas. Preferiam substituir o holocausto pela santidade da sua vida, aguardando que Deus venha restabelecer o culto, o templo na sua forma original.O Essênios, era um grupo muito fechado, inclusive os quatro evangelhos não falam dos Essênios. Características dos essênios: Não citados no Novo testamento, mas influenciaram várias pessoas do Novo Testamento, seguidores de João e Jesus.
POLÍTICOS:
HERODIANOS- Seita formada por Judeus, que concordavam em submeter-se ao governo e às Práticas romanas. Acreditavam que Herodes e seus descendentes eram a última esperança de Israel para manter qualquer semelhança de um governo nacional próprio.

ZELOTES- Seita fortemente nacionalista resistível a qualquer movimento. Não aceitava nenhum senhor senão única e exclusivamente Jeová. Não aceitava pagar nenhum imposto senão a do templo. Nenhum amigo a não ser os Zelotes. Apoiavam os fariseus nas práticas religiosas com o ódio acirrado contra qualquer governo gentio. Desejava lutar pela libertação com armas.
GALILEUS- Seita cujos membros criam que o controle de Israel por estrangeiros não era bíblico e, portanto, se recusavam a reconhecer, orar, obedecer aos príncipes estrangeiros. Tinham grande semelhança com os Zelotes.
SOCIAL:
ESCRIBAS- Classe de homens que copiavam, ensinavam e explicavam a lei. Como os fariseus, se apegavam à autoridade das tradições orais. Como professores da lei, mantinham um lugar importante na sociedade Judaica e serviam como juízes ou advogados, julgando de acordo com a lei que conheciam tão bem. Não eram tão numerosos, mas, influentes; por serem especialistas da lei, interpretavam ao povo; sem eles seria impossível resolver com equidade os casos difíceis religiosamente e politicamente.
NAZARENOS- Judeus que faziam voto de separação, por um período de tempo limitado ou para a vida inteira. Reconhecidos facilmente por jejuarem, nunca cortar os cabelos, os nazireus se separavam pelo seu estilo de vida para poder achegar-se mais a Deus e como testemunho da condição pecaminosa da nação.
PROSÈLITOS- Não-Judeus convertido ao judaísmo. Ao receber a circuncisão, eram considerados como tendo sido enxertados na família de Abraão e, portanto, deveriam seguir a lei.
PUBLICANOS- Judeus que trabalhavam para o governo romano, cobrando impostos. Sua disposição para trabalhar no governo era vista como falta de lealdade a Israel e desejo de comercializar com os gentios.
SAMARITANOS- Embora não pertençam propriamente ao judaísmo, pois sua origem se dá depois da queda do reino do norte e da tomada de Sumária em 721, quando os Assírios deportaram parte dos Judeus e os estabeleceram nos países colonos da Mesopotâmia. Os Samaritanos celebravam só a Deus, tinham só a Moisés como seu profeta maior, recusavam reconhecer Jerusalém como centro religioso e o templo de Salomão como o santuário central para adoração. Para eles o monte Garizim era o único local reconhecido para adoração

Pr.Israel Jordão.
•06:25

Resumo do capitulo “As descobertas de Qumran” do Livro Os manuscritos de Qumran e o Novo Testamento.

Os manuscritos e fragmentos encontrados nas grutas nos mostra a maneira de como Deus preservou sua palavra, e como por um período de quase 1900 anos esses manuscritos puderam romper todos os obstáculos circunstanciais de sua época, o ataque dos soldados romanos, sendo guardados primeiramente por Deus para testificar em nossos dias que “Ele zela pela sua palavra”. Esses manuscritos eram cópias dos livros bíblicos do antigo testamento que proporcionaram maiores recursos para o estudo das sagradas escrituras, por isso que tanto a arqueologia e a paleografia devem ser vistas como recursos científicos da parte de Deus para engrandecer a fé e revelar sua palavra.
Os manuscritos no Mar morto é o nome dado a uma coleção de fragmentos manuscritos, muito antigos, escritos em hebraico, aramaico e grego. Estes manuscritos foram encontrados em várias cavernas do deserto da Judéia, próximo ao mar morto. Essa descoberta foi a mais importante da nossa época, isso porque mais da terça parte dos manuscritos são livros do Antigo Testamento datado aproximadamente há mais de 1000 mil anos, mais antigos que os primeiros manuscritos do antigo testamento até o momento conhecido. A descoberta dos pergaminhos do Mar Morto começou em 1947, quando um jovem Pastor árabe buscava uma de suas cabras, ele lançou uma pedra dentro de uma das cavernas da ladeira e ouviu o que lhe pareceu o som de umas vasilhas de barro sendo quebradas. O Jovem pastor chamou um dos seus ajudantes e entraram na caverna, onde encontraram alguns jarros de cerâmica com objetos que pareciam múmias em miniatura. Porém, os objetos eram, na realidade, rolos de couro que estavam envolvidos em pedaços quadrados de tela de linho e cobertos com uma substância resinosa. Dividiram os achados e partiram para Belém onde localizaram um negociante de antiguidades e lhes ofereceram os rolos. O negociante não quis comprá-los. Depois disso foram para Jerusalém, onde após alguns dias venderam 4 rolos a Athanásio Samuel, arcebispo, outros 3 rolos a E.L. Sukenik, Arqueólogo e professor de arqueologia na universidade hebraica de Jerusalém. O arcebispo Samuel mostra os seus pergaminhos a várias autoridades, mas elas não souberam decifrar seu conteúdo. Finalmente esses pergaminhos foram levados para o Dr. John Trever, diretor das escolas Americanas de Investigação Oriental (Jerusalém), que fotografou cada um dos pergaminhos do Arcebispo Samuel e enviou para o Dr. W. Albright professor universitário que afirmou que aqueles manuscritos tinham sido, provavelmente, escritos há 100 anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Com o conflito entre árabes e judeus impossibilitou a investigação científica naquele mesmo ano. Em 1949, o Dr. Laukester, Jordaniano de antiguidades e Pere Vaux da Escola Dominicana da Bíblia, com muito cuidado começaram a pesquisar e escavar o lugar na tentativa e esperança de encontrar mais manuscritos. Após três semanas consecutivas, encontraram aproximadamente 800 fragmentos de rolos, pertencentes a aproximadamente 75 diferentes rolos de couro e de papiro. Enquanto, escavavam o solo da caverna, eles observaram uma ruína sobre um terraço esbranquiçado que os árabes chamavam de KHIRBET QUMRAN. Perceberam que havia uma relação entre os pergaminhos e aquela ruína. Em 1951 voltaram a escavar aquele lugar e descobriram que havia um piso com mais de 1.400 metros quadrados, era provavelmente um centro comunitário ou um mosteiro com locais para reuniões, refeições, uma lavanderia, adegas e um sistema hidráulico que impressionava, pois trazia águas de uma cascata nas colinas para grandes cisternas. O que mais impressionou foi o lugar onde provavelmente eles copiavam os manuscritos, porque ali estava a ruína de uma mesa estreita de alvenaria de cinco metros e um banco comprido feito na própria parede. Nos escombros foram descobertos três tinteiros com resíduos de tinta seca, feita a carvão. Havia uma bacia dupla para lavar as mãos, possivelmente para realizar cerimônias de purificação antes e depois de escreverem os manuscritos sagrados. Os muitos achados em QUMRAN estavam moedas da época que com isso pode-se traduzir o estilo de vida desta semi-monástica comunidade judaica que viveu ali há cerca de 100 anos antes de Cristo até 68 anos depois de Cristo. Provavelmente eram os Essênios, eles foram voltados a estarem separados do Judaísmo ortodoxo de Jerusalém, das maldades e injustiças que havia nas cidades da época, para viverem em comunidade, em colônias agrícolas. Segundo seus escritos eles se consideravam como sendo chamados para ir de acordo com o que estava escrito. Eram pessoas pacíficas, trabalhadoras, tradicionais e que gastavam horas na oração, nos estudos de suas leis e principalmente nos livros do antigo testamento. Segundo o historiador Flávio Josefo, a vida na comunidade de QUMRAN foi interrompida por um terremoto que sacudiu a Judéia. Depois dessa catástrofe, o lugar ficou despovoado. Após alguns anos essa comunidade volta e reedificar aquele lugar, motivados pela sua fé, sua missão e seu propósito, continuaram buscando compreender possivelmente doutrinas como arrependimento, batismo que João, como eles, pregava e realizava. A Comunidade de Qumran, tinha um manual de disciplina que os exortava à fidelidade à lei, como havia uma esperança profética em relação à vinda de um profeta e o messias, porque eles tinham convicção de que se aproximava a época da consumação, pois o messias estava pronto para aparecer trazendo uma espada para colocar Justiça. Todavia não sabemos quantos essênios seguiram a João Batista e a Jesus, porque nenhum deles usava uma espada literalmente. Os essênios acreditavam que a salvação era somente para os membros da sua comunidade, por serem separados para Deus. Toda essa comunidade provavelmente não chegou a se converter ao cristianismo, seguiu sua rotina de tradições e disciplina. Em 68 depois de Cristo QUMRAN foi destruída e incendiada pelos romanos que vieram à palestina para situar Jerusalém. O Local tornou-se um quartel para os soldados romanos, possivelmente serviu de esconderijo para os Judeus até que ficou deserta sendo achada pelo jovem pastor. Nas cavernas em QUMRAN foram encontradas riquezas em manuscritos, fragmentos bíblicos, apócrifos, pergaminhos dos jubileus, documento em Aramaico que descrevia a nova Jerusalém. Os Pergaminhos que o Arcebispo Samuel comprou foram:
O livro de Isaias que se tornou o manuscrito mais antigo em hebraico, mais completo que qualquer outro livro bíblico.
O Manual de disciplina escrito em folhas de couro contendo regras detalhadas a cerca de todos os procedimentos e cerimoniais da seita.
O Comentário de Habacuque, escrito em couro, sobre o espírito da verdade e do espírito do erro, baseado no capítulo 1 e versículo 13.
O Gêneses, escrito em couro, tendo uma versão em aramaico de vários capítulos do livro de Gêneses e com histórias adicionadas a cerca de Lameque, Enoque, Noé e de Abraão.
Os pergaminhos adquiridos pelo Professor SUKENIK da universidade hebraica constam:
Um rolo de Isaías no qual 37 capítulos estão desintegrados, mas os capítulos 38 a 66 estão em condições aceitáveis.
A Guerra dos filhos da luz e dos filhos da trevas, é um manual de guerra para uma guerra santa, entre os filhos da luz e os seus inimigos.
Salmo de Ações de Graças, hinos compostos pela comunidade dos essênios, sem dúvida o hinário da comunidade.
O Governo Israelense, através do General Yigael Yadim comprou os quatro evangelhos do mosteiro de São Marcos diretamente do Arcebispo Samuel e construiu um as especial chamada “O altar do Livro” agora esta sala tem sete livros originais da comunidade de QUMRAN, considerado o maior tesouro histórico do mundo.
Pr.Israel Jordão.
•06:24




*Análise do texto “Falácias Lógicas” do livro Os Perigos da Interpretação Bíblica.


A Importância deste estudo nos mostra a grande responsabilidade que temos como proclamadores das sagradas escrituras em saber interpretar a palavra de Deus de maneira correta. É Preciso compreender com muita humildade que a bíblia não é obrigada a dizer em nossas interpretações aquilo que queremos, mas nós temos que interpretá-la na perspectiva de professar aquilo que ela realmente quer dizer. Estamos lidando com os pensamentos de Deus, que precisam ser interpretados e explicados com muita clareza. Temos uma tarefa como proclamadores das escrituras de falar coerentemente sem ferir a lógica e a fé. Somos, em certo sentido, obrigados a buscar com dedicação e esforço o entendimento , a compreensão dos textos evitando interpretações arbitrárias, absolutizando, assim, pontos de vistas que não correspondem com o verdadeiro sentido da mensagem. Não podemos nos distanciar da necessidade dos princípios interpretativos como uma ferramenta de grande utilidade para interpretar a bíblia. O Dr. D. A. Carson, mostra que na interpretação bíblica a lógica não se opõe, mas que na interpretação estamos fazendo argumentação lógica da fé. Precisamos ter muito cuidado com alaridos gerados por interpretações sem bases exegética e hermenêutica, sem lógica, criando apenas palavras cheias de falácias. Entender a bíblia é um grande desafio, requer tempo, dedicação; o Espirito Santo não faz compreender sem a tarefa da mente humana, mas o faz mediante a tarefa que o próprio homem empreende em compreender. O que temos visto nas experiências de muitos é que os que querem conhecer e interpretar a bíblia sem passar pela tarefa da interpretação, utilizando os princípios da exegese, da hermenêutica , da compreensão cultural, literária do texto, tem caído em exageros e muitos grupos religiosos têm sido criados dessa mal interpretação, cheias de falácias e enganos. Creio que Deus usou a linguagem, as formas de pensamento, a cultura etc, para moldar a sua revelação, é por isso que precisamos estudar bem esses elementos, para então entender e saber aplicá-los na proclamação. Dr. Carson, com muita propriedade nos traz, de uma forma clara, que o aspecto interpretativo precisa evitar o uso “inadequado de Silogismos” quando consiste em achar que determinados argumentos lógicos podem deduzir o que a bíblia realmente que dizer na sua clareza. Muitos tem tido a tendência de discutir, confrontar opiniões usando apenas argumentos sem nenhum conhecimento interpretativo da exegese e da hermenêutica. É importante saber que um ensino ocasionado por uma situação local não pode ser interpretada universalmente, faz necessário um entendimento teológico que só os princípios interpretativos podem esclarecer. John Sott em seu livro “Crer também é pensar” diz algo relacionado a ocorrência da exaltação perigosa ao anti-intelectualismo, gerando grupos que transmitem nas “entre linhas” suas falácias que trazem distorções teológicas. O Pr. Caio Fábio de Araújo exorta, em um dos seus livros, que as maiores heresias são frutos da má interpretação bíblica, por indivíduos sem formação ou conhecimento teológico. A falácia consiste em proclamar em cima de experiências pessoais, onde muitas vezes em base de textos isolados sem nenhuma reflexão interpretativa, dogmatizam ensinos e doutrinas que quando confrontadas pela hermenêutica e a exegese não tem nenhum respaldo e conteúdo teológico. Portanto, é fundamental que se busque o resgate da valorização “da casa de profetas” para preparar os que são chamados, mostrando-lhes que examinar as escrituras usando a hermenêutica, que pode ser definida como a ciência que ensina os princípios, as regras, leis e métodos que regem a tarefa da interpretação e a exegese, que tem por objetivo esclarecer minuciosamente um texto, uma palavra, e assim veremos e ouviremos nas oratórias dos púlpitos a palavra de Deus bem interpretada.


Pr.Israel Jordão.

•06:22

IGREJA, CORPO DE CRISTO, COMUNIDADE TERAPÊUTICA DE RELACIONAMENTO SAUDÁVEL

INTRODUÇÃO
Um dos grandes desafios que temos como Corpo de Cristo é viver bem e de uma forma ajustada nesta sociedade. O que temos visto é uma sociedade caracterizada pela competitividade, consumismo, utilitarismo, agressividade, perda de valores absolutos, relativização da verdade, etc. Nunca houve em todos os tempos da civilização humana indivíduos enfermos do ponto de vista das emoções e dos relacionamentos. A sociedade está doente, precisando ser curada, precisando ser conduzida às fontes de águas vivas, purificadoras de Deus, porque desaprendeu a amar, e que estabeleceu a desconfiança, a vingança, como condição na relação pessoal. Temos uma sociedade que não sabe mais desenvolver relacionamentos saudáveis e profundos, que vive angustiada e deprimida, guardando no coração feridas, mágoas, perdendo a dimensão da comunidade, da fraternidade e da solidariedade. A sociedade vem dando lugar a um estilo de vida egoísta, individualista, interesseiro, que não sabe mais construir pontes de comunicação, de afetividade, respeito, admiração, aceitação, que levem ao encontro do outro para a celebração da vida, da comunhão, da amizade em verdade e em amor. A igreja, Corpo de Cristo na sociedade pós-moderna, também tem sido atingida, tem sido alvo, tem as mesmas patologias mesmo que em pequenas quantidades, também está enferma. No desejo de crescer quantativamente e financeiramente, buscaram no pragmatismo os grandes projetos e as realizações de eventos e movimentos, deixando de lado a importância dos relacionamentos. Qual tem sido a imagem da igreja em nossos dias? Quais as características visíveis da igreja no século XXI? Uma igreja realizadora de muitos projetos, cheia de métodos, cheia de regras, de normas, mas pouco de relacionamento, de comunhão, de viver e conviver em unidade mutuamente entre si. Toda nossa estrutura organizacional tem levado pessoas a buscarem seus interesses neuróticos, pessoais. Onde o fazer é mais importante do que o estar juntos, se confraternizando, se perdoando e celebrando a unidade. Como resultado, os cultos de celebração tornaram-se superficiais, um lugar onde só se cumprimenta, se comunica, se faz momento de comunhão, quando induzido, quando hipnotizado, quando arquitetado pelo pastor. Não existe uma espontaneidade, de uma forma liberal, onde os sentimentos possam brotar de um coração que se importa, se preocupa, se interessa pelo bem estar dos outros, dos irmãos. Com isso, perdemos uma grande oportunidade para relacionamentos que possam curar as feridas e gerar um ambiente terapêutico para as pessoas. Será que a igreja se preocupa em saber da ausência dos seus irmãos, da falta de seus membros? Será que temos responsabilidade em procurar saber o porquê, de sua falta nos cultos? Será que toda responsabilidade em visitar, se preocupar com as pessoas, tem apenas um endereço, o Pastor? Até quando a igreja, como um todo, não sentira na prática os mesmos sentimentos que houve em Cristo? Será que as manifestações solidárias do Corpo de Cristo só se expressam pelo outro quando o mesmo faz parte do nosso grupo? Será que fazemos exclusividade, acepção de pessoas para o nosso relacionamento? Que tipo de visão temos hoje de igreja? Terapêutica ou geradora de Neuroses? Possivelmente muitas comunidades Corpo de Cristo, perderam a visão de sua vocação como comunidade terapêutica. A cada dia deixam de estruturar e implantar programas que visem facilitar momentos de comunhão, de relacionamentos, que ajudem, busquem integrar todos sem distinção. Nosso propósito é trazer o que temos visto e experimentado em nossa comunidade. É trazer à tona o que temos lutado para que a frase “igreja família” seja uma realidade e não uma utopia. A igreja precisa entender o porquê de Jesus ter dito que seríamos reconhecidos como seus discípulos se tivéssemos amor uns pelos outros. Muitas igrejas têm caído em si e projetado uma filosofia de programas com o objetivo de tornar a igreja geradora de relacionamentos saudáveis, o que é possível, porque quem vai trabalhar como restaurador é o próprio Deus. Há muitas comunidades fadadas a fracassarem no seu crescimento e na sua missão em evangelizar, em buscar os perdidos, porque não conseguem se perdoar, se relacionar, se amar mutuamente. A igreja que tiver proposta, não de TER, mas de SER, fará uma grande colheita, pois o homem vem sendo desumanizado pelas suas próprias ambições, é tempo de vermos igrejas fazendo diferença, não em palavras, mas em ação. Demonstrar o verdadeiro amor de forma concreta. O propósito é fazer uma reflexão, uma avaliação sobre a vocação terapêutica no Corpo de Cristo, comunidade geradora de relacionamentos saudáveis, pois o ministério de Jesus foi pautado em fazer um ministério de sanidade; À medida que pregava o evangelho do reino na perspectiva soterológica, ao mesmo tempo, Jesus tinha a preocupação de ver a as pessoas sendo restauradas na sua alma, para serem integradas na comunidade e na sociedade. Jesus procurou desarmar as pessoas, mostrando que julgar, condenar, criticar, não trata a alma de ninguém. Jesus inibiu essas pessoas, geradoras de preconceitos e ensinou que perdoar, amar e integrar é a solução, o remédio para sarar as feridas da alma. Os psicólogos anônimos, os psicólogos em potencial chamados Pastores, são pessoas das quais sua vocação tem um papel importantíssimo na transformação de uma igreja local em comunidade terapêutica. O Ministério desenvolvido com seriedade e capacidade em aconselhar tem trazido testemunhos de pessoas que foram curadas do ponto de vista da alma, das emoções, pessoas que receberam cura ao serem amadas, aceitas, tocadas, valorizadas e ouvidas na perspectiva de serem atendidas em seus problemas. Não é ser incoerente dizer que de fato até mesmo a família, para muitos, já não oferece um ambiente de ajuda e alívio, de modo que, as esperanças de muitos vão se canalizando para aquelas igrejas que desenvolvem dentre tantas atividades para trabalhar com as pessoas, também o ministério de Aconselhamento pastoral, e possuem uma proposta terapêutica de vida, que de alguma forma responda às necessidades mais básicas do ser humano. O Pastor Hernandes Dias em uma de suas mensagens disse: “Um pastor adoecido não pode estar à frente de uma igreja, sem que primeiro resolva ser tratado para poder tratar os outros, do púlpito e do gabinete”.

CAPITULO I
QUEM SOMOS NÓS
“O Pior cárcere não é o que aprisiona o corpo, mas o que asfixia a mente e algema as emoções” Dr. Augusto Cury.
A nossa geração apresenta muitos desafios. Desafios esses em que o ser humano tem lutado muito mais para TER do que para SER. As características dessa geração são visivelmente percebidas pela conduta utilitarista e acumuladora de bens que têm levado as pessoas e famílias inteiras a opções de valores, prioridades e estilo de vida que muitas vezes os isolam de viverem relacionamentos mais profundos e produtivos. Não só isso, mas também a uma série de conseqüências que atingem diretamente a vida humana. O Apóstolo Paulo já previa, preconizava que teríamos uma geração muito difícil de relacionamento e de caráter. Paulo chama esse tempo de “tempos difíceis”, o que vem se concretizando. Que geração temos hoje, nesse tempo pós-moderno? Como traçar um perfil dessa geração em que vivemos e como relacioná-la com aqueles que fazem parte da igreja. Há, principalmente, quatro formas de ler a realidade social:
1) A Sociologia Compreensiva; Busca-se, com esta teoria, compreender o mundo e responder a perguntas como: por que as pessoas fazem o que fazem? Porque o fazem assim e não de outra forma? Por que o que fazem não corresponde às expectativas da família, da igreja, da sociedade?
2) A Sociologia da Ação; Com o conceito de “ação” vai-se ao mundo com a intenção de saber o que as pessoas estão fazendo e a que se dedicam. Como se organizam e em que estão participando? Neste sentido, os dados revelam três preferências:
2.1- As pessoas se organizam em grupos desportivos;
2.2- Se reúnem mais em grupos organizados, principalmente de igreja (modelo comunitário);
3.3- Estão nos grupos virtuais. Há que se considerar que a sociedade sempre trabalhou com a idéia de que, para ser grupo, é necessário o caráter da presença.
3) A Sociologia Relacional; Mostra a perspectiva do conceito de relação social. O interesse é saber como as pessoas se relacionam. O mundo está mudando muito rápido e as pessoas são diferentes, no pensar e nos valores desejados.
4) A Sociologia da Experiência; O conceito de experiência nos permite entender as pessoas na suas relações afetivas e na suas experiências de grupo.
Além dessas perspectivas com que se olha o mundo, podemos ter presentes outras, mais específicas:

Solidão, estar ou ser
“Choramos ao nascer, sem compreender o mundo em que entramos. Morremos em Silêncio, sem entender o mundo que saímos” Dr. Augusto Cury.
Nossa geração está enfrentando um momento de isolamento. As causas são as mais variadas possíveis. Questões de violência urbana, preconceitos e discriminação social, a falta de família bem estruturada e funcional, os problemas sócio-econômicos e principalmente a falta de Deus no coração. Muita Gente tem tido dificuldade em compartilhar suas vidas, mesmo que tenham que se expor em todas as suas aflições, angústias e sonhos. Tão grande são suas necessidades que, embora necessitem estar em comunhão e companhia, e manterem um relacionamento sólido, não conseguem quebrar os muros que lhe cercam na perspectiva e desejo de estar com os outros. Alguém já definiu que estamos vivendo com pessoas que parecem ser uma ilha e precisam ser descobertas e visitadas constantemente. São pessoas que não querem se expor e ao mesmo tempo, acham que envolver outros é se arriscar em se decepcionar; Buscam resolver sozinhos seus próprios conflitos e tentam satisfazer a si mesmos, não conseguem perceber que isso o torna independente e solitário em relação às pessoas que possivelmente poderão fazer algo novo em seu favor. A bíblia diz que sozinho o indivíduo se torna mais vulnerável, fragilizado e na busca por satisfação pessoal ele encontrará mais angústia, pois é melhor serem dois do que um. Nossa geração não pode reclamar da comunicação. Nossa tecnologia é fantástica, a rapidez como se dá a comunicação é incrível, não existem mais fronteiras, estamos na era da globalização, onde são quase impossíveis às pessoas ainda viver o drama de se sentirem solitárias. Jesus sempre buscou as pessoas isoladas e primeiro tirou-as de dentro de si, e depois as colocou de frente com as pessoas, mostrando que somos intrinsecamente pessoas feitas para o relacionamento e não para o isolamento. Todo isolamento traz conseqüências terríveis para as emoções, precisamos um dos outros, para nos amarmos e nos descobrirmos como somos e aprendermos a aceitar os outros como a nós mesmos.
Competitividade ou Cooperatividade
“O Nada e o Vácuo existencial não são capazes de criar. Só a existência pode gerar existência” Dr. Augusto Cury.
Qual foi a contribuição que os sistemas filosóficos trouxeram para a sociedade? Que proveito tivemos em ter tantos pensadores que influenciaram civilizações e sociedades ao ponto de termos hoje uma geração de pessoas consumistas. O sistema capitalista tem gerado uma geração em que o conforto, os bens, os valores materiais são as psicoses de seus dias, de seus tempo, de suas energias. As pessoas parecem valorizar muito mais os bens do que as pessoas me si. Não tenho nada contra tratar animais com respeito, carinho, acredito até que é assim que mostraremos consciência de preservação com as coisas criadas, porém fazer isso como forma de relacionamento ao ponto de serem esses animais, venerados, e fazerem parte de testamentos, é destratar quem deve ser tratado com carinho, respeito, as pessoas que são imagem e semelhança de Deus. É hipocrisia, querermos fazer pelos animais o que não fazemos com os serem humanos. É demonstrar que existem problemas patológicos e que precisam ser tratados para entender que só conseguiremos amar a nós mesmos quando, conseguirmos amar os outros. O valor passa a ser no que se tem e não no que se é como pessoa. Em função disso, as pessoas se tornam altamente competitivas, desconfiadas em seus relacionamentos, vendo o outro como franco adversário. Os que se sentem discriminados e excluídos se vêem no direito de fazerem justiça com suas próprias mãos. O reino de Deus é estabelecido pelo Amor e Justiça, sem acepções de pessoas, isso fica bem claro e implícito que não há espaço para competitividade, mas para cooperatividade. Desde cedo as crianças vêm sendo bombardeadas e adestradas a serem superiores, vencedoras, conquistadoras, a estarem por cima, a grande diferença é que isso no reino espiritual deve ser desejado, porém no reino físico pode se tornar uma arma ideológica capaz de ver as pessoas como seus concorrentes e até inimigas.

Ninguém é descartável
“Prepare seus filhos para SER, pois o mundo o prepara para o TER” Dr. Augusto Cury.
Numa geração onde TER é mais importante do que SER, as pessoas se tornam descartáveis na proporção em que não conseguem produzir. Hoje, quantas pessoas estão impossibilitadas de produzirem por que são vítimas de um sistema econômico que esmaga suas possibilidades. Tornam-se inaptas para o mercado de trabalho, por estarem incapacitadas intelectualmente, fisicamente e profissionalmente. Isso tem gerado um sentimento de desvalorização e inutilidade existencial, o que traz conseqüências de enfermidades na mente e nas emoções, gerando pessoas deprimidas, angustiadas, e inseguras quanto ao seu potencial e capacidade. Enquanto Jesus investia tudo que tinha no ser humano, mesmo quando este o decepcionava, Jesus nunca abriu mão de tentar fazê-lo SER o que ele deveria ser para ser feliz e produtivo. Nesse ponto, a maior necessidade do indivíduo é sentir-se capacitado e qualificado para viver com propósitos. Creio que padrões errados de capacitação têm sido levantados, pois vivemos em uma sociedade onde poucos têm tido oportunidades e possibilidade de crescimento social, econômico e profissional, enquanto muitos, pelas suas necessidades de ordem familiar, pelas suas posições sociais econômicas, enfrentam o grande desafio de sobreviver para depois pensarem em sonhar. A sociedade imprime injustiça social, a lei da competitividade é injusta e desumana, isso tem gerado traumas, complexos que precisam ser tratados para que haja igualdade pelo menos no campo das emoções, da alma.
Comportamento inadequados
“ 0 Homem biológico possui instintos, mas o homem sapiens possui vontades e desejos ” Dr. Augusto Cury.

No mundo antigo, o comportamento das pessoas estava relacionado com intervenção dos deuses. Porém Hipócrates, o “Pai da Medicina”, dizia que o comportamento humano não tinha nada com o sobrenatural, mas com uma orientação biológica. Com isso, Hipócrates marcou o início de uma abordagem da personalidade, do comportamento humano. Em nossos dias, o ser humano vem sendo orientado, na tentativa de fazer com que seu comportamento seja adequado em seu meio. Livros, filmes, músicas, religiões e até magias, marcam a vida e o comportamento das pessoas. No entanto, o que tem levado pessoas a se comportarem e reagirem de forma muitas vezes anormal? Existem pessoas lutando contra padrões inadequados de comportamento que adquiriram na infância por terem com referencial pessoas doente no caráter e na personalidade, os quais contribuíram na sua formação e nos desvios de seu comportamento. Mantêm práticas sexuais distorcidas, hábito de mentir, dificuldades em se relacionar com as pessoas, dificuldades em amar e ser amado, vícios, reações extremamente negativas e explosivas, temperamento de difícil convivência, caráter falho, etc. São as enfermidades que muitos tentam esconder ou racionalizar como se fosse algo normal. No entanto, em Jesus encontramos uma análise de nosso comportamento, em que não podemos negar ou racionalizar deixando que o próprio tempo se encarregue de resolver-los como se fosse uma fórmula de correção. Pelo contrário, em Jesus encontramos transformação, mudanças radicais, porque ELE mesmo é quem analisa e faz alterações interiores, ao ponto de vermos que Nele encontramos libertação de prisões e algemas nas nossas emoções. Muitos comportamentos que hoje se desenvolvem em atitudes de qualidade, de bondade, de referencial, são frutos de uma intervenção sobrenatural chamada “Novo nascimento” que só Jesus pode realizar.



Doenças interiores
“ Sabemos muitas coisas sobre o mundo que nos cerca, mas sabemos pouquíssimo sobre nós mesmos, sobre a nossa psique ” Dr. Augusto Cury.
Quanta gente cheia de coisas esquisitas dentro de si. Pessoas que não foram formadas dentro de critérios importantíssimos quando ainda crianças; Foram mal amadas, introjetaram dentro de si sentimentos de rejeição, viveram debaixo de uma análise cheia de críticas dentro de casa, cresceram debaixo de uma tirania disciplinar muito rígida, talvez foram vítimas de abuso sexual pelos seus próprios pais ou parentes, tiveram que desenvolver seu caráter e personalidade em um lar desajustado, ou seja, são situações que fazem as pessoas se sentirem presas a um passado triste e opressor, e que bloqueia todo seu potencial. Tais pessoas gastam grande parte do seu tempo e energia tentando administrar seus traumas interiores, ficando assim sem energia para buscar o crescimento pessoal. E o que carregam no interior de suas emoções, o medo, timidez, insegurança, revolta e etc. Como podemos ver, existem causas que geram efeitos no comportamento, isso não justifica, na vida das pessoas, que suas atitudes e reações devam ser aceitas, pelo contrário, precisam ser entendidas, compreendidas, como também tratadas e transformadas.
Culpas e Ansiedade
“Choramos ao nascer, sem compreender o mundo em que entramos. Morremos em Silêncio, sem entender o mundo que saímos” Dr. Augusto Cury.

Pense em algo destrutivo interiormente. É viver com o sentimento de culpa e cheio de ansiedade. Pessoas que vivem dessa forma estão se auto-destruindo, tirando a possibilidade de reação dentro de si. Carregar tais gigantes é impedir de recomeçamos, o que nos fará ser realizados. Nossa consciência precisa ser restaurada com valores dos quais venham nos confrontar a não vivermos no erro como se tudo fosse relativo. O Apóstolo Paulo nos ensina a renovar nossa mente para que as coisas que afetam nosso comportamento possam ser trabalhadas e não dominadoras de nossas ações. Nossa consciência é pedagógica quando nos ensina valores justos, honestos e dignos para serem vividos e praticados. Nossa consciência também nos serve como tribunal para avaliar e julgar nossas atitudes, ações e pensamentos. Quantos estão debaixo da tirania da culpa, julgando-se ser inadequados, maus e irrecuperáveis para o bem, para viverem de forma adequada e abençoada na sociedade. Jesus ensinou a mulher Adúltera que ela precisava reconhecer e assumir sua responsabilidade em ser uma mulher de respeito e não objeto dos homens. Jesus ensinou a mulher a recompensar a si mesmo, como? Deixando a culpa e abandonando seu pecado. Vivemos no século da ansiedade e de todos os tipos de medo. Medo que tem levado as pessoas a não buscarem a felicidade. Temos medo do que não podemos controlar e do que não conhecemos, isso é reflexo de insegurança. Jesus nos ensinou que a coragem não pode ser definida como falta de medo, pelo contrário, ter coragem significa agir, apesar do medo. Vivemos uma geração controlada pelos estimulantes e tranqüilizantes, mesmo entre os jovem. É grande o número de pessoas que precisam lidar diariamente com seus medos e inseguranças, desde os mais simples e insignificantes até aqueles mais assustadores. O medo da morte, do desemprego, da doença, da perda da família, de ficar sem dinheiro, de ser assaltado, de ser rejeitado, são alguns exemplos de medos que tomam conta da nossa sociedade hoje. Jesus nos diz como tranqüilizante “ Não vos preocupeis com o dia de amanhã, busquem o meu reino e as demais coisas serão acrescentadas”. A Nossa sociedade tem sido alvo de resultados concretos, onde o deus “Mamon” tem conduzido as pessoas não só se endividarem, mas acreditarem que só com dinheiro a segurança em relação à vida será realidade. Todavia, a igreja vem sendo desfiada a crer que, o que vence o mundo não é o dinheiro, mas a vossa fé.

Família desajustada
“Hoje tudo é extremamente rápido, urgente, ansioso, angustiante, porque muitos envelhecem precocemente enquanto dormem” Dr. Augusto Cury.
Parece um termo trágico, mas é a melhor maneira para se definir que existem famílias com seus relacionamentos neuróticos. Os que estão envolvidos estão infelizmente presos em situações próprias que exigem mudanças, pois seus comportamentos têm gerado apenas conflitos e desentendimentos. Há muita tensão, falta de comunicação, falta de amor, falta de perdão, incapacidade para resolverem com humildade e maturidade os conflitos. Precisamos entender que quando uma pessoa tem problemas, toda a família é envolvida emocionalmente, ou seja, cada um da casa, intensamente ou não, terá que ser vítima da situação. Uma casa desajustada é um campo minado que a qualquer momento pode explodir, onde a paz e a segurança já não existem. É necessário que toda a casa seja restaurada, pois para os que fazem parte integrante da família desajustada é mais cômodo e mais fácil deixar tudo do jeito que está, como se o destino fosse viver em clima de guerras e conflitos familiares. A família tem perdido seu lugar de importância e de referencial para a sociedade. Todavia, Isso não diminui, a importância da família como caráter integrador de qualquer pessoa. A família como instituição tem sua responsabilidade e importância de transmitir e ensinar valores, regras, limites, padrões na perspectiva de forma o caráter, onde o senso dá identidade e equilíbrio emocional às pessoas. Mas o que se vê, porém, são pessoas vivendo sob o mesmo teto, sem terem o desejo e a confiança de compartilhar suas vidas e seus sentimentos. Todas essas mazelas, características são expressões do pecado na vida humana.

CAPITULO II
A PROPOSTA DE DEUS: SALVAÇÃO E CURA
“Muitas pessoas têm motivos para sorrir, mas suas preocupações e pensamentos negativos as tornam ansiosas e tristes” Dr. Augusto Cury.
Quando falamos sobre a cura interior, estamos falando de tratarmos nosso mundo emocional; Podemos tomar como base os pensamentos de Larry Crabb, quando faz um comentário extremamente bíblico. Larry Crabb faz suas considerações tratando do pecado como sendo o principal resultado da separação entre o homem e Deus, tornando o homem vulnerável às conseqüências de enfermidades espirituais, físicas e emocionais. Isso mostra como o homem perdeu seu relacionamento com Deus (Dificuldade espiritual), com as pessoas, com a natureza (Dificuldades ecológicas) e o que é pior, consigo mesmo. (Dificuldades Psicológicas). Podemos dizer que os cristãos que vivem na igreja em comunhão, em participação e envolvimento, tiveram resolvido a dificuldade da separação, a de Deus. Porém, se faz necessário resolver as dificuldades de relacionamentos que ao longo do tempo vão se desencadeando pelas suas diferenças de temperamentos. Para compreender este fato, precisamos voltar ao passado e vermos que Adão e Eva sofreram o processo de desintegração, o que desencadeou na civilização humana a separação de Deus, e conflitos de relacionamentos. Adão, até então, vivia em perfeita harmonia com seu Criador, com o outro ser humano, Eva, e consigo mesmo. Podemos dizer que ele gozava de saúde plena, já que havia esta integração completa. Essa completude em relação à sua saúde espiritual, física e psíquica é percebida pela ausência de enfermidades. A primeira situação de enfermidade se dá com a reação do casal quando se escondem com medo. O pecado trouxe conseqüências desastrosas para o ser humano. A desobediência do primeiro homem trouxe como conseqüência, morte espiritual ou separação de Deus, o que também inclui morte física, que por sua vez também está relacionada com enfermidade, dor e perda da vida. A enfermidade tem uma relação direta de causa e efeito com o pecado, o que contribui decisivamente para desequilibrar a saúde do homem. A sedução em que o homem foi levado a buscar era perigosa e drástica, pois a proposta era tornar o homem independente de Deus, a fonte de saúde do homem. O Objetivo da desobediência é alcançado e o ser humano passa a viver um outro estilo de vida, errando continuamente o alvo para o qual foi criado. Como conseqüência, ele se vê agora separado do seu Criador, separado do outro, e em crise consigo mesmo. Agora, viver neste mundo é experimentar diariamente a dor e o peso da enfermidade. O projeto de redenção tem como objetivo definido restituir ao homem seu estado original. O projeto é de total integralidade e inclui salvação, cura para as enfermidades físicas e emocionais e consciência de relação de preservação com a natureza. O conceito de saúde da Organização Mundial de Saúde é: "um estado de completo bem estar físico, mental e social". E não essa a proposta já cumprida e realizada por Deus em benefício do homem e das nações? É interessante quando analisamos alguns termos bíblicos relacionados, em sua raiz, à mesma idéia. "Shalom" expressa, além de ‘paz’, também ‘saúde’, ‘renovação espiritual’, ‘reabilitação social’. Também a palavra "Soteria" – "salvação", no grego, pode indicar ‘totalidade da pessoa’, ou seja, na soteriologia de Deus encontramos a definição de que o evangelho é para todos os homens e para restaurar todo o ser do homem. Na bíblia, ser salvo significa ser transformado, significa ser curado, é uma transformação total. Portanto, salvação e cura são uma e a mesma coisa. A teologia da salvação está certamente ligada à teologia da saúde!
CAPITULO III
A IGREJA E SEUS DRAMAS
“Muitas vezes não gostamos de tocar em nossas feridas, elas não são sanadas, apenas escondidas, precisam ser colocadas diante de nós para serem tratadas” Dr. Augusto Cury.
O ministério da reconciliação e da restauração faz parte da atividade da igreja terapêutica. Isso envolve buscar os cansado, os sobrecarregados e oprimidos. Isso significa ter uma visão de igreja “hospital” são pessoas que carregam distorções de personalidade por causa de uma má formação infantil, hábitos prejudiciais, patologias, padrões de comportamento inadequados, e uma série de fatores que levam os indivíduos a reconhecerem que, embora resgatados por Deus e levados para a igreja terapêutica, ainda precisam de cura. Usando uma expressão teológica: "foram salvos, mas continuam sendo salvos e curados a cada dia". Como a igreja terá que receber essas pessoas? Que ambiente eles precisam encontrar, para serem restaurados e desenvolverem um relacionamento saudável com Deus, consigo mesmo, com o próximo e com a natureza? Isso porque a igreja prega e ensina que seu ambiente é terapêutico, restaurador, saudável, geradora de relacionamentos saudáveis. Porém, se as pessoas chegam com a expectativa de ver e participar de um ambiente de amor, aceitação e cura para seus dramas e encontra outra realidade, isso será contraditório o que de fato não ajudara em nada no estabelecimento de um ambiente propício para levar as pessoas se abrirem para cura de Deus. A igreja precisa firmar e ter uma identidade que corresponda com a realidade do que Deus é em toda a sua essência. A igreja precisa ser um Corpo terapêutico, um ambiente gerador de relacionamentos saudáveis. No seu livro, "Curar também é tarefa da igreja", o argentino Ricardo Zandrino deixa bem claro este chamado à comunidade terapêutica que o próprio Deus fez à igreja. A Prova dessa vocação é o fato da igreja ser batizada com o Espírito Santo de Deus, capacitada para ser canal da graça restauradora e curadora através de seus dons, talentos e serviços. Um dos propósitos principais do Corpo de Cristo é ajudar as pessoas O mundo precisa ver, enxergar a identidade da igreja, não apenas como uma instituição social religiosa, mas como imagem e semelhança de Deus, que tem uma missão em relação ao homem, a sociedade, que precisa ser alcançada pela mensagem salvadora do evangelho e receberem o benefício da graça, da cura e da libertação. A igreja é definida como Povo de Deus (2Co 6:16), como uma comunidade de cuidado mútuo unida por ter uma aliança com Deus, como comunidade do Espírito Santo (At 10:44-47), como uma comunidade redentora e curativa, através da qual o Espírito vivo pode atuar num mundo carente e necessitado. A igreja tem sua identidade como uma comunidade geradora de crescimento de seus membros, proporcionando às pessoas libertação de muitas questões que as impedem de crescer. Ao oferecer um ambiente de comunhão, amor, serviço e crescimento, a igreja estará dando passos no sentido de cumprir sua vocação terapêutica. Nossas necessidades mais profundas só serão supridas na igreja, quando começarmos ter relacionamentos profundos e saudáveis. O senhor da Igreja tem estabelecido princípios de relacionamento mútuos e recíprocos que farão toda diferença quando praticados. Cada um desses princípios torna-se mandamentos, que uma vez entendido e vivenciado gerará cura e libertação e assim as pessoas poderão ter seus relacionamentos desenvolvidos no Corpo de Cristo com o objetivo de gerar, proteger, amparar, consolidar os que estão ao seu lado. A igreja de Cristo é, portanto, lugar das muitas manifestações terapêuticas e libertadoras de Deus em relação ao ser humano. Apesar de suas falhas, a igreja tem se tornado a única opção de relacionamentos terapêuticos dentro de uma sociedade secularizada e insensível para com as necessidades do outro. A sociedade em que a igreja está inserida, sofre de uma grande dificuldade em estabelecer relacionamentos saudáveis e profundos. O que mais preocupa a igreja é a situação da família, que já não tem oferecido, um ambiente de ajuda e alívio, e que as esperanças de muitos vão se canalizando para aquelas igrejas que possuem uma proposta terapêutica, que de alguma forma responda às necessidades mais básicas do ser humano. Quero enfatizar de muitas experiências pessoais que muitas igrejas não têm correspondido com o sentimento de afetividade, um simples toque, um abraço, ou beijo. Temos visto pessoas nas igrejas clamando por isso. Os estudos a respeito da relação membro-igreja têm mostrado que, os membros só permanecem numa determinada igreja local mais pelos relacionamentos e menos pela confissão doutrinária, ainda que esta última tenha a sua importância na vida de qualquer cristão. Isso significa que as igrejas que conseguirem desenvolver um ambiente que seja gerador de relacionamentos saudáveis estarão capacitadas para responder às necessidades e carências emocionais das pessoas. Existem vários centros de reabilitação social, mas não podem se comparar com a igreja porque ela é o centro de vida em abundância, um lugar em que se liberta, sustenta e potencializa vida em toda a sua plenitude. A igreja, na sua função terapêutica, precisa desenvolver várias qualidades básicas, das quais, o próprio Senhor ensinou e praticou.

Igreja é terapêutica porque gera Amor
“Os piores transtornos de nossas vidas não vem de fora para dentro, mas de dentro para fora” Dr. Augusto Cury.

O nosso amor para com Deus resulta em amar os outros, e temos que fazer isso por termos experimentado do Amor de Deus. Deus Ama a cada um de um modo perfeito, sem favoritismo. É certo que amar pessoas é difícil, muitas vezes, vai de encontro com os nossos instintos e valores, isso porque, já sabemos que possivelmente seremos feridos, magoados, traídos e decepcionados. Nossa tendência é cortar a amizade, pois é mais fácil rebaixar os outros do que perdoar e restaurar o relacionamento. A igreja é lugar de amor, de perdão, de restauração de relacionamentos quebrados. A igreja é lugar de fortalecer os sentimentos para suportar qualquer vergonha, qualquer situação que venha macular o relacionamento. Deus é o exemplo, pois ELE nos ama apesar de qualquer traição, negação e pecados cometidos. A igreja que não treina, discipula seus membros a amar e perdoar seu irmão está em desobediência e peca pelo pecado da omissão. A igreja que se recusa a amar e perdoar, seja quem for, tem em seu caráter a mentira, pois que não ama seu irmão é mentiroso. 1 João 4:20. A melhor maneira de experimentar o amor é amar.

Igreja é terapêutica porque gera Aceitação
“Os que se isolam em seu mundo e não aprendem a compartilhar suas emoções, terminam deteriorando sua auto-estima, fazendo seus pequenos problemas obstáculos intransponíveis” Dr. Augusto Cury.
A vontade de Deus é que tenhamos o mesmo sentimento pelo qual ELE mesmo demonstrou quando nos aceitou. O Apóstolo Paulo diz: “Aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou.” Romanos 15:7. Todo mundo tem a necessidade de ser aceito. Jesus foi um exemplo de amor e compaixão, pois sempre aceitou os rejeitados, o pior é que as pessoas viam essa atitude como sendo de um falso profeta, de má reputação. O Reino de Deus está aberto, disponível para todas as pessoas, pois Jesus veio buscar e salvar os perdidos. Isso significa que quando a igreja se mostra interessada em aceitar as pessoas, ela está dizendo e confirmando que é assim que Cristo faz com todas as pessoas que se aproximam DELE, ELE os aceita. A igreja é lugar de restauração, pois o nosso histórico nos revela quem éramos e como fomos restaurados. A Igreja é um lugar que aceita gente: desistente, rejeitada, perdedora, fracassada, ferida, traumatizada, complexada, complicada, pecadora etc. A aceitação em Cristo é incondicional, porém, Deus nos aceita como somos, mas Deus se rejeita em nos deixar como somos, ELE vai nos restaurar. A aceitação é necessidade básica no desenvolvimento da personalidade de qualquer ser humano. Há uma necessidade de toque físico em cada um de nós. Toque que gera aceitação, manifesta carinho e cuidado. É o toque curador do abraço, do aperto de mão, do braço sobre o ombro do irmão. Jesus foi reprovado por várias autoridades religiosas exatamente por ter uma postura que aceitava muitos excluídos e enfermos da sociedade. Almoçava com pecadores, tinha discípulos nada convencionais e conversava com as prostitutas. Tal ação era profundamente libertadora.

Igreja é terapêutica porque gera uma Família Espiritual
“Um coração feliz é resultado inevitável de um coração bem amado” Dr. Augusto Cury.

O Dr. Augusto Cury rejeita a expressão de que fomos adotados como filhos, pois “carrega estigmas e inverdades psicológicas” (Cury: 2006, p.25). Isso porque quando pais e filhos biológicos vivem distantes e desprovidos de afeto e interação na formação da personalidade cria-se um a insuficiência de sentimentos, o que o pai biológico tem sua participação no gerar, mas não em formar na psique sua identidade e imagem de pai. Em Deus, Jesus ensina que quando o chamamos de “aba”, pai, estamos tendo consciência de quem ELE é , pelo seus sentimentos demonstrados. A igreja é uma família espiritual, onde temos Deus como Pai, onde compartilhamos de momentos que nos faz sentir em casa, protegidos, aceitos e reconhecidos como irmãos, que precisam se relacionar em comunhão verdadeira. A igreja, por ser família espiritual, compartilha muitas coisas em comum, mas cada um é único e diferente dos outros. Sem dúvida, por sermos diferentes e vivermos como família, teremos momentos de celebração, de alegrias juntos, mas também teremos dificuldade, conflitos dos quais nos serviram para amadurecer e crescermos juntos. O segredo de uma igreja família é saber resolver seus conflitos. A Igreja é a família de Deus e a essência dessa família é o relacionamento entre irmãos.




Igreja é terapêutica porque gera Amizade
“O importante não é conhecermos as pessoas, e sim, o momento em que elas passam a ser importantes para nós” Dr. Augusto Cury.
A igreja terapêutica geradora de relacionamentos saudáveis busca integrar seus membros na perspectiva de formar amizades. A amizade verdadeira faz da necessidade dos outros uma oportunidade para mostrar seu interesse, sua preocupação, sua participação efetiva no relacionamento. A amizade cria sentimentos de interação, integração, pois a igreja precisa formar dentro do corpo, da comunidade uma amizade do dividir, do se doar e do se dar. O Apóstolo Paulo diz: “Tenham uma atitude uns para com os outros. Não sejam orgulhosos, mas estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior” Romanos 12:16.
Igreja é terapêutica porque gera hospitalidade
“As pessoas que passam por nós, não vão só e não nos deixam só. Levam um pouco da gente, deixando um pouco de si” Dr. Augusto Cury.
A igreja precisa ensinar que ser hospitaleiro é oferecer seus recursos e criar um lugar que faça os outros se sentirem aceitos, é criar um ambiente em o hospede se sinta em casa. A hospitalidade é justamente oferecer a casa como prova de consideração, é não ter má vontade com as pessoas. Pedro nos exorta dizendo “Sejam mutuamente hospitaleiros, sem reclamação” 1 Pedro 4: 7 a 9. É na hospitalidade que criamos laços profundos de relacionamento, e quando temos a oportunidade para manter e expressar plena comunhão de Cristo. Abrir nossa casa é sinal de que estamos abertos para manter comunhão, para suprir as necessidades do outrem.
Igreja é terapêutica porque gera Ajuda
“Uma série de pequenas vontades em querer ajudar, faz um grande resultado” Dr. Augusto Cury.
Uma das mais impressionantes expressões de amor e unidade dentro da igreja, foi quando eles resolveram vender suas propriedades particulares para ajudar no sustento de seus irmãos necessitados. A Igreja precisa falar de amor de ajudar aos irmãos, mas se faz necessário demonstrar esse amor na prática. É fácil falar de amor, é preciso traduzir isso em atitudes concretas. Tiago diz: “Se teu irmão estiver necessitado de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se, sem porém lhe dar nada, do que adianta isso?”. A igreja que mantém o socorro para os necessitados estará demonstrando que seu amor é verdadeiro, que sua preocupação é prioridade em fazer seus membros sentirem seguros e protegidos. À medida como os membros ajudam uns aos outros nas mais diversas tarefas, mesmo naquelas pequenas, domésticas, suprimos expectativas daqueles que estão à nossa volta e assim geramos saúde para nós, para o outro. O maior sinal de saúde integral de Jesus foi o fato de ter assumido uma posição de servo, que procurava estar entre as pessoas, aproveitando situações para servir e ministrar graça àqueles que dela necessitavam (Marcos 10:35-45). Lavar os pés dos discípulos é evidência clara de que a cura inicia-se com gestos concretos de serviço.
Igreja é terapêutica porque gera perdão
“O ser humano que erra é mais importante do que os erros que comete” Dr. Augusto Cury.
A prática do perdão traz saúde ao indivíduo culpado, senso de libertação e renovação da própria vida. Livra-nos da culpa que paralisa e impede o crescimento para o qual fomos criados. Uma igreja que pratica o perdão ensina a seus membros sobre a graça de Deus de uma forma mais eficaz. Proporciona ao outro um novo recomeço e a possibilidade Uma das mais impressionantes expressões de amor e unidade. A Falta de perdão traz conseqüências terríveis para o crescimento da igreja, pessoas ficam ressentidas e isoladas, dispostas a não participarem de suas atividades no reino de Deus. Perdoar não é uma opção, mas uma obrigação, uma responsabilidade em cumprir o mandamento de Deus. Quando retemos o perdão para vida de alguém, independente do ato que tenha cometido, estamos bloqueando as bênçãos e o perdão de Deus. A Igreja precisa trazer de volta o ofensor ao caminho da comunhão, da obediência, da restauração. O Apóstolo Paulo enfatiza a possibilidade de resgatar a comunhão com os irmãos quando diz: “Se depender de vós, façam o possível para viver em paz uns com os outros” Romanos 12:18. A força e a maturidade da igreja terapêutica de relacionamentos saudáveis só será realidade na medida em que o perdão e o amor são visivelmente percebidos. Igreja de Jesus é lugar de recomeço, pela força do perdão. Jesus era a expressão maior da graça de Deus e, portanto, do perdão divino. Sua reação para com a mulher pega em adultério (João 8) revela um Deus perdoador que dá a segunda chance concedendo libertação da culpa que aprisiona e impede o crescimento. Quando entendemos o bem que nosso perdão pode gerar, não somente a nós, como também o ofensor, jamais conservará alguém retido, pela nossa falta de perdão. Nosso perdão libera cura de Deus. A prática do perdão na igreja terapêutica é sinal de saúde, pois muitas enfermidades são provenientes da falta de perdão. Portanto, precisamos estabelecer o perdão como uma decisão da vontade de ver a igreja tendo relacionamento saudável. A regra do perdão foi ensinada por Jesus, quando falou sobre perdoar setenta vezes sete. Mt. 18:21,22 Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Por desconhecer as implicações do ato de perdoar e ser perdoado é que vemos, a cada dia, lares se desfazendo, filhos abandonando os seus pais, casais se divorciando, irmãos brigando contra irmãos e Igrejas vivendo em tensões e crises de relacionamento, alterando a comunhão da igreja. De fato existe muita falta de perdão. A Bíblia é bem clara ao afirmar que por se multiplicar as iniqüidades o amor de muitos se esfriaria. Em meio a clima como esse, feridas na alma são abertas e parece não ter solução para sua cura. O fato é simples de entender. Existe um fator que trava toda e qualquer possibilidade de comunhão intensa com Deus e com os nossos semelhantes. É a falta de perdão. Não perdoar aquele que nos agride, aquele que tem traído a nossa confiança fará com que os céus se fechem para nós.
Igreja é terapêutica porque gera Comunhão
“Solidariedade só existe quando temos o direito de recomeçar tudo que falharmos e quando damos este mesmo direito às pessoas que nos frustram” Dr. Augusto Cury.
Uma verdadeira comunhão e mutualidade dependem do esforço de cada um. Cada membro da igreja terapêutica de relacionamentos saudáveis precisam buscar se comprometer com as pessoas, gastar tempo com elas, manter um nível de comunicação capaz de se entenderem, aprender a se apreciarem, se honrarem, se elogiarem, serem humildes o suficiente para resolverem qualquer cisma que possa chegar e se ajudarem espiritualmente e materialmente. Na igreja cada membro precisa entender e viver de uma forma que é um dever se preocupar com o seu irmão. È sentir falta quando ele está ausente, é procurara saber como ele vai, é se responsabilizar pela sua vida espiritual e sua felicidade. O Salmista foi muito feliz quando disse: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos” Salmo 133:1. Viver unido em comunhão é a vontade de Deus para a vida de relacionamento entre os irmãos da igreja, família de Deus.


Igreja é terapêutica porque gera Intercessão
A igreja precisa reconhecer e estabelecer a pratica da oração de uns para com os outros, como um mandamento, como prioridade e necessidade básica para a segurança, preservação e crescimento espiritual de sues membros. Agostinho um dia definiu que a oração genuína é uma prova de amor que os cristãos demonstram pelas pessoas que dela necessitam. Tiago definiu essa necessidade quando estabeleceu doutrinariamente a importância da oração na vida da igreja, quando disse; “Orai uns pelos outros, para serdes curados” Tiago 5:16. Muitos estão feridos na igreja de Jesus por não serem alvos do amor pela oração que tanto precisam. Quando nos propomos orar pelos nossos irmãos, nós estamos querendo dizer a Deus, da nossa preocupação pela vida dos nossos queridos irmãos. Precisamos aprender orar pelos outros com o mesmo entusiasmo e fervor que oramos por nós mesmo. Normalmente na igreja sempre pergunto aos meus irmãos, “se fulano para ser curado, ser salvo, ser liberto, dependesse da sua oração o que você faria?”, Então eu percebo que logo a igreja entende que é dever e responsabilidade orar uns pelos outros. Orar por alguém traz saúde a quem quer que seja. Demonstra interesse e valorização, faz-nos aproximar do outro, movidos pela sensibilidade da dor e do sofrimento que alcança pessoas a quem amamos e que estão à nossa volta.

CAPITULO IV
IGREJA NEURÓTICA
“Jesus ensinou que, temos que amar em vez de odiar, de perdoar em vez de condenar, de manter a serenidade em vez de ser controlado pela tensão” Dr. Augusto Cury.
Paradoxalmente, assim como David, teve autoridade e capacidade para manusear a espada do guerreiro filisteu Golias, a igreja é desafiada a saber manusear a espada do Espírito Santo que é a palavra de Deus. Isso porque ninguém pode compreender perfeitamente os problemas da alma, pois só quem é perfeito na alma pode compreender perfeitamente as enfermidades da alma, e essa pessoa é Jesus. Todavia, sua igreja é lugar de se fazer assepsias na alma das pessoas. O processo de vermos pessoas sendo restauradas e curadas de suas feridas na alma, começa pela decisão de serem curadas. O problema de termos muitas igreja enfermas é a falta de consciência de que precisam ser curadas. Não podemos esconder ou camuflar os nossos sentimentos. Precisamos admitir a nossa necessidade, nossas feridas, nossos complexos, nossas dificuldades etc. É tempo de sermos curados, precisamos declarar cura para todas as áreas em que satanás nos quis prender e escravizar. Deus não tem interesse em que mantenhamos alimentados os traumas de nossas almas, ELE deseja que estes traumas sejam, postos para fora, removidos, para que nenhuma doença na alma, continue nos trazendo problemas e sermos problemas para os outros. O tempo não apaga feridas, o que acontece é que envelhecemos juntos com elas, temos que deixar Jesus Cristo, resolver o que não conseguimos resolver, para não sermos problemas para o crescimento da igreja. Uma igreja de gente ferida não poderá experimentar a vida abundante que Jesus oferece, precisamos ser livres do nosso sentimento, para que sejamos bênçãos para os outros, pois só pessoas curadas podem ajudar outros a serem tratados e curados por Jesus na igreja. As igrejas neuróticas precisam ser confrontadas, pois só confrontando os nossos sentimentos é que as máscaras são removidas, foi assim com David que foi confrontado por Nata. Foi assim com Saul que foi confrontado por Samuel e com Pedro que foi confrontado por Jesus. A igreja neurótica precisa buscar algumas afirmações;
Afirmação da Graça
É preciso que haja um relacionamento de amor incondicional, onde não importa o que digam ou façam, pois o amor será sempre a grande base para superar qualquer situação de contenda. Colossenses. 3: 4 a 15. A Afirmação da graça trás o verdadeiro valor e importância das pessoas. Em muitas culturas, os homens são mais honrados que as mulheres, as pessoas ricas mais que as pobres, a igreja, comunidade terapêutica nivela as pessoas na sua importância e valor, pois sua função como corpo de Cristo é indicar uma relação de reciprocidade, mutualidade ao ponto de tornar tudo em comum entre as pessoas. Essa é a proposta, o estilo de vida que a igreja mantém entre seus membros, procurando restaurar o que a igreja primitiva evidenciava em seu tempo, “onde tudo era comum, e as pessoas expressavam o seu mútuo amor e unidade, a fim de preservar um ambiente terapêutico, de amor e unidade.” (Lowel Cailey, “Segredos para derrotar a crise da Comunhão”, SOCEP, p,22)
Honestidade
É preciso que haja honestidade no relacionamento, pois não pode haver engano, mentiras, maledicência. O relacionamento deve ser mantido com sinceridade, falando francamente e diretamente, evitando qualquer ressentimento e raiz de amargura. A comunicação deve ser feita com amor, perdão e verdade. Efe. 4: 25 a 32
Transparência
É preciso que haja transparência no relacionamento, onde devemos ser abertos, contando e expondo tudo que estamos sentindo, pensando de forma a não esconder, omitir e camuflar. É preciso demonstrar uma conduta exemplar. Romanos 7: 15 a 25.

Disponibilidade
É preciso que haja disponibilidade para está sempre pronto para ajudar, socorrer e participar com recursos, tempo, energia das necessidades e problemas das pessoas. Atos 2:47. Se ser disponível é manter comunhão, então devemos compartilhar o que somos e o que temos, com o próximo, então estes imperativos nos darão direção certa e segura sobre o que devemos e o que não devemos fazer.
Prestar Contas de minha vida
É preciso que haja honestidade no relacionamento para se prestar contas de nossas responsabilidades, atividades, compromissos, que venham, mostrar o que estamos fazendo. Não permitir que fatos e coisas fiquem escondidas e ocultas, mas que sejam compartilhadas, para que haja confiança. Mateus 18:12 a 20
Fruto que faz a igreja com relacionamento Saudável
È uma pena que a igreja hoje tem buscado dar mais vazão aos fascínios do Espírito Santo que propriamente com o desenvolvimento constante do fruto que reflete o Caráter de Cristo. O próprio Senhor Jesus Cristo disse que seríamos reconhecidos como seus discípulos, não pelos dons espirituais mais pelo fruto. João 13:35 “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos; se tiverdes amor uns os outros.”. Como todo fruto exige está ligado em uma árvore, o Apostolo João se preocupou em deixar isso também registrado, para que a igreja procurasse obedecer a Cristo que advertiu; “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; João 15:5. O fruto torna evidente a autentico no crescimento cristão, quando refletimos em nossos relacionamentos a presença de Deus em nossas vidas. O Apostolo Paulo identifica e trás as características do fruto que precisa ser colhido na igreja que propõe SER de fato uma comunidade Terapêutica de relacionamentos saudáveis. Vejamos então, que fruto o Espírito Santo quer gerar naqueles que estão ligados na videira verdadeira; “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” Gálatas 5:22 e 23.
Amor
O mundo não sabe o que é amar, muito menos o que significa o Amor que é desenvolvido e vivido na igreja. Para se conhecer a essência do amor é preciso conhecer Deus, pois Deus é amor. Quando começamos a ter esse conhecimento, começamos a enxergar a grandeza, a amplitude do que é e representa esse amor na vida da igreja. Paulo mostra que esse amor é o poder que nos leva a responder às necessidades e carências do próximo, sem esperar recompensa. Esse poder é refletido na maneira como nos movemos em direção as pessoas na perspectiva de ajuda-las a serem felizes. A Igreja precisa entender que para amar as pessoas é preciso se condicionar a sofrer por elas e com elas. O amor disse Paulo é sofredor. “O Amor derramado na igreja é o poder incomum para ser usado em sofrimento comum nas pessoas”. ( Lewis B. Smedes, O Amor Dentro dos limites, p,38). Muitas vezes reagimos aos limites, ações, necessidades, carências do próximo, com incompreensões e omissões, e esquecemos de que precisamos colocar em pratica o Amor que já foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo para sabermos conquistar e nos relacionar com todas as pessoas. Suportar sofrer por amor aos outros é uma decisão que trará resultados benéficos ao que será alvo desse amor como para quem está determinado em amar, mesmo que tenha que sofrer. O problema que hoje enfrentamos em relação as pessoas que muitas vezes precisam ser amadas, é que a igreja não está preparada para amar com persistência, porque sabemos que o amor de Deus nos dar forças para suportar toda e qualquer situação. Martin Luther King Júnior desafiou o seu povo a sofrer com persistência a luta pela justiça e igualdade entre pretos e brancos nos USA. Porém. Martin Luther King, desafiou sofrer e não a aceitar a injustiça. A igreja precisa discernir quem está por trás das pessoas que amamos e que eventualmente estão agindo não para o bem da unidade, da comunhão da comunidade, lembrando que a nossa luta não é contra carne ou sangue, mas contra as hostes das trevas. Precisamos conquistar nossos irmãos, as pessoas, mesmo que tenhamos que sofrer. O Amor é o oposto do orgulho, da arrogância, pois quem não tem o amor de Deus não será capaz de entender porque somos capazes de suportar os outros na tentativa de conquistá-los para Deus e para nossos relacionamentos.
Alegria
A alegria que o Espírito Produz na igreja é totalmente diferente da alegria criada pelo homem no mundo. A igreja precisa entender que o clima desenvolvido entre as pessoas que tem o amor de Deus é marcado pelo sinal da alegria. A alegria que temos no Senhor é a nossa força para superar qualquer adversidade que venhamos passar, pois temos certeza que ao nosso lado está AQUELE, que é capaz de suprir as necessidades, como também nos ensinar que através delas podemos aprender lições importantíssimas para a nossa vida sem perder a alegria. A comunhão é resultado da alegria que está no interior de cada membro da igreja, que quer fazer dessa alegria uma maneira de gerar contatos, compartilhar momentos de sociabilidade e principalmente fazer as pessoas felizes. A Alegria descreve o privilégio de regozijar em Cristo, apreciando as maravilhosas bênçãos de nossa relação com ele. Esta alegria não é dependente de nossas circunstâncias físicas. Dinheiro não compra esta alegria. Um dos livros do Novo Testamento que fala mais claramente sobre alegria foi escrito por um homem que sofreu muito. Enquanto ele estava na prisão, onde às vezes lhe faltava o essencial, Paulo escreveu a seus irmãos em Filipos: "alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" (Filipenses 4:4; veja também 3:1; 1 Tessalonicenses 5:16). Muitas pessoas pensam que tal felicidade depende das circunstâncias. Até mesmo muitas igrejas falam tanto de saúde física e bênçãos materiais que dão a impressão de que essas coisas são necessárias à felicidade. A prosperidade física é nada mais do que um substituto barato e temporário para a alegria real que encontramos em Cristo. Os verdadeiros cristãos não consideram cada provação e dificuldade como um sinal de infidelidade ao Senhor, mas percebem que tais provações são ocasiões para alegria e oportunidades para crescimento espiritual (Tiago 1:2-4). Nossa alegria vem de Cristo, que é totalmente suficiente, não da temporária prosperidade material. “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça e paz, e alegria no Espírito Santo" (Romanos 14:17). A alegria é a reação do amor às misericórdias, bênçãos e benefícios de Deus. Não depende das circunstâncias, confia em Deus mesmo nas circunstâncias mais penosas. Quando o Espírito nos enche, a alegria do Senhor transborda em nós, pois "na tua presença há plenitude de alegria" (Salmos 16:11).

Paz
Paz é a sensação de bem-estar e tranqüilidade que resulta de nossa amizade com Deus. Numa de suas horas mais difíceis, Jesus falou com seus apóstolos a respeito de sua partida. Ele tinha que ir embora, para completar sua missão. Mas o próprio pensamento desta partida afligia profundamente os apóstolos. Nesse contexto, ele lhes deu esta segurança: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (João 14:27). Jesus não está fisicamente presente neste mundo, mas nos deixou sua paz. Essa paz precisa ser erguida e colocada entre nossos relacionamentos, pois Paulo diz se depender de nós tenhamos paz uns com os outro. A Igreja é patrocinadora de Paz, de segurança, de unidade, de restauração, de reconciliação entre as pessoas. A paz é mais profunda e constante que a alegria. Jesus disse: (João 14:27). O fruto do Espírito, a paz, é uma característica interior que se manifesta em relação pacífica com os outros. Significa libertar-se de um espírito agressivo, contencioso ou partidário. Ela busca viver em harmonia para com todos
Longanimidade
Longanimidade é a capacidade de pensar antes de agir. Deste modo, demonstramos paciência e perseverança. Por causa da sua longanimidade, Deus tem dado tempo suficiente ao homem para se arrepender de seus pecados (2 Pedro 3:9,15). Ele não quer condenar ninguém, então procura a reconciliação com cada pecador. Paulo nos diz que a mesma atitude deveria governar nossas relações com nossos irmãos (Efésios 4:2). Em vez de escapar com raiva ou agir despeitadamente para ferir aquele que nos feriu, deveríamos pacientemente mostrar nosso amor e procurar reconciliar com essa pessoa. Tal atitude melhorará nossas relações em todos os aspectos. Precisamos sonhar, imaginar como poderiam as igrejas e famílias serem mais fortes e mais felizes se cada membro praticasse a longanimidade verdadeiramente, seria uma benção. Longanimidade não é uma característica predominante do espírito humano. A maioria de nós carece desta graciosa virtude. Ela é, porém, um traço muito especial do caráter de nosso Senhor, e precisamos nos aproximar cada vez mais DELE, para que esta graça esteja em nós. Como o cristão precisa da ajuda do Espírito Santo nesta área de semelhança com Cristo! (Tiago 1:4). O Senhor é paciente conosco para que sejamos pacientes com os outros. (II Pedro 3:9, Salmos 86:15).

Benignidade
Benignidade é a bondade de Deus, que é melhor ilustrada por suas ações para nos salvar quando estávamos profundamente enterrados no pecado. Paulo mostra este ponto em Tito 3:3-7. Deus nos viu em pecado, como escravos de todo tipo de desejo ruim e totalmente incapazes de nos salvarmos. Por causa de sua benignidade e amor, ele nos abençoou ricamente através de seu Filho e do Espírito Santo e resgatou-nos do pecado. Agora, em vez de sermos escravos, somos herdeiros, com uma esperança de vida eterna! É assim que Deus mostra benignidade. Temos que imitar tal bondade, mesmo para com nossos inimigos. O Filosofo Nietzche tentando refutar o Cristianismo, dizia que o encorajamento à Benignidade conduzia o povo a ser fraco. Porém o que é a benignidade? É temos amor em pratica capaz de suportar, ajudar o próximo mesmo que não tenha nada para nos oferecer em troca. Benignidade é delicadeza, é quando somos amáveis com os outros, tratando com delicadeza. Por mais firme que alguém deva tornar-se na reprovação, jamais terá de tornar-se maldoso. I Cor.13:4

Bondade
Bondade é semelhante a benignidade. Esta palavra ressalta a generosidade em dar mais do que alguém merece. É a palavra que Jesus usou para descrever o homem que pagou ao seu empregado mais do que seu trabalho realmente valia (Mateus 20:15). Os cristãos não devem ser pessoas avarentas, tão preocupadas com o que é "certo" que perdem a capacidade de ser generosas e dar mais do que uma pessoa realmente merece. Deus é generoso para conosco. Podemos ser generosos para com outros. Ter e fazer atos de bondade é mostrar a outros, o que Deus tem feito, é demonstrar gratidão a Deus pelos atos de Deus em nossa vida. É Bondade é o amor em ação. É amor beneficiando a outros. Quando o Espírito Santo invade o ser, existe um fluxo de bondade em direção a todos os homens.



Fidelidade
Fidelidade é a lealdade que mantém sua palavra, cumpre suas promessas e não trai os outros. Fidelidade de caráter e conduta produzida pela fé. Fé nas pessoas, quando não somos desconfiados e nem infiéis.Quando estamos dispostos a cumpre os compromissos assumidos com os outros, fazendo com que esta aliança gere confiança, respeito e companheirismo.
Mansidão
Mansidão é algumas vezes confundida com fraqueza e timidez, mas esta qualidade nunca é fraca. Mansidão, ou brandura, é a força sendo dominada. Moisés e Jesus eram mansos, mas mostravam força para enfrentar as autoridades poderosas de seu tempo e condenar claramente seus pecados. O cristão tem que mostrar sua sabedoria com mansidão (Tiago 3:13). Esta é a atitude da submissão humilde, dominada, com a qual temos que estudar a Bíblia (Tiago 1:21). É a atitude que os seguidores de Cristo têm que mostrar quando resgatam um irmão que recaiu no pecado (Gálatas 6:1; 2 Timóteo 2:25). Mansidão é lentidão em irar-se e ficar ofendido. Os mansos não são violentos, ruidosos ou agressivos. Eles não brigam, não discutem, nem contendem. Mateus 5:5
Domino Próprio
Domínio próprio é a capacidade de governar nossos próprios desejos. Diferente da pessoa que anda na carne, como um escravo de paixões pecaminosas, o servo do Senhor deve mostrar o domínio próprio (2 Pedro 1:6). Esta característica nos capacita a negar nossos desejos carnais. A pessoa que aprende a se dominar é capaz de vencer os vícios e maus hábitos que governam as vidas de muitas pessoas que continuam a andar na carne. Como a capacidade para dominar as reações que consequentemente podem retratar em desunião, separação em relação às pessoas. Domínio Próprio é o autocontrole, o verdadeiro amor a si mesmo. Significa autocontrole completo, sobre a ira, paixão carnal, apetite, desejo de prazeres mundanos e egoísmo.

Ao resumir o tema do fruto do Espírito, é enfatizado que essas características não são impostas ao cristão externamente, mas resultam da vida de Cristo em seu interior. Elas descrevem o caráter de Jesus Cristo na vida do crente.O AMOR e oito características deste fruto. Para D.L.Moody: “"Amor, "Mas o fruto do Espírito é o amor..." A alegria é o amor exultando. A paz é o amor em repouso. A longanimidade é o amor que não se cansa. A benignidade é o amor que suporta. A bondade é o amor em ação. A fé é o amor no campo de batalha. A mansidão é o amor sob disciplina. O domínio próprio é o amor sendo treinado. Comenta-se que a palavra amor, hoje está muito desgastada. O que está desgastado ao nosso ver, não é nem a palavra e muito menos o amor em si, que não acabou e jamais acabará. O que realmente a nosso ver está completamente desgastado é o cuidado que se tem com o amor. conhecer a própria historia pessoal, estamos afirmando desde o inicio, é o caminho para a cura. Entre, inúmeros degraus deste caminho o mais importante é o amor. Com o amor tudo se torna possível, porque o amor faz o individuo acreditar, que estar-aqui não é uma agressão ao seu desejo, mas é o encontro com o próprio desejo. O Fruto do Espírito é a transformação espiritual do caráter cristão que é evidenciada pelo fruto do Espírito: “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gál. 5:22 e 23). Essas qualidades de caráter, ou comportamentais, são combinadas com as competências ou dons escolhidos e distribuídos pelo Espírito, os quais provêem os meios pelos quais à pessoa, transformada contribui para a missão da Igreja e o funcionamento total e harmonioso do corpo. A saúde relacional do corpo é mantida através da consistente demonstração dessas qualidades. Todos os frutos são relacionais em sua natureza e brotam de um coração transformado. Um comportamento amoroso, mesmo sob as circunstâncias mais adversas, identificará o caráter transformado do cristão o que fará a igreja ser vista pela sociedade realmente como, uma agência transformadora de relacionamentos saudáveis.
O Papel do Pastor na igreja terapêutica
“Nunca esqueça disso: Seus erros não foram cometidos enquanto você navegava na calma das águas da emoção, mas enquanto atravessava os vales da ansiedade” Dr. Augusto Cury.
Nesse projeto de vermos uma igreja corpo de Cristo, comunidade geradora de relacionamentos saudáveis o papel do pastor nessa construção é de fundamental importância. O pastor constitui uma peça de destaque e influência, isso porque, ele influencia e molda opiniões, o pastor é um formador de opiniões. De modo que o pastor participa, ativamente e diretamente da vida das pessoas, intervindo, aconselhando, formando opiniões, etc. O pastor exerce o poder da influência na vida da igreja. A igreja será reflexo do estilo de vida e ministério que o pastor vive. Isso significa que a responsabilidade de trabalhar a vida da igreja e de levá-la a desenvolver relacionamentos saudáveis, curadores, e gerar ambiente de solidariedade na igreja é também do pastor. O pastor é aquele que cura, cuida das feridas, gerando saúde física, emocional e espiritual. O pastor é aquele que ajudar alguém a suportar uma situação aparentemente impossível de ser transformada, dando consolo e encorajamento. O pastor é aquele que orienta que dar conselho, que ajudar as pessoas a aprenderem por si mesmas. O pastor é aquele que reconcilia o ser humano com Deus, com o outro e consigo mesmo, seja através do perdão, da disciplina. O pastor é aquele que tem objetivo de capacitar as pessoas a desenvolver as potencialidades que lhes foram dadas por Deus. O trabalho pastoral na transformação de uma igreja em comunidade terapêutica de relacionamentos saudáveis é importante. Evidentemente, que o pastor é parte de um processo de liderança, mas seu êxito como líder depende da construção de relacionamentos saudáveis. Ignorar essa realidade e assumir controle sem a necessária comunhão e autoridade, resultará em frustração e desvirtuamento do processo de cura e de governo na igreja. A manutenção de relacionamentos é fundamental para a boa liderança pastoral. O foco do pastor está centralizado nos outros, ao invés de em si mesmo. Quão grande é a responsabilidade do pastor quanto ao bem estar e crescimento da igreja. O Pastor Hernandes Dias em uma de suas mensagens disse: “Um pastor adoecido não pode está à frente de uma igreja, sem que primeiro resolva ser tratado para poder tratar os outros, do púlpito e do gabinete”.
CONCLUSÃO
A nossa época é caracterizada por uma influência da psicologia secular na igreja é bom deixarmos claro, que a Psicologia não estar acima dos princípios que a igreja tem para ver saudavelmente, ao contrário do que vemos em 2 Timóteo 3.16-17, a Bíblia já é suficiente para servir de base aos nossos relacionamentos de ajuda. Contamos com o Espírito Santo para produzir as mudanças necessárias nas vidas dos crentes. As pessoas mais experientes e de uma maturidade cristã também podem contribuir no aconselhamento, na exortação, na orientação na igreja para gerar um ambiente de paz de comunhão. Durante gerações, os crentes levaram os seus problemas ao Senhor, em oração. A relação de ajuda profissional tornou-se algo mal visto por alguns líderes da igreja. Precisamos da psicoterapia? Que há então de tão errado em se ter Cristãos formados profissionalmente na Saúde mental e ter a palavra de Deus como seu manual de receita para tratar os membros com mais critério e com detalhes? Não será necessário ter que esperar mudanças e transformações apenas pelas técnicas que a ciência humana pode gerar, pelo contrário, Só Jesus Cristo consegue penetrar em áreas que os psiquiatras e Psicólogos jamais conseguirão atingir. Só Jesus tem a capacidade para perscrutar a natureza intrica de nossas intenções e emoções. O problema é que a igreja como comunidade só consegue observar os comportamentos de seus membros, assim como a psicologia, porém Só o Senhor compreende a profundidade de cada Ser humano. O exame da pessoa em si não é um remédio. É preciso quebrarmos o preconceito contra a importância da Psicologia na vida da igreja. Sabemos que a missão confiada a Igreja de evangelizar e desfazer as obras do diabo, não foi confiada à ciência. Muitos problemas, provavelmente a maior parte daqueles para os quais as pessoas precisam de ajuda, são os causados pelo pecado; lares desfeitos, famílias divididas, conflitos inter-pessoais, preocupações, drogas, álcool etc. Para todos estes problemas, o que é preciso é a voz da igreja. Somente o Salvador pode dizer: ”Os teus pecados te são perdoados, vai em paz.” E gerar no coração a paz que excede todo entendimento. Porém defendo os psicólogos Cristãos que tem feito de sua técnica, profissionalismo uma porta aberta para que o evangelho seja pregado, e colocando o Nome de JESUS, acima de Freud, Jung, Foucault, Fromm e todos os outros. A Bíblia será sempre melhor que qualquer livro que o homem possa vir a escrever e Cristo sempre será MAIOR que qualquer homem que possa existir, porém Jesus nos convida ao alargamento do conhecimento dizendo que ela nos leva á libertação. A ignorância, até mesmo do povo de Deus pode levá-los ao cativeiro. Não poderemos jamais depender da teologia desvinculada á unção, nem da psicologia desvinculada ao Espírito Santo, mas, quanto mais conhecimento de Deus, da Sua Palavra e dos homens tivermos, melhor poderemos servir ao Senhor e aqueles que vão a igreja com sérios problemas emocionais. Então: Quer comamos, quer bebamos, façamos tudo para glória de Deus. O que pretendemos mostrar é que o evangelho integral é aquele que trata da integralidade da vida das pessoas. É aquela mensagem genuína do evangelho que alcança a totalidade do homem: espírito, alma e corpo. A missão da igreja em seu tempo, em sua geração é marcar sua presença é fazer sua história ser repleta de participação e envolvimento nas questões em envolve a felicidade do homem. Numa Igreja Terapêutica as pessoas estão preocupadas em cuidar da vida espiritual, emocional e material uma das outras sem distinção e acepção de pessoais. A igreja que vive na pratica do evangelho integral de Jesus é querer se voltar para as pessoas. As igrejas que mantém o método legalista é muito atraente e facilita um procedimento muito simples; errou, joga-se fora. Na igreja que quer manter o relacionamento saudável faz-se necessário buscar a restauração daquilo que está adoecido. O certo é fazermos a igreja ter consciência de que somos “corpo família” e que devemos externar a nossa satisfação e alegria de estarmos juntos, para desfrutarmos da benção de sermos filhos de Deus. Precisamos refletir a necessidade de sentimos a dor, o sofrimento dos nossos irmãos com consideração, procurando participar de forma que venha demonstrar o amor de Deus. É preciso entender que uma igreja terapêutica cresce com mais força, vitalidade na proporção em que aprendem a se alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram isso é prova de unidade. Precisamos aprender a consolidar aqueles que precisam ser acompanhados, trazidos a igreja para serem alvos de amor, perdão, atenção, cuidado, motivação, encorajamento, aceitação etc. Precisamos refletir sobre a vocação terapêutica da igreja, “O que é importante para nós?", "Que tipo de igreja estamos querendo SER?". Precisamos ser uma igreja relacional, cujo ambiente de amor e aceitação possa gerar esperanças e encorajamento no coração daqueles que da igreja se aproximam. Para que isso aconteça à igreja precisa ser uma comunidade mais de relacionamentos e menos de realizações. A IGREJA Corpo de Cristo, comunidade Terapêutica de relacionamentos Saudáveis deveria colocar para seus membros essa realidade; Ficar sem notícias suas é prejudicial a minha saúde, pois, causa: Preocupação e Ansiedade. Estamos conscientes que não existem curas por antecipação. Toda cura se dá num processo. E usamos o termo cura não para significar eliminação dos sintomas e erradicação das causas, até porque estamos mais que convencidos de que em se tratando do afeto e do espiritual só a Igreja para levar os feridos ao divã de Deus e serem tratados de forma que venham ser felizes e fazerem outros felizes. Dar-se conta da sua necessidade já é o seu início. Para que Deus possa agir em trazer sua Saúde para a vida relacional de seus filhos na igreja Cremos, que ao longo dos tempos históricos, desde a origem da vida humana, a busca do ser humana foi sempre a mesma: conhecer-se. Descobrir-se. Entender o seu estar-aqui. A nossa reflexão foi a nossa experiência diária, já há ALGUNS anos, no Acompanhamento Pastoral e vida ministerial. Mesmo tendo a cada dia convicção de que cada ser humano se constitui num verdadeiro Mistério. Somente mergulhando neste mistério, que o ser humano vai se descobrindo como pessoa. Fazer um conhecimento, implica voltar atrás, refletindo sobre a própria existência, desde o ponto em que se encontra na sua experiência humana. A vida humana é um contínuo vir-a-ser, enquanto se está-aqui. O nosso desejo é um estilo de vida não do dever ser, porque isso machuca ainda mais as feridas. A igreja não pode imprimir de uma forma ditatorial suas doutrinas, para exigir que as pessoas sejam o que elas não conseguem ser, porque ainda não estão preparadas para serem o que precisam ser. Jesus disse para a mulher adúltera, “Vai e não peques mais”. A Igreja terapêutica precisa buscar as potencialidades e as possibilidades que permitem os seus membros estarem dispostos a um continuo, vir a ser, e assim perceber o que Jesus fez. Jesus veio dar um verdadeiro sentido à existência das pessoas. A auto-realização se concretiza mediante a um crescimento pessoal cheio de significado e sentido e a igreja é fundamental nesse processo. Há um principio que diz: “enquanto há vida, existe a esperança”. É exatamente isso que possibilita da cura, A esperança da Igreja não utópica é real porque aquele que começou a excelente obra vai concluí-la.

Pr.Israel Jordão.

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